A paralisação da produção da fábrica da Renault segue sendo a falta de semicondutores, que está afetando toda a indústria automotiva
A Renault anunciou na última sexta-feira (20/08) que só voltará a produção de veículos de passeio no começo de setembro. Esta é a segunda vez que a volta às atividades no Complexo Ayrton Senna (localizado em São José dos Pinhais-PR) tiveram que ser remarcadas. E o problema segue sendo o mesmo: a falta de semicondutores. A volta dos funcionários ao trabalho na fábrica está marcada para acontecer a partir do dia 04 do próximo mês. Ou seja, sete dias depois da data última estipulada (30/08). Veja ainda esta notícia: Porto do Açu projeta atrair novas fábricas de celulose para seu parque industrial
- Governo Federal desafia governadores estaduais a zerarem o ICMS sobre o gás de cozinha
- Cartão Gás do Distrito Federal poderá injetar cerca de R$ 24 milhões nas distribuidoras de gás de cozinha da região
- FPSO Carioca, afretado pela Petrobras, inicia produção de óleo e gás no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos
- Ministério de Minas e Energia propõe mudar modelo de licitação de áreas do pré-sal incluindo blocos do polígono em oferta permanente
- Programa Capacita vai disponibilizar 495 vagas em cursos gratuitos para moradores de SP nas áreas de gastronomia, turismo, estética e muito mais
O retorno de produção
O comunicado da Renault enviado a imprensa diz que “A Renault do Brasil informa que em função dos impactos provocados pela Covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos, a produção na fábrica de veículos de passeio, no Complexo Ayrton Senna, permanece suspensa até o dia 03 de setembro. Não será possível o retorno da produção no dia 30 de agosto conforme previsto anteriormente, com o término do período de aplicação da MP 1.045/21”.
A decisão afeta toda a linha de carros de passeio da Renault no Brasil. Com isso, modelos como o novo Renault Captur, além de Duster (SUV e a picape Oroch), Kwid, Logan, Sandero e Stepway, terão novamente a produção afetada. Essa já é a segunda vez que a Renault adia o retorno da produção no Brasil somente este mês. Após a paralisação no dia 2 de agosto, a expectativa da Renault era retomar as atividades no último dia 12.
Recentemente, novas férias coletivas foram anunciadas pela Renault em sua fábrica em São José dos Pinhais, no estado do Paraná
A Renault confirmou que está paralisando suas fábricas no Brasil mais uma vez. A empresa está, como as demais montadoras do setor, sofrendo com a falta de semicondutores, que são tão importantes para a produção dos veículos. Essa não é a primeira vez que a Renault se vê obrigada a interromper sua produção no complexo de São José dos Pinhais, no estado do Paraná.
O comunicado foi divulgado via e-mail para parte dos funcionários na quinta-feira, dia 29, e começa a valer na próxima segunda-feira, dia 2, conforme adiantou o site da revista Quatro Rodas. O tempo de paralisação varia dependendo do departamento de cada colaborador. Na fábrica chamada Curitiba Veículos de Passeio (CVP), que produz Captur, Duster, Kwid, Logan, Sandero e Stepway, a parada será por 10 dias, com retorno previsto para o dia 12/8. Já na unidade Curitiba Veículos Utilitários (CVU), que fabrica o furgão Master, a duração será de apenas cinco dias.
Consultada, a Renault divulgou o seguinte comunicado a Automotive Business: “A Renault do Brasil informa, que em função da falta de componentes eletrônicos, haverá férias coletivas nas fábricas do Complexo Industrial Ayrton Senna, no período de 02 a 06/08 para a fábrica de veículos comerciais leves e de 02 a 11/08 para a fábrica de veículos de passeio. Além disso, nos dias 29 e 30/07 não haverá produção na fábrica de veículos de passeio. A produção referente a estes dois dias será compensada em datas futuras a serem definidas pela empresa.”
Confira também: Renault vai construir mega fábrica e criar um novo centro de produção capaz de montar 400.000 carros elétricos e híbridos por ano
Mega projeto ambicioso do chefão da Renault, Luca de Meo, simboliza a maior mudança da história automotiva: a eletrificação. O super projeto da nova fábrica deve ser anunciado pela multinacional francesa esta semana e a montadora apresentará a ElectriCity, um projeto que reúne em uma única subsidiária seus três locais em Douai, Maubeuge e Ruitz para torná-lo um vasto centro de produção de veículos elétricos, na França.
A causa para a construção da nova fábrica é ouvida: o futuro do automóvel é elétrico. Mês após mês, os números de vendas de veículos novos estão forçando uma revisão das previsões de longo prazo. Em maio, na França, os veículos híbridos representaram 26% das vendas de carros novos, com 36.221 registros, contra 22% para veículos a diesel. O primeiro carro a sair de Douai será o novo Megane-E elétrico, cujas linhas de montagem estão sendo implantadas. Neste modelo, restam as esperanças da Renault de voltar à batalha do segmento C, intermediário e valorizado no mercado europeu.