Organizados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) uma lista de projetos de privatizações podem ser lançados até o final de 2021. Pelo menos, 11 editais de privatizações de empresas nos setores de energia elétrica, abastecimento, portos, tecnologia, ativos imobiliários e gás natural serão lançados.
Os especialistas acreditam que uma nova rodada de privatizações aumentará a participação estrangeiras em ativos estatais. Acredita-se que a redução do investimento estrangeiro direto até 2020 é uma resposta pontual à pandemia da covid-19. A saída de algumas empresas brasileiras ocorreu no setor de localização, como automóveis e outras condições precárias de mercado.
Luiz Claudio Campos, responsável pela área de governo e setor público no Brasil e América do Sul na consultoria EY, diz que “Há excesso de liquidez no mercado internacional, aumento do capital intensivo. Há frentes de atuação em programas de privatização do governo federal, concessões estaduais e municipais. Com a aprovação do marco legal do gás, é possível que a privatização do setor acelere na esfera estadual”.
Elias de Souza, líder da área de governo e serviços públicos da consultoria Deloitte, disse que grande parte dos negócios anunciados pelo Brasil tem recebido atenção de investimentos estrangeiros, principalmente unidades de saúde. Elias diz que “Questões como liberação do financiamento, modelo de venda e estimativas de retorno da variação cambial influenciam o interesse do investidor”.
Desde a década de 1990, empresas de capital estrangeiro têm desempenhado um papel importante na privatização de empresas no Brasil, onde pelo menos cinco das nove empresas privatizadas detinham 15% ou mais das ações dos investidores estrangeiros.
A mineradora Vale é um forte exemplo, onde os acionistas estrangeiros detém 57% das ações da empresa. A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aeronaves civis, possui escritórios, departamentos industriais, centros de distribuição de peças e serviços nas Américas, África, Ásia e Europa, com estrangeiros detendo 15,1% das ações.
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