Furnas está investindo cerca de R$ 45 milhões para avançar nos estudos de hidrogênio verde em Goiás. A empresa busca a inserção de energia no SIN a partir do combustível renovável
A subsidiária da Eletrobras, Furnas, planeja inaugurar nesta quarta-feira (8), na usina hidrelétrica de Itumbiara, em Goiás, sua primeira planta para a produção de hidrogênio verde, que compõe um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O objetivo, de acordo com a Furnas, é dar continuidade com os estudos de armazenamento de energia e a inserção de eletricidade no Sistema Interligado Nacional (SIN), por meio da produção de hidrogênio verde. O investimento estimado pela empresa na planta em Goiás é de aproximadamente R$ 45 milhões.
Leia também
Entenda como funcionará a produção do combustível renovável na UHE Itumbiara
A planta de hidrogênio verde em Goiás faz parte do projeto de pesquisa com aportes aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com a empresa, a missão é a evolução de sinergia entre as fontes de energia solar, hidrelétrica, com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas a hidrogênio e eletroquímico.
Um dos caminhos para gerar hidrogênio verde é a eletrólise da água, onde é realizada a separação do oxigênio e das moléculas do gás para hidrogênio. Para o combustível renovável ser chamado de “verde”, a fonte de energia para a eletrólise deve vir de fontes limpas como, por exemplo, a energia eólica ou a energia solar fotovoltaica.
- Fim do painel solar? Com preço de celular, nova turbina eólica residencial gera 150 kwh de energia para sua casa faça chuva ou sol, tem vida útil de 20 anos e promete revolucionar a geração da energia no mundo
- Baterias gigantes revolucionam energia solar e eólica, prometendo eficiência inédita e deixando conta de luz mais barata: o futuro da energia está mais próximo do que você imagina!
- Ceará fecha parceria bilionária com empresa chinesa para revolucionar a energia renovável no Brasil, apostando no hidrogênio verde com previsão de gerar quase 1 mil vagas de emprego
- Armazenamento de energia reinventado: o sistema BESS chega para mudar tudo! Saiba como ele supera os sistemas off-grid e oferece soluções incríveis
Na planta em Goiás, dois conjuntos de placas fotovoltaicas capturam a energia solar e geram cerca de 1 MW, que é transmitida para um equipamento chamado de eletrolisador, que por meio de um processo gera o hidrogênio verde. O combustível é convertido e armazenado em um tanque especial, que alimentará uma célula de combustível. Através desta célula de combustível, o gás produz a eletricidade que será enviada à subestação da planta em Goiás.
Projeto estuda formas de armazenar e despachar energia elétrica
Indo além da viabilidade de geração de hidrogênio verde, que é uma tecnologia já dominada, o projeto da Furnas estuda formas de armazenar e despachar eletricidade para suprir a demanda do sistema elétrico, que varia ao longo do dia.
Em geral, essa capacidade de energia despachável para o SIN está distribuída no Brasil, na geração a partir de fontes fósseis, como gás natural, carvão e óleo e nas grandes usinas hidrelétricas com reservatórios.
Tanto por aqui, quanto em ouros países, o setor elétrico está à procura de alternativas para o armazenamento de energia limpa, que precisa do sol, chuvas e ventos. Além do hidrogênio verde, as alternativas são baterias e até mesmo usinas híbridas.
Sobre a Furnas
A Furnas foi fundada com o intuito de evitar o colapso energético que colocava o processo de industrialização do país em risco, em meados de 1957, implementando a primeira hidrelétrica de grande porte do Brasil, a Usina de Furnas.
De lá para cá, a empresa tem exercido um papel fundamental na evolução da sociedade brasileira. A empresa conta com instalações nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio Grande do Sul, Rondônia, Ceará, Ceará, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal.