1. Início
  2. / Refinaria e Termoelétrica
  3. / Preço do gás de cozinha na refinaria Ream, antiga Reman, está 37,1% mais caro que o valor cobrado pelas refinarias da Petrobras, alerta OSP
Tempo de leitura 3 min de leitura

Preço do gás de cozinha na refinaria Ream, antiga Reman, está 37,1% mais caro que o valor cobrado pelas refinarias da Petrobras, alerta OSP

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/02/2023 às 14:25
Atualizado em 01/03/2023 às 03:18
O observatório mostra que a privatização da antiga Reman, agora Ream, causou fortes impactos nos valores dos produtos comercializados. O gás de cozinha comercializado na refinaria possui atualmente o preço mais alto de todo o país, como aponta o OSP.
Fonte: Portal Projeta
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

O observatório mostra que a privatização da antiga Reman, agora Ream, causou fortes impactos nos valores dos produtos comercializados. O gás de cozinha comercializado na refinaria possui atualmente o preço mais alto de todo o país, como aponta o OSP. 

Os dados do Observatório Social do Petróleo (OSP) para este sábado, (04/02), apontam para fortes impactos na privatização da antiga refinaria Reman, agora conhecida como Ream, no Norte do país. O gás de cozinha comercializado pelo ativo é o mais caro de todo o país, com um preço 37,1% mais caro que o valor cobrado nas refinarias da Petrobras. Em 2022, o consumo do produto caiu fortemente, como apontam os relatórios da organização

Relembre: Petrobras vende Refinaria Reman para o Grupo Atem

Fonte: Jovem Pan News

OSP alerta para alto preço cobrado no gás de cozinha na refinaria Ream após processo de privatização e impactos no mercado de combustíveis regional

O Observatório Social do Petróleo (OSP) está nesta semana alertando à imprensa e o mercado de combustíveis nacional quanto ao cenário atual do Norte do país. 

Segundo o órgão, o gás de cozinha vendido na Ream, em Manaus, é o mais caro de todo o Brasil, ficando acima até mesmo das refinarias da Petrobras. 

O preço do produto está atualmente 37,1% mais caro que o gás comercializado pelos ativos da estatal, além de estar 14% acima do cobrado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, também privada.

O processo de privatização da refinaria Ream, antiga Reman, causou uma série de impactos negativos na comercialização do produto no estado. 

Antes da venda do ativo, o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo (GLP), era em média, 0,8% mais barato do que as outras refinarias da Petrobras. 

O OSP é mantido pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), garantindo a fiscalização da conjuntura atual do mercado de petróleo e gás natural no Brasil. 

“Desde que passou para as mãos da iniciativa privada, em dezembro de 2022, a Ream cobra, em média, 29,5% mais do que as refinarias da Petrobras e 10,4% mais caro do que a refinaria baiana, que opera sob gestão privada da Acelen desde dezembro de 2021”, destacou o órgão. 

Durante o mês de janeiro, a refinaria Ream vendia em média o quilograma de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, a R$ 2,00.

Estudo do OSP mostra queda do consumo do gás de cozinha devido aos aumentos no preço do produto, como ocorrido na refinaria Ream

Os mesmos relatórios que comprovaram o alto preço do gás de cozinha na refinaria Ream também demonstraram os impactos do crescimento do valor do produto no mercado regional. 

O OSP alerta para uma queda no consumo do gás de cozinha no ano de 2022, em comparação ao mesmo período do ano de 2021. 

Entre os meses de janeiro a novembro do ano passado, a venda de botijões de GLP caiu 3,01% no Brasil e 0,65% na Região Norte.

Já no ano de 2021, o consumo havia caído 4,18%, com redução de 2,35% no Norte do país, marcando uma constante diminuição na busca pelo produto, ao passo em que o preço encarecia. 

“Desde 2021, as famílias vêm substituindo gás de cozinha por lenha em todo o país. Com a privatização da Reman e a decorrente explosão do preço do GLP na região, esse problema se acentuará”, alerta Eric Gil Dantas, economista do OSP. 

Desde a privatização da refinaria Ream, o OSP vem alertando para os impactos na economia do Norte do país. Agora, o órgão busca medidas para mitigar a conjuntura atual do preço do gás de cozinha.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos