Ponte com 12,4 km de extensão começará a erguer seus pilares. Este projeto de R$ 9 bilhões visa conectar cidades, gerando mais de 7 mil empregos e beneficiando 250 municípios baianos. Além de melhorar a mobilidade, a ponte promete impulsionar a economia e o turismo regional.
Desde os anos 1960, a Bahia nutre o sonho de conectar Salvador à Ilha de Itaparica por meio de uma ponte que não apenas encurte distâncias, mas também promova o desenvolvimento econômico e social da região.
Após décadas de planejamento e debates, esse projeto monumental começa a se materializar, prometendo transformar a mobilidade e a economia locais.
Aprovação decisiva impulsiona projeto
Em 12 de fevereiro de 2025, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) homologou por unanimidade uma proposta de consenso entre o governo estadual e a concessionária responsável pela obra.
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Essa decisão permite a assinatura de um aditivo contratual essencial para o avanço do projeto.
O presidente do TCE-BA, conselheiro Marcus Presidio, destacou a viabilidade da construção e enfatizou a importância de iniciar as obras conforme o cronograma estabelecido.
Detalhes da obra e investimentos
A Ponte Salvador-Itaparica será a maior ponte sobre lâmina d’água da América Latina, com 12,4 km de extensão.
O projeto prevê duas pistas, cada uma com duas faixas de rolamento e acostamento, além de um trecho estaiado de 860 metros.
O investimento estimado é de R$ 10,4 bilhões, realizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) com os grupos chineses CRCC e CCCC.
A concessão terá duração de 29 anos, incluindo seis anos destinados à construção.
Geração de empregos e impacto econômico da ponte
A construção da ponte deverá gerar cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos, com a maior parte das vagas destinada à mão de obra baiana.
Para isso, serão implementadas ações de qualificação profissional em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), além do fortalecimento dos pequenos negócios na área de influência da ponte.
O CEO da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, Cláudio Villas Boas, apresentou esses dados durante reunião com o secretário da Setre, Augusto Vasconcelos.
Avanços recentes e cronograma
Em março de 2024, a concessionária iniciou a perfuração na beira do mar, utilizando plataformas no município de Vera Cruz, como parte da etapa de sondagem do projeto.
Em fevereiro de 2025, 75% do processo total de sondagem já havia sido concluído, incluindo a finalização da etapa em águas rasas na Baía de Todos-os-Santos.
A instalação do canteiro de obras está prevista para o início de 2026, com conclusão estimada até 2029.
Benefícios para a região com a nova ponte
Além de melhorar a mobilidade, a ponte promete impulsionar o turismo e atrair investimentos para a região.
Estima-se que 10 milhões de baianos em cerca de 250 municípios serão beneficiados, especialmente nas regiões do Recôncavo Sul, Baixo Sul e Região Metropolitana de Salvador.
A obra também deve descongestionar o sistema de ferry boat, reduzindo filas e longas esperas, especialmente em períodos de pico.
Valorização imobiliária e expectativas locais
A perspectiva da construção da ponte já provoca impactos no mercado imobiliário da Ilha de Itaparica.
Corretores relatam uma valorização de até 20% nos preços dos imóveis, atribuída à expectativa de maior desenvolvimento e facilidade de acesso à capital.
A comunidade local aguarda com entusiasmo as oportunidades econômicas e sociais que a nova infraestrutura trará.
Histórico do projeto
A ideia de uma ligação terrestre entre Salvador e a Ilha de Itaparica remonta a 1967. No entanto, foi apenas em 2009, durante o governo de Jaques Wagner, que o projeto ganhou forma concreta.
Após a licitação em 2019 e a assinatura do contrato em 2020, o projeto enfrentou diversos desafios até alcançar o estágio atual de execução.
Para especialistas, a Ponte Salvador-Itaparica representa um marco significativo para a infraestrutura e o desenvolvimento socioeconômico da Bahia.
Com investimentos robustos, geração expressiva de empregos e a promessa de transformar a dinâmica regional, a obra avança para se tornar uma realidade que beneficiará milhões de baianos nos próximos anos.
Excepcional, só um detalhe. A ponte deve ter 3 faixas de rolamento em cada sentido além do acostamento para garantir sua longevidade do aumento futuro do tráfego rodoviário
Vamos que vamos espero em Deus que esteja vivo para fazer essa travessia um marco histórico no estado da Bahia uma grande melhoria para o povo da ilha e cidades da Bahia que venha essa ponte e acabe de vez com esse sofrimento desta travessia desse sistema falido do ferry boat .
Mariza Cândida