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Plataformas de petróleo P-43, P-31, P-32 e P-56 da Petrobras apresentam surto de Covid na Bacia de Campos

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 12/01/2022 às 08:46
Atualizado em 13/01/2022 às 16:04
plataformas de petróleo - Petrobras - Bacia de Campos - embarcado - Offshore
Imagem Sindipetro-NF

Trabalhadores embarcados nas plataformas de petróleo tem percebido e denunciado a flexibilização de várias regras de saúde, o que fez com que a situação a bordo das unidades se agravasse

Na última sexta, 7 de janeiro, o Sindipetro-NF denunciou a possibilidade de um surto de Covid na plataforma P-43, da Petrobras, na Bacia de Campos. Já no domingo, a entidade recebeu denúncia de que mais três plataformas de petróleo haviam apresentado casos de contaminação por Covid: P-31, P-32 e P-56.

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Na plataforma de petróleo da Petrobras P-31, quatro camarotes foram isolados, com quatro trabalhadores com sintomas e cerca de 15 pessoas contactantes. De acordo com o Sindipetro-NF, os quatro sintomáticos foram desembarcados pelo aeroporto de Vitória. Os trabalhadores a bordo denunciam que a gerência orienta o uso de álcool nas mãos, sendo que não há álcool na plataforma.

Os trabalhadores embarcados tem percebido e denunciado a flexibilização de várias regras de saúde o que fez com que se agravasse a situação a bordo das plataformas.

Testagem em massa a bordo na plataforma de petróleo da Petrobras P-56 detectou trabalhadores positivados.

O Sindipetro-NF também recebeu denúncia de que na P-32 e na P-56 foram confirmados sete casos de Covid-19, não sendo identificados quantos em cada unidade separadamente. Temos a informação de que foi realizado na quinta-feira, 6, uma testagem em massa a bordo na P-56 que detectou dois trabalhadores positivados.

Segundo a entidade, a Petrobras está com problemas para disponibilizar camarotes exclusivos para pessoas positivadas e contactantes na unidade P-56.

Já na P-43, apesar dos contaminados terem sido desembarcados, 15 contactantes foram mantidos a bordo. O Sindipetro lembra que, de acordo com a resolução Nº 584 da ANVISA, eles deveriam permanecer sem contato com os demais trabalhadores a bordo, inclusive realizando suas refeições de forma isolada e sendo monitorados.

A diretoria do Sindipetro-NF informa que alguns trabalhadores estão encontrando dificuldades nos desembarques em aeroportos, dificultando o retorno para as suas casas. A entidade lembra à Petrobras que a estatal é responsável em dar toda a infraestrutura ao trabalhador, desde o momento do seu desembarque até a chegada em sua casa, sem contaminação de outras pessoas durante esse trajeto.

De acordo com o MPT, os trabalhadores não podem ser mantidos em isolamento a bordo

O sindicato ressalta a necessidade de testagem constante de todos a bordo e segue cobrando da Petrobras se as recomendações do MPT estão sendo cumpridas. Cabe lembrar que, de acordo com o MPT, os trabalhadores não podem ser mantidos em isolamento a bordo, novos embarques devem ser suspensos até o desembarque de todos os casos suspeitos ou confirmados e que haja completa desinfecção da unidade e controle de surto na unidade.

É muito importante que a categoria petroleira mantenha o sindicato informado sobre as condições de saúde e segurança no trabalho. Os relatos podem ser enviados para denuncia@sindipetronf.org.br. A identidade do denunciante é preservada.

Resposta da PETROBRAS

A Petrobras informa que suas atividades operacionais que asseguram o atendimento de bens e serviços de primeira necessidade nunca foram interrompidas, tendo sido desempenhadas de forma contínua e de acordo com os mais rigorosos padrões de segurança: testagem; distanciamento físico; uso obrigatório e adequado de máscaras; procedimentos de higienização de mãos e equipamentos; adequação de efetivo; identificação e isolamento precoce de colaboradores com sinais, sintomas e contatos com casos suspeitos da doença; orientação permanente sobre medidas preventivas de combate à Covid-19; dentre outros. Todos os novos casos confirmados estão assintomáticos ou com sintomas leves e, as unidades P-43, P-31, P-32 e P-56 seguem operando.

A Petrobras monitora continuamente, tanto os indicadores internos como externos, e ajusta suas medidas quando necessário, avaliando constantemente o uso racional de recursos, e mantendo sempre rigorosos padrões em prol da segurança dos colaboradores.

por- Sindipetro-NF

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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