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Petroleira ExxonMobil projeta iniciar exploração de óleo e gás na Foz do Rio São Francisco

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 01/09/2021 às 15:18
Atualizado em 20/09/2021 às 13:31
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Plataforma de petróleo da ExxonMobil/ Fonte: Offshore Tecnology
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Comunidade tradicionais da Foz do rio São Francisco não foram consultadas sobre a exploração de óleo e gás pela ExxonMobil

Um mega projeto de exploração de óleo e gás da petroleira americana ExxonMobil na Bacia de Sergipe-Alagoas, na Foz do Rio São Francisco, começa a sair do papel sem que as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas e pesqueiras sejam devidamente ouvidas, diz o site Marco Zero, como manda a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Confira ainda esta notícia: ExxonMobil, a maior petrolífera dos EUA e operadora de nove blocos de petróleo em Sergipe, doa mais de 287 mil reais para combater a fome de 3600 famílias sergipanas

Projeto de exploração de óleo e gás da petroleira americana

O projeto da ExxonMobil prevê a atividade de perfuração marítima de poços exploratórios de petróleo e gás natural em seis blocos, é o chamado Projeto SEAL. Poderão ser perfurados até 11 poços. O site Marco Zero ainda cita o próprio Relatório de Impacto Ambiental, quase 80 municípios, do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, estão localizados na grande área de influência do projeto e sujeitos, portanto, aos impactos potenciais da atividade de exploração da ExxonMobil. Até o momento, através de uma carta aberta, mais de 100 organizações do Brasil e do exterior já se posicionaram contra o licenciamento para exploração na região.

Segundo o Marco Zero, a ExxonMobil não consultou a população local

De acordo com o site Marco Zero, a população não foi consultada sobre a possível exploração de óleo e gás da petroleira americana ExxonMobil, na foz do rio São Francisco. Maria Izaltina Silva, de 54 anos, é uma das moradoras de Brejão dos Negros, no município de Brejo Grande, em Sergipe. O quilombo é formado por cinco comunidades num território pesqueiro e extrativista onde vivem 486 famílias. É o local mais próximo dos pontos de exploração da ExxonMobil, a 50 quilômetros dali, na divisa com o município alagoano de Piaçabuçu. 

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As comunidades ao longo do rio São Francisco denunciam que o Ibama tem ignorado o direito a consultas prévias, livres e informadas e já está encaminhando a próxima etapa do projeto, de autorização das perfurações, com realização de audiência pública somente em formato virtual. Os representantes das comunidades acreditam que a consulta online não é adequada, por uma série de razões, incluindo uma básica: a falta de acesso à internet em algumas comunidades.

ExxonMobil informa sobre exploração de petróleo

“Com relação ao licenciamento dos poços marítimos na Bacia de Sergipe-Alagoas, a ExxonMobil está seguindo as recomendações e protocolos sugeridos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama). Nossa prioridade é preservar a saúde e a segurança da comunidade e do meio ambiente. Vale ressaltar que foram realizadas mais de 190 reuniões virtuais com representantes das comunidades na área de abrangência do projeto, envolvendo mais de 560 partes interessadas e uma audiência pública online com o Ibama, no último dia 14 de setembro.”

Leia também esta notícia: ExxonMobil inicia perfuração no bloco de Titã, localizado no pré-sal da Bacia de Santos

A ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, divulgou através dos seus poços em atividade, que a petroleira americana ExxonMobil começou depois de três anos, a primeira perfuração exploratória de óleo e gás do bloco de Titã, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. Segundo o portal Petronotícias, o navio-sonda West Saturn está realizando a perfuração em lâmina d’água de 2.644 metros.

O poço pioneiro de óleo e gás da ExxonMobil, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, foi batizado com o nome de Titã-1 e a atividade de perfuração começou no último domingo (15). Para lembrar, o bloco é operado pela ExxonMobil (64%) em parceria com a QPI Brasil (36%) e foi arrematado em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha. O bônus de assinatura da área foi o maior do leilão, juntamente com Saturno, no valor de R$ 3,125 bilhões.

Em 2019, a diretoria da ANP aprovou o programa exploratório mínimo (PEM) de Titã, bloco no pré-sal da Bacia de Santos contratado na 5ª rodada de partilha. Um poço deve ser perfurado até 2020, em uma campanha que faz parte de um planejamento que pode chegar a até 22 poços no pré-sal. A ExxonMobil iniciou duas frentes de licenciamento ambiental para as áreas que arrematou na 14a e 15a rodadas e nos 3o, 4o e 5o leilões do pré-sal, realizados desde de setembro de 2017. São até 22 poços exploratórios a serem perfurados, sendo dois firmes, um no bloco C-M-789 e o outro no bloco Titã.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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