MENU
Menu
Início Petrobras informa que petróleo no Nordeste veio de três campos da Venezuela

Petrobras informa que petróleo no Nordeste veio de três campos da Venezuela

27 de outubro de 2019 às 09:19
Compartilhe
Compartilhar no WhatsApp
Compartilhar no Facebook
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Telegram
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no E-mail
Siga-nos no Google News
Petrobras Nordeste petróleo Venezuela

A Petrobras fez sobrevoos no litoral do Nordeste, mas não conseguiu identificar o caminho do petróleo, o que inviabiliza instalar barreiras de contenção.

Nesta sexta-feira, 25,  Petrobras concluiu que o petróleo que chega às praias do Nordeste desde o fim de agosto se trata de uma mistura da produção de três campos na Venezuela. Segundo a estatal, as investigações também apontam como provável origem o derramamento por um navio.

Isso não significa que a Venezuela tenha responsabilidade direta sobre o derramamento de petróleo na costa brasileira, uma vez que o material pode ter sido embarcado em navio de qualquer origem, inclusive embarcações ilegais.

A conjectura de que o petróleo lançado no mar brasileiro seja resultado da operação criminosa de um “navio fantasma” é, para a Marinha, uma das mais prováveis atualmente porque, de acordo com avaliações técnicas, o petróleo que contaminas as praias do Nordeste, não é comprado por nenhum outro país do mundo.

“Cada óleo ou petróleo tem uma assinatura geoquímica baseada na sua composição, que é muito específica. É por isso que a gente consegue saber se o óleo veio da Venezuela, da bacia de Santos, da Arábia Saudita (inclusive dos poços). Há bancos mundiais que dispõe dessa assinatura geoquímica do óleo. E é uma análise fácil de fazer e identificar a origem” explica Vanessa Hatje, especialista em Oceanografia Química da Universidade Federal da Bahia.

“A gente comparou a análise da origem com mais de 30 amostras e concluiu que ela é de três campos venezuelanos, um blend [mistura] do petróleo de lá”, afirmou Eberaldo, diretor de Assuntos Corporativos da companhia, durante encontro que detalhou o resultado da companhia no terceiro trimestre.

O executivo, disse que a Petrobras comparou o combate ao vazamento a “procurar agulha no palheiro”, já que não se sabe a origem.

Neto reforçou que o desconhecimento sobre a origem do vazamento dificulta a estratégia de combate, já que só é possível identificar o produto quando ele atinge as praias.

A empresa fez sobrevoos no litoral do Nordeste, mas não conseguiu identificar o caminho do óleo. Ele ainda ressaltou que não é possível instalar barreiras de contenção para evitar que as manchas toquem a costa.

“Quando vaza de uma instalação de produção, a gente detecta a origem e consegue combater mais fácil. Quando não tem o fator de origem, não se sabe como foi e quando foi, é como [procurar] agulha no palheiro”, explicou.

 

Relacionados
Mais recentes
COMPARTILHAR