A Petrobras e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) anunciaram recentemente a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de revitalizar o setor químico no país.
A iniciativa visa elaborar um plano integrado de retomada e consolidação, buscando solucionar os gargalos enfrentados pela indústria química brasileira. Neste artigo, discutiremos os desafios enfrentados pelo setor, as medidas propostas pelo grupo de trabalho e a importância da parceria entre a Petrobras e a Abiquim.
Desafios do setor químico no Brasil
O setor químico brasileiro enfrenta diversos desafios que prejudicam sua competitividade e capacidade de crescimento. Um dos principais obstáculos é o alto custo da matéria-prima, energia e tributação, que representam cerca de 80% dos custos totais. Esses valores elevados dificultam a produção a um custo competitivo e impactam a capacidade do setor em competir internacionalmente.
Além disso, a indústria química brasileira enfrenta o desafio da baixa utilização da capacidade instalada. No primeiro quadrimestre de 2023, os volumes de produção e vendas atingiram o patamar mais baixo dos últimos 17 anos. O nível de utilização da capacidade instalada foi de apenas 67%, uma queda de aproximadamente 10 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso demonstra a necessidade de medidas que estimulem o uso mais eficiente dos recursos disponíveis e aumentem a produtividade do setor.
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Medidas propostas pelo Grupo de Trabalho
O grupo de trabalho formado pela Petrobras e a Abiquim tem como objetivo estudar e propor medidas que contribuam para a revitalização do setor químico no Brasil. Entre as ações planejadas, destacam-se:
- Plano Integrado de Retomada e Consolidação: Será elaborado um plano abrangente que visa identificar as principais dificuldades enfrentadas pelo setor, propondo soluções para impulsionar o crescimento e a competitividade da indústria química nacional.
- Medidas de Inserção Internacional: Serão analisadas ações para promover a inserção do setor químico brasileiro no mercado internacional. Isso inclui a identificação de oportunidades de exportação, a ampliação da participação em cadeias globais de valor e a busca por acordos comerciais favoráveis.
- Defesa Comercial: Serão avaliadas estratégias de defesa comercial para proteger o setor químico nacional de práticas desleais de mercado, como dumping e subsídios abusivos. Serão consideradas medidas como a aplicação de barreiras tarifárias e ações junto a órgãos internacionais.
- Competitividade Tributária: Serão propostas medidas para melhorar a competitividade tributária do setor químico no Brasil. Isso envolve a análise das atuais cargas tributárias, incentivos fiscais e possíveis reformas que possam reduzir os custos para as empresas do setor.
Parceria entre Petrobras e Abiquim
A parceria entre a Petrobras e a Abiquim é de extrema importância para o desenvolvimento do setor químico no Brasil. A Petrobras, como uma das principais empresas do setor de energia e química do país, possui experiência e expertise na área, além de recursos e infraestrutura que podem contribuir para a revitalização do setor.
Já a Abiquim, como representante das indústrias químicas do Brasil, possui conhecimento aprofundado sobre os desafios enfrentados pelo setor e uma visão estratégica para impulsionar seu crescimento. A união dessas duas instituições permitirá a troca de informações, o compartilhamento de melhores práticas e a busca de soluções conjuntas.
A criação do grupo de trabalho entre a Petrobras e a Abiquim representa um importante passo para a revitalização do setor químico brasileiro. A adoção de medidas que estimulem a competitividade, a inserção internacional e a melhoria da carga tributária contribuirá para o crescimento sustentável da indústria química no país.