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Petrobras vai investir R$ 271 bilhões em energia eólica offshore na costa brasileira, gerando milhares de empregos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/03/2023 às 13:16
Atualizado em 16/03/2023 às 22:03
Petrobras anuncia investimento de até R$ 271 bilhões em energia eólica offshore na costa brasileira, abrindo novas oportunidades de emprego 
Foto: Usina eólica offshore/ DW Energy
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A Petrobras anunciou que investirá bilhões de reais em energia eólica offshore, gerando milhares de novos empregos em 6 estados do Brasil.

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (13), a assinatura de uma carta de intenções com a empresa norueguesa Equinor para avaliar a viabilidade de construção de sete projetos de energia eólica offshore na costa do país. A capacidade instalada desses projetos é de 14,5 GW, com um capex de US$ 52,2 bilhões ou R$ 271 bilhões, o que, além de gerar milhares de novos empregos no país, demandaria um investimento significativo da Petrobras.

Vantagens da energia eólica offshore

A iniciativa da Petrobras é um grande passo rumo à transição energética ecológica. O intuito dos projetos de energia eólica offshore da Petrobras é diversificar a receita para fontes renováveis, como parte do plano estratégico da empresa para os próximos 5 anos. Entretanto, alguns executivos da área questionam a opção pelas eólicas offshore em vez das onshore.

O capex para uma usina eólica offshore é três vezes maior do que o da onshore, o que pode ser visto como um alto custo para a empresa. Na Noruega, a escolha da energia eólica offshore é explicada pela ausência de terra. No Brasil, por outro lado, é justamente o contrário, terra é o que não falta.

INDÚSTRIA E COMÉRCIO – MERCADO LIVRE

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Embora existam altos custos, a energia eólica offshore possui algumas vantagens, como a grande estabilidade e velocidade dos ventos em alto-mar, livre de interferência de barreiras como rugosidade do solo, montanhas, florestas e construções. Isso pode levar a um fator de capacidade maior neste tipo de geração em alto-mar, o que pode compensar os custos mais altos. De fato, dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o fator de capacidade das eólicas offshore é um pouco maior se comparado com as onshore.

Petrobras planeja investir US$ 78 bilhões em hidrogênio verde

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, este acordo abrirá caminhos para uma nova fronteira de energia renovável e limpa no país, aproveitando o expressivo potencial da energia eólica offshore do Brasil e impulsionando a trajetória rumo à transição energética.

Além da energia eólica offshore, a Petrobras também planeja investir em outras fontes de energia renovável, como o hidrogênio verde, o biorefino e a captura de carbono. Essa estratégia de diversificação de receita é importante para a empresa, que já planeja investir US$ 78 bilhões entre 2023 e 2027, com 80% para exploração e produção de petróleo e US$ 15,6 bilhões para outros destinos.

Os 7 parques de energia eólica offshore em análise, que criarão diversos empregos, estão distribuídos nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Brasil possui capacidade de 23 GW

Atualmente, o país possui 23 GW de capacidade de geração de eólicas onshore e outros 23 de parques de geração solar. A iniciativa da Petrobras é algo ambicioso, entretanto pode ser um grande marco para a transição energética no Brasil.

A energia eólica é uma das principais fontes de energia limpa, e o país possui um grande potencial para a geração de energia eólica e solar. A iniciativa da Petrobras pode ajudar a impulsionar a indústria de energia limpa no país, gerando empregos e mitigando as emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com a Petrobras, a estimativa é que o mundo da energia renovável, principalmente solar e eólica, supra 30% da demanda de energia elétrica em 2023. Segundo Fabrício Zorzanelli, que atua no setor de Eficiência Energética do Centro de Pesquisas da empresa, em linha com uma das estratégias do PNG, que estima preparar a Petrobras para um futuro com base em economia de baixo carbono, há um projeto de pesquisa que foi proposto até o ano passado.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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