O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta quinta-feira (02/03) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um crescimento surpreendente, alcançando 2,9%, totalizando R $9,9 trilhões.
O fim das restrições impostas para combater a pandemia de covid-19, somado aos estímulos fiscais adotados, foram os fatores fundamentais para essa recuperação econômica. O setor de serviços foi responsável pelo maior índice de crescimento, com 4,2% do PIB do Brasil, mas todas as atividades tiveram aumentos significativos.
A indústria não ficou para trás e contabilizou 1,6% de crescimento. Por outro lado, o setor da agropecuária apresentou uma queda de 1,7%, devido à diminuição na produção e perda de produtividade. A despesa de consumo das famílias subiu 4,3%, enquanto a do governo teve um aumento de 1,5%. As exportações de bens e serviços tiveram um incremento gradativo de 5,5% e as importações um pequeno avanço de 0,8%.
Nesse quadro promissor, o PIB do Brasil per capita avançou 2,2% em relação a 2021 e atingiu R $46.154,6. Assim como novas possibilidades foram abertas para o país com esses resultados positivos, a taxa de investimentos chegou a 18,8% do PIB total.
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No entanto, o quarto trimestre do ano passado foi marcado por uma desaceleração da economia brasileira devido à queda de 0,2% registrada no PIB do Brasil nesse período. Apesar disso, o Brasil conseguiu ultrapassar os obstáculos com muita destreza e perseverança e fechar 2022 com um desempenho inigualável.
O setor agropecuário do Brasil perdeu espaço no PIB do Brasil em 2022, a retração foi de 1,7%, segundo o IBGE.
A agropecuária tem sido afetada por fatores climáticos que prejudicam a produção de produtos básicos e, consequentemente, a economia nacional. A produção de milho e soja – importantes para o país – teve quebra de 20 milhões de toneladas de sacas em 2021.
No entanto, o setor vem investindo na tecnologia para melhorar suas exportações e fazer com que a agropecuária volte a ser uma força na economia brasileira. É preciso mais do que um sol forte para trazer os resultados desejados: é necessário também um brilho tecnológico. Como uma crescente luminosa, a tecnologia pode permitir que o setor alcance novas alturas e se torne fluorescente novamente.
De acordo com o IBGE, houve uma redução na participação desse setor na economia total, que caiu de 4,9%, em 2019, para 8,8% em 2021 e ainda recuou para 7,9% no ano passado. A pecuária também sofreu impactos durante o último trimestre de 2022, com produção menor de carnes bovina e suína, mas um ligeiro aumento na de frango. Isso resultou em uma taxa de evolução mais baixa do PIB do Brasil no setor se comparado com o terceiro trimestre de 2021.
No campo das lavouras, os números também são preocupantes. O principal produto da agricultura brasileira, a soja, teve uma queda na produção de 11%, bem como um decréscimo na produtividade de 15,5%. O arroz também registrou um recuo na safra e redução na produtividade.
Entretanto, alguns itens conseguiram superar esses números negativos. O trigo foi responsável por um recorde de safra acima de 10 milhões de toneladas e produtividade 9,4% superior à do ano anterior. O milho também obteve crescimento na área e produtividade: 26% e 15%, respectivamente.
Com base nas perspectivas atuais para 2023, há motivos para esperança. Se o clima colaborar com as lavouras, será possível constatar uma safra acima dos 300 milhões de toneladas nos grãos. Já o setor pecuário depende do tempo que a China levará para retomar as importações brasileiras para voltar a ter boas performances.
O governo tem tomado medidas gradativas para incentivar e melhorar os resultados da agropecuária nacional. Com isso, assim como um navio que navega mar adentro rumo a um porto seguro, teremos condições de alcançar metas mais promissoras para essa importante atividade econômica brasileira.