O Brasil e a Alemanha estão estreitando os laços para fortes investimentos em projetos voltados para a descarbonização do setor da energia. O Governo Lula pretende unir forças com o país para expandir a economia do hidrogênio verde em ambos os países.
Para esta sexta-feira, (03/01), Brasil e Alemanha se aproximam visando um futuro mais limpo no mercado da energia. O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, se reuniram nesta semana para debater parcerias futuras entre os países. O setor das energias renováveis foi um dos assuntos apresentados pelo representante do Governo Lula, com foco no alto potencial de expansão da economia do hidrogênio verde em ambos os países.
Alemanha enxerga no Brasil alto potencial de parceria para investimentos na economia do hidrogênio verde ao longo dos próximos anos
Mesmo com poucas semanas de mandato, o novo Governo Lula vem trabalhando para estreitar os laços com o mercado internacional de energia, com foco nos projetos de renováveis.
Em reunião recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, discutiram o futuro de ambos os países quanto à economia energética.
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O foco principal do debate se deu em torno da proteção da Amazônia, energias renováveis e no acordo comercial UE-Mercosul.
No entanto, Scholz também chamou atenção para o alto potencial de aproveitamento da chamada economia do hidrogênio verde no território nacional.
Esse combustível é produzido a partir de energias renováveis, que desponta como a principal aposta das economias desenvolvidas para descarbonizar setores intensivos em CO2, como agricultura, transportes, indústrias e geração de energia.
O Brasil possui um alto potencial de produção de hidrogênio verde, e o atual Governo Lula pretende aproveitar os números nos próximos anos.
“Vocês [o Brasil] têm muita experiência com energias renováveis e enormes potenciais também através da produção e da exportação de hidrogênio verde e seus respectivos produtos”, afirmou o chefe do governo da Alemanha.
Em meio aos conflitos climáticos e geopolíticos na Europa, o país vem buscando se movimentar para uma transição no mercado da energia, com foco nas renováveis.
Dessa forma, a economia do hidrogênio verde com o apoio do Governo Lula é uma alternativa viável para a descarbonização do setor ao longo dos próximos anos.
Governo Lula se prepara para possíveis acordos de exportação de hidrogênio verde no futuro para a Alemanha
A Alemanha está focada em incorporar o hidrogênio verde na sua economia de energia ao longo do ano de 2023.
Está marcado para 7 de fevereiro o primeiro leilão da política H2Global, que prevê incentivos a importações do combustível, identificado como substituto estratégico do petróleo, gás e carvão para obtenção de energia limpa.
Essa primeira licitação se voltará para projetos do ramo da energia centrados na amônia verde, produto derivado do hidrogênio verde.
No dia 21, uma nova rodada deverá ser realizada para contratação de combustível sustentável de aviação e metanol, também oriundos do combustível renovável.
Dessa forma, enquanto se prepara para uma transição energética, a Alemanha articula com o Governo Lula uma possível parceria com o Brasil.
O país pode se tornar um forte exportador do combustível ao longo dos próximos anos, contribuindo para uma economia sustentável no país europeu.
“Por estar exposta à questão crucial da segurança energética e ter lançado o primeiro edital de compra de insumos verdes do hidrogênio verde em contratos de dez anos, a Alemanha tem uma posição de liderança”, afirma Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Assim, basta aguardar os próximos passos da Alemanha junto ao Governo Lula para os possíveis projetos da economia do hidrogênio verde no mercado de energia.