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O fim do Mercosul! Planos da China causam crise entre Argentina, Brasil e Uruguai e ameaçam o futuro do bloco econômico sul-americano

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/08/2024 às 08:41

O Mercosul enfrenta sua maior crise, com o bloco econômico à beira do colapso devido às divergências entre Argentina, Brasil e Uruguai. A crescente influência da China na região aumenta as tensões, e a possibilidade de uma dissolução do Mercosul se torna cada vez mais real. Como isso impactará o futuro da América do Sul?

Em um momento em que o cenário geopolítico global se torna cada vez mais volátil, o Mercosul, bloco econômico que há décadas une as maiores economias da América do Sul, está sob ameaça como nunca antes.

A crise política que se instalou entre Argentina, Brasil e Uruguai, exacerbada pela crescente influência da China, sugere que o fim desse acordo de cooperação pode estar mais próximo do que muitos imaginam. Mas o que está realmente por trás dessa ruptura iminente? E como isso pode impactar o futuro econômico e político da região?

O Mercosul e a crescente crise interna

Segundo o canal “Vamos Falar de História”, a recente 64ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, realizada em Assunção, Paraguai, evidenciou as divergências entre os países membros, especialmente entre Brasil, Argentina e Uruguai. Com a posse de Javier Milei na Argentina, as relações entre os países sul-americanos se tornaram ainda mais tensas, colocando o futuro do Mercosul em risco.

Durante o evento, os líderes debateram a delicada questão dos acordos comerciais bilaterais dentro do bloco. O Uruguai, em particular, vem manifestando um forte interesse em estabelecer um acordo de livre comércio com a China, desafiando as regras do Mercosul, que exigem que tais negociações sejam conduzidas de forma coletiva.

Tensões entre os países membros:

De acordo com o “Vamos Falar de História”, a intenção do Uruguai de negociar diretamente com a China gerou desconforto entre os demais membros, especialmente Brasil e Argentina. Antes da ascensão de Milei ao poder, o governo argentino, sob Alberto Fernández, alinhava-se com o Brasil em oposição a esses acordos bilaterais.

Contudo, com Milei no comando, a Argentina adotou uma postura mais flexível, defendendo a autonomia dos países membros do Mercosul em firmar acordos individuais, caso seja mais conveniente para suas economias.

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, que representou o presidente Milei na cúpula, argumentou que o Mercosul deve permitir maior flexibilidade em suas regras, especialmente em relação aos acordos bilaterais.

Ela declarou: “Pensemos na possibilidade de acordos bilaterais. É muito difícil que todos estejam de acordo em todos os temas. Eventualmente, pode haver um caso em que um acordo comercial bilateral seja conveniente.”

A ascensão da China no cenário sul-americano

O crescente interesse da China na América do Sul, especialmente no Mercosul, não é novidade. Conforme dados recentes de julho de 2024, o gigante asiático se tornou o principal parceiro comercial de diversos países da região, incluindo o Brasil e o Uruguai.

A possibilidade de acordos comerciais diretos entre a China e países do Mercosul, como o Uruguai, pode representar uma ameaça ao bloco, desestabilizando ainda mais as relações entre seus membros.

Os impactos de uma possível dissolução do Mercosul

A possível saída do Uruguai e da Argentina do Mercosul levantaria sérias preocupações sobre o futuro do bloco. De acordo com especialistas em comércio internacional, a saída desses dois países enfraqueceria significativamente o Mercosul, tanto em termos econômicos quanto políticos.

A saída de membros fundadores como a Argentina, que junto com o Brasil forma o núcleo do bloco, poderia criar um precedente perigoso, incentivando outros países a seguir o mesmo caminho.

Como o Brasil se posiciona

O governo brasileiro, por sua vez, se mantém firme em sua posição de defender a unidade do Mercosul e a negociação conjunta de acordos comerciais. Segundo o canal “Vamos Falar de História”, o Brasil teme que a flexibilização das regras do bloco possa levar à sua fragmentação, tornando-o menos relevante no cenário global.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores brasileira destacou que o Mercosul deve ser visto como uma plataforma de integração regional e que a cooperação entre os membros é crucial para enfrentar desafios econômicos e geopolíticos.

Para especialistas, a crise no Mercosul reflete não apenas as divergências internas entre seus membros, mas também a crescente influência de potências externas, como a China, na região.

Conforme as tensões aumentam e os interesses individuais prevalecem, o futuro do Mercosul parece incerto. Se o bloco não conseguir encontrar uma solução que equilibre os interesses de seus membros, o colapso do Mercosul pode se tornar uma realidade iminente.

Com a crescente influência da China na América do Sul e a crise interna no Mercosul, será que estamos prestes a testemunhar o fim desse bloco econômico? Como essa possível dissolução pode impactar o Brasil e o restante da América do Sul? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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