Navios da OTAN receberão tecnologia de guerra eletrônica para confundir mísseis e drones, reforçando defesa contra ameaças modernas. Veja como o sistema vai funcionar
Um novo sistema de guerra eletrônica marítima foi contratado por países da OTAN na Europa. O objetivo é proteger fragatas e outros navios da OTAN com tecnologia avançada, capaz de enganar, confundir ou distrair armas e sistemas de mira inimigos.
O contrato envolve duas empresas de defesa israelenses: a Rafael Advanced Defense Systems Ltd. e a Elbit Systems.
Essas empresas foram selecionadas para fornecer o Sistema de Controle e Lançamento de Iscas Navais (DCLS), considerado uma solução de última geração. A nova tecnologia promete melhorar as capacidades de autoproteção dos navios da OTAN em cenários de combate moderno.
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Novos navios da OTAN: Lançadores treináveis e estabilizados
As empresas revelaram que o sistema contará com lançadores estabilizados e treináveis. Isso permite a implantação rápida e precisa de iscas contra mísseis e outras ameaças. O equipamento será instalado nas novas fragatas europeias da OTAN.
Segundo a RAFAEL, o sistema foi desenvolvido com base em décadas de experiência no setor e um entendimento profundo das novidades marítimas atuais. A empresa destacou o compromisso com soluções comprovadas em combate que garantem o sucesso da missão e a proteção dos aliados no mar.
DESEAVER MK-4: solução avançada de contramedidas
O destaque técnico da Elbit é o DESEAVER MK-4, um sistema de lançamento de contramedidas projetado para combater ataques complexos com mísseis. Ele faz parte de um conjunto integrado de guerra eletrônica da empresa, permitindo maior consciência situacional e resposta a múltiplas ameaças.
O sistema permite disparar diferentes tipos de chamadas a partir de vários lançadores, o que ajuda a enfrentar ataques simultâneos. Essa capacidade posiciona o DESEAVER MK-4 como a quarta geração de sistemas de defesa antimísseis de “morte suave”, ou seja, métodos que evitam o impacto do míssil sem o destruir diretamente.
Com algoritmos específicos, o sistema escolhe o tipo de isca mais adequado para cada situação. O lançamento pode ser feito de forma rápida e precisa, aumentando as chances de proteção da embarcação.
Integração com outros sistemas e contramedidas
Uma das vantagens do novo sistema é a possibilidade de integração com outros sistemas de combate presentes nos navios. Ele também permite a substituição de antigos lançadores fixos por equipamentos treináveis e estabilizados, representando um avanço significativo.
O DCLS poderá lançar tanto iscas passivas quanto ativas. As iscas passivas são usadas para desviar sensores inimigos, enquanto as ativas emitem sinais para confundir os buscadores de mísseis. Essa combinação amplia a capacidade de resposta da OTAN diante de ameaças complexas.
A RAFAEL desenvolveu uma nova geração de contramedidas, incluindo iscas de RF (radiofrequência) e IR (infravermelho). Entre eles estão o BEAM TRAP, SMOKE TRAP e WIZARD. Recentemente, foi adicionada uma nova isca ativa: o C-GEM, criado para lidar com os mísseis anti-navio mais perigosos atualmente.
Segundo o contrato firmado, os sistemas serão entregues ao longo de quatro anos. A previsão é que cinco embarcações recebam o novo conjunto de guerra eletrônica. As empresas afirmam que esta parceria reforça a proteção naval da OTAN e representa um avanço na defesa contra mísseis no ambiente marítimo.
Com informações de Interesting Engineering.