O Xamano Group, multinacional chinesa, anuncia investimento milionário no estado de Goiás. Gerando centenas de novos empregos, a companhia focará na produção de amônia verde.
A multinacional chinesa Xamano Group anunciou, na última quinta-feira (12), um investimento de R$ 53 milhões em um projeto-piloto inédito no Brasil. O projeto marca a entrada da empresa na produção de amônia verde, uma iniciativa que promete revolucionar o setor de energias sustentáveis no país. Além disso, a Xamano planeja utilizar essa matéria-prima para a produção de fertilizantes no município de Goianésia, Goiás, em parceria com o parque industrial do Grupo Jalles Machado. Essa iniciativa reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e coloca o Brasil na rota de inovações globais em energias limpas e produção agrícola.
Multinacional chinesa se pronuncia sobre investimento
O presidente da Xamano Group, Wei Wang, explicou que a produção de amônia verde a partir do hidrogênio, e a posterior fabricação de fertilizantes envolve um modelo de negócio “econômico”. Frisou ainda que, em um futuro próximo, seja replicado em grandes fazendas do país.
Segundo o executivo, este investimento da multinacional chinesa contribuirá ainda mais para o desenvolvimento da agricultura. A meta, segundo ele, é chegar, na unidade de Goianésia, a 2,6 mil toneladas de amônia por ano.
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Segundo o vice-governador, Daniel Vilela, Goiás possui total interesse em fechar parcerias com investidores sérios e que, como os chineses, trabalham com tecnologia limpa.
Neste quesito, o estado busca estar sempre à frente. Ele destaca à multinacional chinesa, ainda, que o país é hoje um grande importador de fertilizantes. E que o avanço na produção deste insumo agrícola em solo goiano é vantajoso tanto para o agronegócio quanto para a multinacional chinesa.
Estiveram presentes na reunião, também, o secretário-geral do Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima, do presidente da Xamano Group, Wei Wang, dos diretores Claudia Wu e Victor Emanuel Ribei, e do diretor-presidente da Jalles Machado, Otavio Lage Filho. O Vice-governador destacou dados que, segundo ele, credenciam Goiás como apto a receber investimentos da China e de outros países.
Por que os investimentos serão voltados ao estado de Goiás?
Segundo o vice-governador, a economia do estado vive em um momento incrível, como atestam os números do Produto Interno Bruto (PIB). A educação e a segurança pública tornaram-se uma referência nacional. E também há a já estabelecida rede de proteção social, em 2023, aquele que retirou muitas famílias da situação de pobreza.
Desta forma, Vilela afirma que a multinacional chinesa Xamano Group pode fazer investimentos com segurança e tranquilidade. O titular da SGG lembrou aos investidores chineses que o país é hoje um grande importador de fertilizantes. E que o avanço na produção deste insumo agrícola em solo goiano é vantajoso tanto para o agronegócio quanto para a multinacional chinesa.
Goiás conta com mercado consumidor e ocupa uma posição estratégica, estando bem centralizado quando comparado aos demais estados. Facilitará o processo logístico da empresa, segundo Adriano da Rocha Lima. O que percebe no estado é que o projeto apresentado pela multinacional chinesa para a produção de amônia verde está bem alinhado com o que o governo pensa e projeta para o futuro.
Como funciona a produção de amônia verde?
Para produzir amônia verde, o hidrogênio deve primeiro ser obtido por meio de um processo de eletrólise da água. Isto é, a água é decomposta em hidrogênio e oxigênio, usando energia elétrica gerada a partir de fontes limpas.
O hidrogênio é então combinado com o nitrogênio atmosférico por meio de um processo chamado de síntese de Haber-Bosch, permitindo que o hidrogênio e o nitrogênio reajam e alta pressão e temperatura na presença de um catalisador para formar amônia.
O resultado é a produção de amônia verde usando hidrogênio verde e nitrogênio atmosférico. O processo de produção de amônia verde não emite CO2 e, desta forma, a estimativa é que haja um crescimento exponencial de sua produção para ser substituída pela amônia cinza e que possa ser usada para outros fins.