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Lula vai LIMITAR valorização do salário mínimo! Governo Federal quer diminuir gastos com benefícios sociais e previdenciários

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/11/2024 às 23:59
Atualizado em 16/11/2024 às 00:09
Lula pode limitar o aumento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação. Entenda o impacto dessa medida nas contas públicas!
Lula pode limitar o aumento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação. Entenda o impacto dessa medida nas contas públicas!

O governo Lula quer limitar o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação, mudando décadas de valorização real. A medida promete economizar bilhões, mas também gera polêmica entre especialistas e trabalhadores. Saiba como isso pode impactar sua vida e as finanças do Brasil!

Uma proposta polêmica está movimentando os bastidores do governo e causando apreensão em muitos brasileiros.

Com um histórico de ganhos reais ao longo das últimas décadas, o salário mínimo pode ter sua valorização limitada a partir de 2025.

A medida faz parte de uma estratégia da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conter os gastos públicos, especialmente com benefícios sociais e previdenciários.

O que o governo pretende com essa medida?

De acordo com a equipe econômica, a ideia é atrelar o reajuste do salário mínimo às regras do marco fiscal, aprovado em 2023.

Isso significa que o aumento seria de, no máximo, 2,5% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Essa mudança afeta diretamente despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial, que estão indexados ao salário mínimo.

O objetivo é aplicar o mesmo limite de crescimento previsto no marco fiscal para essas despesas, diminuindo o impacto nos cofres públicos.

Atualmente, cada real de aumento no salário mínimo representa um acréscimo de cerca de R$ 400 milhões nas contas do governo.

Em 2024, os gastos com benefícios previdenciários, BPC (Benefício de Prestação Continuada), abono salarial e seguro-desemprego subiram R$ 40,7 bilhões, uma cifra significativa que exige controle para evitar desequilíbrios fiscais.

Um histórico de valorização acima da inflação

Entre 1996 e 2024, o salário mínimo acumulou um crescimento impressionante de 1.160,7%, muito acima da inflação, que foi de 429,3% no mesmo período.

Essa política de valorização proporcionou ganhos reais aos trabalhadores, elevando o poder de compra e melhorando o padrão de vida de milhões de brasileiros.

Nos últimos 30 anos, em 15 ocasiões, o reajuste do salário mínimo superou a inflação em mais de 2,5%, incluindo os anos de 2023 e 2024.

No entanto, limitar a valorização a 2,5% acima do INPC marcaria uma mudança significativa na política adotada nos últimos governos.

Como funciona o cálculo atual do salário mínimo?

Desde 2023, o reajuste do salário mínimo considera a variação do INPC até novembro do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Por exemplo, o aumento de R$ 1.320 para R$ 1.412 em 2024 combinou uma alta de 3,85% do INPC acumulado até novembro de 2023 com 3% do crescimento do PIB de 2022.

Para 2025, a equipe econômica propôs um reajuste de 6,87%, levando o valor para R$ 1.509.

No entanto, se a proposta de limitar a valorização for aplicada, o aumento será menor.

Com base no INPC acumulado de 4,6% até outubro de 2024 e no PIB de 2,9% de 2023, o salário mínimo seria de R$ 1.520 pelas regras atuais.

Mas, com o teto de 2,5% acima do INPC, o valor seria reduzido para R$ 1.513, economizando cerca de R$ 2,8 bilhões.

Impactos nas contas públicas

O salário mínimo influencia diversas despesas na economia brasileira, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono salarial.

Entre janeiro e setembro de 2024, os gastos com seguro-desemprego e abono salarial somaram R$ 68,8 bilhões, um aumento real de R$ 4,6 bilhões em relação ao mesmo período de 2023.

Já o BPC custou R$ 83,2 bilhões no mesmo período, representando um crescimento de R$ 11,6 bilhões em relação ao ano anterior.

Ao limitar o reajuste do salário mínimo, o governo busca reduzir a pressão sobre essas despesas, equilibrando o orçamento e respeitando as regras do marco fiscal.

O que esperar para o futuro?

A discussão sobre a valorização do salário mínimo é central para o equilíbrio entre a justiça social e a responsabilidade fiscal.

Enquanto o governo argumenta que a medida é necessária para evitar um descontrole nas contas públicas, muitos especialistas e setores da sociedade criticam a ideia, afirmando que ela pode prejudicar os trabalhadores e a economia.

Será que a redução no reajuste do salário mínimo é a melhor solução para equilibrar as contas do país?Deixe sua opinião nos comentários!

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Diogo
Diogo
16/11/2024 01:10

No governo Temer e Bolsonaro, o salario minimo apenas repos a inflação. Matéria tendenciosa e muito mal elaborada.

Christiano
Christiano
Em resposta a  Diogo
16/11/2024 02:01

Somente em três ocasiões eu recebi minha aposentadoria com índice acima da inflação, e em duas delas foram no governo BOLSONARO. O famigerado PT só me reajustou uma vez acima da inflação. Resumindo, quanto mais tempo o PT no poder, MUITO PIOR para os Aposentados brasileiros, na condição em que me encontro.

Itamar
Itamar
Em resposta a  Christiano
16/11/2024 07:39

E querem acabar com a Revisão da Vida Toda.

Itamar
Itamar
Em resposta a  Diogo
16/11/2024 07:38

O governo Bolsonaro passou pela pandemia e suas consequências danosas para a economia.

Luís Antonio Decourt
Luís Antonio Decourt
Em resposta a  Diogo
16/11/2024 12:11

Governo Bolsonaro recolheu menos impostos por causa da Covid , por este motivo o aumento foi só da inflação. Governo atual arrecada muito , faz cabide emprego , muitos ministérios, e sacrifica aposentados…. mas na hora de fazer a economia rodar são os aposentados que antecipam 13o salário e depois ficam chutando o dedo no Natal….
Estamos fartos desses **** na política brasileira .

Itamar
Itamar
16/11/2024 07:36

O governo federal pode extinguir ministérios inúteis: ministério dos povos indígenas, igualdade racial e outros dos 14 ministérios criados pelo Lula.

Silva
Silva
16/11/2024 08:56

O correto é tirar de quem têm sobrando Se não tem competencia é só pedir o boné. Sou Lula enquanto for assim. SEM ANISTIA

Josué de Paula
Josué de Paula
Em resposta a  Silva
16/11/2024 11:03

Todo o déficit orçamentário brasileiro é causado pela setor previdenciário MILITAR, Simone Tebet é quem tem coragem e autoridade pra falar e provar.

Gelso
Gelso
16/11/2024 11:33

Excluindo os rombos decorrentes da corrupção nacional que se somados certamente pagariam boa parte da conta, cabe a pergunta: O tamanho da conta do Sistema Geral da Previdência é conhecida pelos governos e é relativamente fácil projetar o seu crescimento ao longo dos anos, então porque o governo gasta mais do que deve? É mais, o peso irá cair apenas no Sistema Geral da Previdência? E os regimes públicos não sofrerão limitação, sem as costumeiras exceções , mesmo sabendo que os altos salários estão nesses regimes, principalmente no judiciário e legislativo? É muito fácil governar assim. Gasta mal o que não pode e depois manda a conta para alguém pagar.

Luís Antonio Decourt
Luís Antonio Decourt
16/11/2024 12:00

Lógico que mais uma vez aposentados pagam a conta por incompetência do governo. Porque o governo não corta na própria carne , deputados e senadores também têm que dar sua contribuição diminuindo verbas de gabinete e etc…. Porque só o Povo?

Luís Antonio Decourt
Luís Antonio Decourt
Em resposta a  Luís Antonio Decourt
16/11/2024 12:04

Judiciário também tem que fazer sua parte.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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