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Grave! Caminhoneiro é condenado à prisão após despejar ilegalmente 19 mil litros de óleo diesel no chão, causando danos graves ao meio ambiente

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 21/11/2024 às 22:11
Caminhoneiro, diesel
Foto: Reprodução

Justiça condena caminhoneiro que despejou ilegalmente 19 mil litros de diesel, causando um grave impacto ao meio ambiente

Um caminhoneiro foi condenado à prisão após despejar de forma ilegal 19 mil litros de diesel no solo, ocasionando graves danos ambientais. A ação criminosa do caminhoneiro gerou um impacto significativo no ecossistema local, comprometendo o solo, a vegetação e a qualidade da água na região.

Em um caso de grande impacto ambiental, um caminhoneiro foi condenado no estado americano de Maryland, por despejar ilegalmente mais de 5.000 galões de diesel, cerca de 19 mil litros, em diversos pontos do Condado de Anne Arundel.

A ação do caminhoneiro gerou danos ambientais graves, afetando a qualidade do solo, da água e colocando em risco a saúde pública.

No começo de novembro, o procurador-geral de Maryland, Anthony G. Brown, anunciou a confissão de culpa de Larry A. Gross, caminhoneiro de 46 anos, morador de Waldorf. Gross admitiu ter violado as leis ambientais estaduais ao descartar óleo diesel em locais impróprios.

caminhoneiro, diesel

A confissão do caminhoneiro

No dia 6 de novembro de 2024, Gross se declarou culpado perante a juíza Stacy W. McCormack no Tribunal de Circuito do Condado de Anne Arundel.

Ele foi condenado a um ano de prisão, mas cumprirá apenas 60 dias no Centro de Detenção do Condado, com o restante da pena suspenso.

Além disso, foi condenado a pagar uma multa de US$ 10.000 ao Fundo de Contenção, Limpeza e Contingência de Desastres de Petróleo do estado.

Gross também cumprirá cinco anos de liberdade condicional supervisionada. O procurador-geral Brown ressaltou a gravidade do caso e afirmou que não tolerará ações irresponsáveis como essa.

Despejar milhares de galões de óleo diesel em áreas públicas é um ato irresponsável que coloca em risco a saúde de nossos cidadãos e a integridade do meio ambiente. Nosso escritório continuará tomando medidas contra quem desrespeitar as leis ambientais de Maryland”, declarou Brown.

Os detalhes do crime ambiental do caminhoneiro

caminhoneiro, diesel

As investigações revelaram que Larry Gross era o principal operador da empresa H&M Truckin, LLC, e também trabalhava como contratado da M Pittman Enterprises (MPE), uma distribuidora de combustíveis com sede na Virgínia.

No dia 3 de outubro de 2023, Gross utilizou um caminhão-tanque alugado pela MPE para coletar aproximadamente 7.500 galões de diesel no terminal de combustível Motiva, localizado em Baltimore City.

Na madrugada de 4 de outubro, ele entregou 2.159 galões de diesel a um depósito de combustível em Elkridge, Maryland. No entanto, restaram mais de 5.000 galões no caminhão, o que gerou um problema logístico para Gross.

Por norma, o caminhoneiro não podem transportar óleo diesel e gasolina ao mesmo tempo. Para abastecer o caminhão com gasolina, seria necessário remover completamente o diesel restante. Pressionado pelo sistema de pagamento baseado na quantidade de cargas transportadas, Gross optou por descartar o combustível de maneira ilegal.

A sequência de despejos

O primeiro despejo ocorreu por volta das 2h01 da madrugada, no acostamento da Rota 10, em Brooklyn Park. Menos de uma hora depois, Gross despejou mais diesel no bloco 500 da Digiulian Boulevard, em Glen Burnie. Imagens de câmeras de vigilância capturaram o momento em que o combustível escorria pela estrada, fluindo em direção a bueiros.

Às 3h13, Gross retornou ao acostamento da Rota 10 e descartou mais diesel antes de seguir para o terminal Motiva, onde abasteceu o caminhão com gasolina. No total, ele despejou aproximadamente 5.342 galões de diesel em três locais diferentes.

Consequências ambientais

Os danos causados pelo diesel despejado foram amplamente documentados pelas equipes do Departamento de Meio Ambiente de Maryland (MDE). Na Digiulian Boulevard, o combustível percorreu cerca de 250 metros, descendo até um bueiro que desaguava em uma lagoa de sedimentos local. Já na Rota 10, o diesel contaminou valas de drenagem próximas à rodovia, afetando áreas comerciais vizinhas.

Amostras de solo coletadas nas áreas impactadas confirmaram a presença de hidrocarbonetos derivados de petróleo e compostos orgânicos de diesel. Esses poluentes são altamente tóxicos e podem causar danos duradouros ao meio ambiente.

Além disso, o risco à saúde pública foi evidente. Empresas adjacentes às áreas impactadas dependem de água pública para abastecimento, mas a proximidade com os locais de descarte levantou preocupações sobre possíveis contaminações futuras.

A investigação

A Unidade de Crimes Ambientais e Recursos Naturais do Escritório do Procurador-Geral de Maryland, em parceria com o Departamento de Meio Ambiente do estado, conduziu a investigação.

O trabalho minucioso incluiu a análise de imagens de câmeras de segurança, amostras de solo e registros do transporte de combustível.

As autoridades identificaram que caminhoneiro agiu premeditadamente ao escolher locais isolados para o despejo do diesel. Ele retornou ao mesmo local da Rota 10 em mais de uma ocasião, indicando que tinha ciência do impacto limitado de suas ações à primeira vista.

A resposta das autoridades

O procurador-geral Brown destacou o trabalho das equipes envolvidas no caso e agradeceu a colaboração do Departamento de Meio Ambiente de Maryland. Ele enfatizou que o processo judicial contra Larry Gross serve como um alerta para outros motoristas e empresas que lidam com materiais perigosos.

“Nossa prioridade é proteger o meio ambiente e garantir que crimes como este não fiquem impunes. Trabalharemos incansavelmente para responsabilizar quem violar as leis que protegem nossos recursos naturais”, disse Brown.

A procuradora do Estado do Condado de Anne Arundel, Anne Colt Leitess, também contribuiu para o processo, fornecendo suporte jurídico e logístico.

Casos como o de Larry Gross evidenciam a importância de políticas rigorosas de fiscalização ambiental. O descarte impróprio de combustíveis não afeta apenas o meio ambiente imediato, mas também compromete a qualidade de vida das comunidades próximas.

Os danos ambientais causados por compostos de petróleo podem levar anos para serem completamente mitigados. Por isso, é essencial que tanto empresas quanto indivíduos sigam rigorosamente os protocolos de descarte e transporte de materiais perigosos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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