1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Governo Lula pretende expandir atuação da Petrobras no setor de refino de combustíveis e fertilizantes com novos investimentos para os próximos anos
Tempo de leitura 3 min de leitura

Governo Lula pretende expandir atuação da Petrobras no setor de refino de combustíveis e fertilizantes com novos investimentos para os próximos anos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/01/2023 às 18:26
A estatal terá um papel ainda maior nos investimentos relacionados à produção de fertilizantes e ao refino de combustíveis no país. O Governo Lula pretende suspender o plano de desinvestimento da Petrobras e focar no seu papel como uma empresa estatal.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A estatal terá um papel ainda maior nos investimentos relacionados à produção de fertilizantes e ao refino de combustíveis no país. O Governo Lula pretende suspender o plano de desinvestimento da Petrobras e focar no seu papel como uma empresa estatal.

Mesmo com apenas poucos dias desde o início do mandato, o Governo Lula já se depara com grandes expectativas para os próximos meses. Nesta quinta-feira (12/01), as maiores discussões quanto aos próximos passos do presidente acontecem em torno da Petrobras. A nova administração pretende ampliar o papel da estatal nos investimentos relacionados ao refino de combustíveis e aos fertilizantes no país. Assim, projetos de expansão da produção de ambos os produtos serão desenvolvidos ao longo do mandato de Lula.

Ministros da Agricultura, Fazenda, Casa Civil e Minas e Energia do Governo Lula apoiam ampliação dos investimentos da Petrobras em refino e fertilizantes

Uma das maiores discussões para a Petrobras no ano de 2023 é a possível nova política de preços que a estatal irá assumir ao longo dos próximos meses, conforme previsto pelo novo Governo Lula.

No entanto, enquanto isso não acontece, a nova administração se articula para investimentos em dois setores específicos na estatal: a produção de fertilizantes e o refino de combustíveis.

Ambos são projetos que perderam força durante os últimos anos do Governo Bolsonaro, em razão do forte plano de desinvestimento nos ativos estatais adotado pelo ex-presidente.

Dessa forma, o Governo Lula encontrou uma Petrobras sem escopo para o desenvolvimento das áreas, mas se utilizará da sua nova gestão para alterar o cenário ao longo dos próximos 4 anos.

Os titulares das pastas de Agricultura, Fazenda, Casa Civil e Minas e Energia foram alguns dos que já sinalizaram publicamente a intenção de retomar os investimentos no setor de fertilizantes e no refino de combustíveis no Brasil.

No entanto, a companhia estatal segue ainda sem uma nova presidência, mesmo que o senador Jean Paul Prates seja o nome mais cotado para o cargo atualmente.

Embora seja quase certo que ele assumirá a presidência da Petrobras, a sua entrada ainda está sendo analisada pela Casa Civil.

Dessa forma, a troca da administração poderá ser essencial para os próximos investimentos do Governo Lula no refino e na produção de fertilizantes.

Investimentos em refino e fertilizantes são necessários, mas o novo Governo enfrentará problemas de caixa na Petrobras para novos projetos

Mesmo com grandes intenções de investimentos nos projetos estatais da petroleira ao longo dos próximos anos, o Governo Lula pode enfrentar alguns problemas importantes nessa caminhada.

Entre eles, está a necessidade de um forte caixa para os investimentos em empreendimentos de refino e fertilizantes.

Esse é um cenário que se torna ainda mais estável em meio às possíveis mudanças na política de preços que será adotada pela companhia nos próximos meses.

No entanto, os especialistas do segmento destacam a importância de novos investimentos da Petrobras em projetos de fertilizantes e, principalmente, de refino no Brasil.

O professor Edmar Almeida, do Instituto de Energia da PUC-Rio, destacou que a Petrobras já tem condições de repensar sua estratégia, e que isso precisa ser feito para já.

“O Brasil precisa de um plano energético, e a Petrobras se ajusta a isso. Não o contrário. A empresa tem capital aberto e precisa ter uma dimensão empresarial. A Petrobras não é 100% estatal para ser usada como instrumento público”, destacou o especialista.

Agora, segundo ele, o primeiro passo é definir qual será a transição energética para o Brasil, já que isso não foi feito no governo anterior.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos