Superpopulação de javalis e javaporcos coloca em risco a biodiversidade e a saúde pública de São Paulo. O governo lançou um edital milionário para monitorar, capturar e abater até 380 animais em áreas de conservação. Especialistas alertam para a gravidade do problema e a importância de ações técnicas e éticas.
Você sabia que o Governo de São Paulo está oferecendo mais de R$ 1 milhão para resolver um problema que vem devastando a biodiversidade em áreas de conservação do estado? P
arece um enredo de filme, mas essa iniciativa trata de uma questão ambiental urgente e polêmica.
Javalis e javaporcos, espécies invasoras conhecidas por sua alta capacidade de destruição, tornaram-se uma ameaça tanto para a natureza quanto para a saúde pública.
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Mas qual é o plano para combater essa superpopulação? Continue lendo para entender os detalhes dessa ação e como ela pode impactar o futuro das áreas protegidas.
A iniciativa milionária contra javalis
O Governo de São Paulo, por meio da Fundação Florestal, anunciou recentemente um edital que prevê a contratação de serviços para monitoramento, captura e abate de javalis e javaporcos em cinco unidades de conservação do estado.
A medida, que destina R$ 1,11 milhão para a execução do plano, busca controlar a disseminação desses animais exóticos, proteger a biodiversidade local e garantir a segurança dos frequentadores dessas áreas.
De acordo com o edital, as ações serão realizadas nas Estações Ecológicas de Angatuba, Barreiro Rico, Itirapina e Santa Bárbara, além do Parque Estadual de Ilhabela.
As propostas podem ser enviadas até o dia 23 de dezembro de 2024, quando os envelopes serão abertos às 9h.
O controle planejado prevê o abate de até 380 animais, sendo 200 deles apenas no Parque Estadual de Ilhabela.
A execução será baseada em um rigoroso plano técnico para evitar erros e impactos negativos à fauna nativa.
Por que javalis e javaporcos são uma ameaça?
O javali-europeu (Sus scrofa), introduzido no Brasil, não encontrou predadores naturais no país. Isso permitiu sua rápida adaptação e reprodução descontrolada.
Quando cruzados com porcos domésticos, surgem os javaporcos, espécies ainda mais resistentes e destrutivas, que consomem vegetação, destroem o solo e atacam outras espécies nativas.
Os prejuízos vão além do meio ambiente. Esses animais são vetores de doenças graves, como febre aftosa, leptospirose e peste suína clássica, o que afeta diretamente a saúde pública e a economia, principalmente o setor agropecuário.
Não por acaso, a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) classifica o javali entre as 100 piores espécies invasoras do mundo.
Como o controle será realizado?
O plano de controle estabelecido pelo Governo de São Paulo inclui medidas precisas para garantir eficiência e minimizar impactos ambientais. O serviço contratado deverá:
- Mapear a presença dos javalis e javaporcos nas áreas de conservação.
- Instalar armadilhas, como cercados com iscas de milho, para capturar os animais.
- Aplicar métodos de abate humanizados, com o objetivo de evitar estresse ou afugentamento da espécie.
As carcaças serão descartadas de maneira ambientalmente adequada, seguindo normas vigentes.
Especialistas explicam que ações como essa exigem uma abordagem científica rigorosa para evitar erros, como confundir javalis com espécies nativas de suínos, como catetos e queixadas.
A opinião de especialistas
De acordo com o biólogo Davi Nunes Veloso, a presença de javalis e javaporcos no Brasil representa “a segunda maior ameaça à biodiversidade, atrás apenas das mudanças climáticas”.
Além dos danos ecológicos, ele ressalta os riscos sanitários e econômicos associados à proliferação dessas espécies.
“Esses animais são vetores de doenças e parasitas que podem impactar a fauna, a saúde pública e os recursos naturais.
O controle por meio do abate é essencial, mas é preciso planejamento técnico para evitar danos colaterais à fauna nativa”, afirma o especialista.
Veloso também destacou a importância do monitoramento prévio realizado por biólogos, que ajuda a identificar corretamente as espécies e a garantir que as medidas sejam tomadas de forma ética e responsável.
Um esforço necessário para proteger o futuro ambiental
Com essa iniciativa, o Governo de São Paulo espera mitigar os impactos negativos causados por javalis e javaporcos, protegendo a biodiversidade e garantindo um ambiente mais seguro para os visitantes das unidades de conservação.
A expectativa é que o plano resulte em uma significativa redução na superpopulação desses animais invasores.
Interessados em participar do edital podem acessar mais informações diretamente no site oficial da Fundação Florestal. O prazo para envio das propostas se encerra em 23 de dezembro de 2024. O edital completo está em www.gov.br/compras.
O que você acha?
A medida anunciada pelo governo é suficiente para conter os danos causados por javalis e javaporcos nas áreas de conservação? Quais outras estratégias poderiam ser adotadas para combater o problema? Deixe sua opinião nos comentários!
Antes tarde do que nunca.
Mais um ralo pra escoar o dinheiro público.
No brasil, infelizmente não temos caçadores. Nossos Autotreinados CAC embora a sigla o diga, não são caçadores. Caso, seria só liberar a caça e providenciar um sistema de descarte.
ALEM DISSO, O produtor deve poder abater qualquer destes animais que adentrarem em sua propriedade!