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Fábricas de caminhões aumentam jornada de trabalho para dar conta da alta demanda vinda do transporte da safra

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 15/03/2021 às 14:54
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Trabalhadores em fábrica de caminhões Scania / Fonte: Reprodução – Via Google

Falta de peças limita produção e fábricas de caminhões produzem aos domingos para atender alta demanda no transporte de safra

Apesar da falta de peças limitar a produção, as montadoras de caminhões ampliaram a jornada de trabalho nas fábricas para atender a demanda, em alta, vinda do transporte da safra. Ou seja: o atraso no fornecimento tem feito as linhas funcionarem por mais horas, já que ninguém quer perder vendas por falta de produto.

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A nova medida inclui, até mesmo, trabalhar aos domingos para finalizar e liberar os veículos às concessionárias. É o que tem acontecido desde o início do ano na fábrica do Rio de Janeiro da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Nos demais dias da semana, a montadora, como seus concorrentes, vem realizando horas extras no primeiro e segundo turno. Faltam nas linhas circuitos eletrônicos, necessários em componentes como chicotes elétricos, além de pneus e peças de aço e alumínio

Após a Ford sair do Brasil e interromper produção de carros na Bahia, Camaçari vive o ‘desmanche’ de fábricas e 7,5 mil pessoas devem perder seus empregos

Após o anúncio da multinacional americana Ford em sair do Brasil e interromper a produção de carros em Camaçari, na Bahia, empresas de autopeças instaladas na cidade já trabalham no desmanche de suas fábricas e cerca de 7,5 mil pessoas devem perder seus empregos na cidade.

A questão e que os fornecedores diretos da multinacional americana não acreditam na chegada de outra fabricante que substituta a montadora a curto prazo, e se concentram em estancar prejuízos imediatos, como custos de pessoal e aluguel de galpões. Essas empresas também negociam com a Ford uma solução para o encalhe de produtos e insumos.

7,5 mil pessoas que devem perder seus empregos em Camaçari – Bahia

Essas fabricantes empregavam mais de 3 mil trabalhadores diretos em Camaçari, na Bahia. O número não é distante dos 4,05 mil empregados diretos da fábrica da Ford. Somados, os contingentes indicam as cerca de 7,5 mil pessoas que devem perder seus empregos na cidade.

O superintendente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Vladson Menezes, diz que esses postos representam cerca de 4% dos empregos industriais da Bahia. Dados da pesquisa Industrial Mensal (PIA-IBGE) mostram que, em 2018, Ford e fornecedoras tinham 8,63 mil funcionários diretos. O encolhimento traduz a queda de participação da montadora no mercado brasileiro.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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