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Estaleiro Atlântico Sul, responsável por ‘chuva de empregos’ em Pernambuco, planeja expansão no mercado de reparos navais

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 13/04/2022 às 11:28
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Estaleiro Atlântico Sul – imagem: Reprodução/Youtube

O Estaleiro Atlântico Sul, responsável por ter gerado 11 mil empregos no Porto de Suape, em Pernambuco, está retomando ao mercado após Recuperação Judicial e planeja ingressar em outros mercados.

De acordo com o balanço do último ano, apesar das dificuldades, o Estaleiro Atlântico Sul voltou a ter uma geração de caixa capaz de fazer com que a companhia antecipasse os pagamentos de seus credores. No último ano, o Estaleiro Atlântico Sul, que opera no Porto de Suape, em Pernambuco, mitigou seu prejuízo em 89,4%, indo para apenas R$ 33,3 milhões, o que é bem pouco, se comparado com os R$ 317,2 milhões em 2020. Sendo assim, de acordo com o balanço publicado na última terça-feira (5), o que lhe permitiu fazer antecipações de R$ 30 milhões aos credores foi sua volta como um fornecedor de reparos navais essencial para o mercado e a redução de sua dívida.

Estaleiro Atlântico Sul obteve geração de receitas de R$ 65,4 milhões

Em Recuperação Judicial desde 2020, o EAS tem até o próximo ano para que não seja mais considerado em RJ. No exercício fechado em 2021, a empresa teve como marco a reestruturação da dívida em R$ 1.398,9 bilhão, o que permitiu ganhos com pagamentos de taxas de juros menores.

O estaleiro obteve geração de receitas de R$ 65,4 milhões com serviços que tornam possível uma geração de caixa líquida de R$ 26,6 milhões. Vale lembrar que o Estaleiro Atlântico Sul é uma empresa dos grupos Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, onde cada grupo possui 50% das ações. O EAS teve uma planta construída no Porto de Suape, em Pernambuco.

A planta produz navios de grande porte em uma área de 1.600 hectares. A unidade possui um dos maiores diques navais do país, capaz de abrigar vários navios até um milhão de toneladas de porte bruto e conta com dois guindastes Golias, capazes de levantar até 1.500 toneladas cada e até 2.800 quando juntos. Além disso, a planta no Porto de Suape também conta com uma mega infraestrutura de produção naval 4.0 e que lhe permite atuar em praticamente todo o setor naval.

EAS faz serviços em cerca de 11 navios e rebocadores e foca no retorno do mercado de reparos navais brasileiro

O Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape, está focando no retorno ao mercado de reparos navais, um segmento que o Brasil é muito carente. Em dois anos, a empresa virou referência no setor.

No último ano, a empresa realizou serviços em cerca de 11 navios e rebocadores, e atualmente acumula uma carteira de contratos de serviços que permite ocupar sua área de dique, produção a seco e o cais naval.

A empresa conta atualmente com 500 funcionários, mas já gerou empregos para 11 mil pessoas, entre os anos de 2007 e 2014, quando Pernambuco foi apontado como um Estado em situação de quase pleno emprego.

De acordo com Nicole Mattar, o balanço do último ano mostra o esforço e a disposição do estaleiro do Porto de Suape em se reerguer. Quando Mattar iniciou suas atividades, em 2008 entregou 15 navios tanqueiros e duas plataformas de petróleo, entretanto, nos último sete anos, vem sofrendo com a crise da economia nacional, que começou em 2015, levando a paralisação das atividades.

Estaleiro está buscando novos negócios

De acordo com Nicole, a empresa fará uma nova antecipação, cumprindo o cronograma do PPJ que estima pagamentos aos credores nos meses de março e setembro.

De acordo com a superintendente da empresa de Pernambuco, a EAS vai além dos reparos navais e está trabalhando em novos negócios, como a construção de plataformas de sustentação para torres de energia eólica.

O Brasil ainda precisa da finalização da legislação para este novo setor e atualmente anuncia a construção de um parque eólico de 106 GW, que precisará de várias plataformas.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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