Príncipe saudita de olho na Avibras? Disputa pela compra da empresa estratégica brasileira entre empresas e investidores internacionais gera preocupação no governo federal sobre o futuro do setor de defesa nacional.
Em uma nota divulgada no último dia 25/10, a Avibras anunciou um avanço significativo em seu processo de recuperação financeira, destacando a assinatura de um acordo para a aquisição do controle da companhia por um investidor brasileiro. No entanto, a conclusão dessa aquisição ainda depende do cumprimento de determinadas condições. Enquanto a disputa pela Avibras atrai atenção no mercado, inclusive de figuras como o príncipe saudita, a empresa realiza diligências essenciais para validar e concretizar o processo. O objetivo é restaurar as operações da Avibras e fortalecer sua posição no setor de defesa nacional.
Anúncio de disputa pela Avibras pode encerrar greve que dura um ano
A assinatura deste acordo representa um marco importante no processo de reestruturação da empresa e para por fim à disputa pela Avibras. O fechamento efetivo da aquisição somente poderá ocorrer se cumpridas todas as condições estabelecidas no acordo.
As partes estão trabalhando de forma colaborativa e diligente para concluir a transação. Após o comunicado, que pode dar fim à disputa pela Avibras, os trabalhadores da empresa estão se preparando para encerrar uma greve que já dura mais de um ano.
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Em assembleia do sindicato dos metalúrgicos, realizada nesta última terça-feira (29), os funcionários definiram uma lista de reivindicações a ser apresentada ao provável novo proprietário da empresa, em reunião agendada para o dia 8 de novembro.
Para encerrar a greve, os trabalhadores elaboraram cinco exigências principais, incluindo o pagamento integral de salários e multas, o reestabelecimento do plano de saúde, e a garantia de permanência da empresa na região, por pelo menos 10 anos. Além disso, eles exigem a divulgação das dívidas da empresa com cada trabalhador e a estabilidade no emprego por um ano.
Príncipe Saudita disputa pela compra da Avibras
A crise financeira da Avibras resultou em uma dívida trabalhista de aproximadamente R$ 327 milhões. Desde o início do processo de recuperação, o número de funcionários caiu de 1.400 para 924, que enfrentam atrasos de salários que já somam 19 meses, segundo os sindicalistas. Os trabalhadores dizem que também estão sem acesso a FGTS e ao plano de saúde.
Segundo a coluna radar da Veja, não é um investidor brasileiro o que está mais perto da compra da Avibras. O jornalista Gustavo Maia crava que a disputa da Avibras é feita com o Fundo Soberano da Arábia Saudita, do príncipe Saudita Mohammed bin Salman, que deve ficar com 80% da empresa brasileira de armamentos, que fabrica foguetes, mísseis e lançadores e entrou em recuperação judicial em março de 2022.
Dados da empresa de consultoria Global SWF mostram que o fundo do Príncipe Saudita investiu 31,6 bilhões de dólares, em 2023, tornando se uma das plataformas de investimento mais ativas do mundo. A Avibras, apesar da precária saúde financeira, tem ativos valorizados no mercado militar, como o sistema de lançamento múltiplo de foguetes Astros 2020 e o Míssil Tático de Cruzeiro AVMTC-300, que são os armamentos mais dissuasórios do Exército Brasileiro.
Fusão da Avibras com Akaer
É evidente que a compra da Avibras para um investidor brasileiro é muito melhor para a segurança nacional que a venda para o príncipe Saudita. Esta é uma empresa estratégica para a segurança nacional, e esperamos que o investidor brasileiro, cujo nome ainda não foi divulgado, seja o vencedor desta disputa pela Avibras.
Outra solução que pode evitar a compra da Avibras vem do Governo e das Forças Armadas, que planejam a possibilidade de fusão da Avibras e Akaer Engenharia Espacial, através de um grupo de investidores nacionais. As tentativas de compra do Príncipe Saudita e empresas estrangeiras como DefendTex e Norinco, da Austrália e China, respectivamente, causaram preocupação no governo brasileiro, levando ao BNDES a encontrar uma solução nacional, tendo em vista que a empresa gera o armamento mais potente do Exército Brasileiro.
Vergonha o Brasil perder essa empresa estratégica.
Fakenews