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Início Crise hídrica: Racionamento de energia pode afetar seriamente o PIB e a retomada dos empregos em 2022; conta de luz continuará cara

Crise hídrica: Racionamento de energia pode afetar seriamente o PIB e a retomada dos empregos em 2022; conta de luz continuará cara

13 de setembro de 2021 às 13:43
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A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma usina hidrelétrica brasileira da bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do estado Pará

A crise hídrica pode ocasionar no racionamento de energia no Brasil e prejudicar retomada da economia no próximo ano

O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 92 anos. Com a falta de chuvas, os reservatórios estão com níveis baixos, deixando a conta de luz cada vez mais cara. Hoje, o governo vem sendo pressionado a tomar medidas ainda mais duras para economizar energia e evitar apagões, contudo, o PIB pode ser afetado em 2022. O racionamento de energia não está descartado.

Mesmo com altas taxas na conta de luz, existe o risco real de apagões, deixando o governo pressionado a tomar medidas para diminuir o consumo, como a adoção do racionamento de energia. Entretanto, a expectativa é que essas ações tenha um impacto direto sobre o PIB, encarecendo os custos e alimentando a inflação.

A energia é um bem fundamental para a economia de qualquer país. Ela é crucial para o funcionamento dos mais diversos serviços, como padarias, metalúrgicas, mercados, entre outros. O racionamento de energia pode afetar diretamente estes setores, prejudicando a economia e a retomada dos empregos. 

Ao UOL, Sillas de Souza Cezar, professor de economia da Faap, comentou sobre o assunto: “Medidas que afetem a oferta de energia sempre provocam impacto na economia. A energia é um insumo de produção. Sem energia, as máquinas não ligam.”  

Ações duras para evitar apagões foram responsáveis por um impacto negativo na economia em 2001, quando houve racionamento de energia. Na época, o país cresceu 1,4%, contudo, o crescimento era para ter sido ainda maior, já que o racionamento ocasionou uma retração de 0,2% do PIB no período que esteve vigente. 

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Rio de Janeiro – Consumo de energia elétrica, lâmpada e interruptor de luz. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Na ocasião, o Brasil o nível dos reservatórios do país era de 34%. Hoje, a situação é mais complexa, já que o subsistema mais importante do Brasil, o Sudeste-Centro Oeste, está com apenas 19,6%. Os economistas do Credit Suisse acreditam que o país irá fechar o ano com apenas 12% da sua capacidade

Os economistas da Genial Investimentos, comandados por José Márcio Carmargo, calcula que existe 50% de chances de racionamento de energia. Caso isso aconteça, o PIB do Brasil no ano que vem poderá ter uma variação negativa.  

O principal risco no momento é a crise hidrológica. O declínio no nível dos reservatórios para o nível mais baixo em 91 anos empurrou os preços da energia para cima e aumentou o risco de escassez de energia em certas regiões e de grandes apagões“, afirmaram Solange Srour e Lucas Vilela.

Impacto da crise hídrica na conta de luz

O impacto no bolso dos brasileiros, onde as bandeiras tarifárias da conta de luz voltarão a normalmente, só acontecerá com as chuvas em grande quantidade para elevar novamente os níveis dos reservatórios.

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