Comerciantes sofrem com a crise em Macaé e são obrigados a demitir e fechar portas por falta de movimento.
A crise em Macaé não afetou apenas as empresas offshore, ela também chegou as micro-empresas e autônomos em uma espécie de efeito cascata. Os estabelecimentos comerciais de Macaé vivenciam os impactos infortunos por conta da retrocesso econômico na cidade, que parecem não chegar ao fim. Segundo revela o Sindicato dos Empregados no município, impressionantes 630 fecharam as portas nos últimos meses, quase 6 lojas toda semana! Incrível, não?
As principais vias de comércio da cidade de Macaé são as Avenidas Rui Barbosa e a Teixeira de Gouveia, mas até mesmo nesses pontos estratégicos os empreendedores tiverem que extinguir seus pontos comerciais, pelo motivo de não haver volume de vendas o suficiente e os alugueis se tornando cada vez mais caros.
Para quem passa por ali nos dias de hoje, realmente é um cenário muito triste de se ver, muitas lojas fechadas ou vazias pela falta de movimento. Mesmos nas galerias Aloha, Fashion e Elias Agostinho, que concentravam boa parte das vendas do calçadão, agora vivem um cenário desolador.
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Naturalmente essa falta de movimento no comércio dói e muito no bolso. Sendo obrigadas a fechar por retenção de capital, as empresas estão sendo forçadas a demitir, aumentando ainda mais o desemprego.
Mariáh Silva, que é a presidenta do Sindicato dos Empregados e Comércio de Macaé, disse que é impossível postergar quantos comércios vão fechar em 2017. Se essa crise se manter por muito mais tempo, mais lojas serão fechadas e assim por diante.
Frederico Pessoa, que é dono de um salão de beleza na cidade, disse que ele tinha um faturamento ao mês de mais de R$30.000,00, agora esse lucro está 50% menor e que infelizmente, ele terá que demitir alguns de seus funcionários para tentar manter o negócio e esperar para ver se essa crise passa.
De acordo com a CAGED que é associada ao Ministério do Trabalho, em março Macaé extinguiu 442 empregos de carteira assinada no setor comercial. No ramo de prestação de serviços, 2.251 profissionais foram demitidos e 1.370 retornam com o salário muito abaixo do teto salarial.
Se fizermos um comparativos entre o primeiro trimestre de 2015 e março de 2017, essa cálculo mostra que cerca de 59.211 funcionários foram demitidos da cidade.
A situação é preocupante, vamos esperar o desenrolar dos próximos meses , pois a nossa vizinha São João da Barra, já está tomando as rédias da situação e está com seu Porto do Açú a todo vapor, esperando as movimentações logísticas na cidade.
Participe também do grupo São João da Barra, Porto do Açú, economia e empregos.