Com capacidade de atingir velocidades de Mach 12, o novo míssil hipersônico da Coreia do Norte desafia as defesas globais e fortalece sua aliança estratégica com a Rússia, revelando uma nova era de tensão militar e geopolítica.
Recentemente, a Coreia do Norte realizou mais um teste com um míssil hipersônico, chamando atenção mundial. Mas o que torna essa notícia ainda mais intrigante é o crescente interesse de Vladimir Putin nesse avanço militar. Por que a Rússia está tão envolvida nessa questão? Para entender, precisamos explorar o que são essas armas, as intenções norte-coreanas e os interesses russos.
O que são mísseis hipersônicos e por que eles importam?
Os mísseis hipersônicos são a nova geração de armas militares. Com velocidades superiores a Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som), eles são quase impossíveis de interceptar pelos sistemas de defesa atuais. Existem dois tipos principais: os veículos planadores hipersônicos (HGVs), que deslizam na alta atmosfera após serem lançados, e os mísseis de cruzeiro hipersônicos (HCMs), equipados com motores scramjet.
O diferencial dessas armas está na combinação de velocidade extrema e manobrabilidade, permitindo ataques imprevisíveis e precisos. Podem ser equipadas com ogivas nucleares ou convencionais, o que eleva sua ameaça.
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A evolução do programa de mísseis da Coreia do Norte
A Coreia do Norte tem investido pesadamente no desenvolvimento de mísseis hipersônicos desde 2021. O teste mais recente, em janeiro de 2025, utilizou um míssil de alcance intermediário que atingiu uma velocidade impressionante de Mach 12, segundo fontes norte-coreanas. Embora países como Japão e Coreia do Sul questionem os números divulgados, o teste é uma demonstração clara de que o regime de Kim Jong-un está determinado a liderar no campo das armas hipersônicas.
Esse avanço também tem um forte componente simbólico. O teste foi realizado durante a visita de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, à Ásia, e a poucos dias da posse de Donald Trump em seu segundo mandato como presidente. Coincidência? Dificilmente.
Motivações da Coreia do Norte para desenvolver armas hipersônicas
Por que a Coreia do Norte está tão empenhada em criar essas armas? As razões são múltiplas:
Dissuasão nuclear: Garantir a capacidade de retaliação contra qualquer ataque, especialmente dos EUA e aliados.
Equilíbrio militar: Compensar a disparidade tecnológica e militar com Coreia do Sul e Estados Unidos.
Alavancagem diplomática: Usar testes como forma de enviar mensagens estratégicas durante eventos internacionais importantes.
Propaganda interna: Reforçar a imagem de Kim Jong-un como defensor da soberania e líder visionário.
O papel da Rússia no avanço norte-coreano
A Rússia desempenha um papel crucial nesse contexto. Moscou tem fornecido apoio técnico e estratégico à Coreia do Norte, não apenas como forma de desafiar os EUA, mas também para testar novas tecnologias e táticas. Putin enxerga essa colaboração como uma oportunidade de expandir sua influência geopolítica.
A parceria entre Coreia do Norte e Rússia traz vantagens para ambos os lados. Enquanto Pyongyang obtém acesso a tecnologias avançadas, como materiais resistentes ao calor e motores scramjet, Moscou aproveita a experiência norte-coreana em soluções econômicas e produção em larga escala. A aliança fortalece a narrativa de Putin sobre um mundo multipolar, desafiando a ordem liderada pelo Ocidente.
Implicações globais do teste norte-coreano
O avanço da Coreia do Norte em mísseis hipersônicos tem implicações profundas. Ele não apenas ameaça desestabilizar a região da Ásia-Pacífico, mas também desencadeia uma corrida armamentista global. Países como Japão e Coreia do Sul já estão intensificando suas defesas, enquanto os EUA revisam suas estratégias para lidar com essa nova ameaça.
O recente teste de míssil hipersônico pela Coreia do Norte, aliado ao apoio estratégico da Rússia, mostra como alianças inesperadas podem moldar o futuro da segurança global. Com armas tão avançadas e difíceis de interceptar, o equilíbrio de poder está em constante mudança. A questão agora é: o mundo estará preparado para lidar com essas novas ameaças?