Com sede em Santa Catarina, a Baly cresce 50% ao ano, conquista 25% do mercado nacional e lança produtos que dialogam diretamente com o gosto do consumidor
No interior de Santa Catarina, uma marca brasileira conseguiu uma façanha rara: se transformar na segunda empresa de energéticos mais consumida do Brasil. Com sede em Tubarão, a Baly se consolidou como uma gigante do setor, deixando para trás marcas internacionais consolidadas e chamando atenção pelo crescimento acelerado e por suas inovações.
Criada em 1997, a Baly já produz 205 milhões de litros de energético por ano, conforme dados empresa. Isso coloca a marca atrás somente da Monster, que é distribuída no Brasil pelo sistema Coca-Cola.
Segundo levantamento encomendado pela empresa à NielsenIQ, a participação da Baly no mercado chegou a 25% no primeiro trimestre de 2025, um avanço de 4,2 pontos percentuais nos últimos 12 meses móveis.
-
Tem uma TV antiga em casa? Samsung quer ela e ainda te dá até 40% de desconto na nova Smart TV; veja como
-
Você sabia? Cidade do interior de SP acumula mais de 50 mil empresas, incluindo gigantes globais, e se consolida como um dos maiores polos industriais do Brasil
-
Agro é o novo Bitcoin? Por que Bill Gates, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos estão apostando tudo em terras agrícolas
-
O novo rei da soja? Estado pouco lembrado no agro quebra recorde de 30 anos com safra histórica
No comparativo entre o primeiro trimestre de 2025 e o quarto trimestre de 2024, a empresa afirma que teve uma alta de 27% em volume, superando inclusive a Red Bull. A NielsenIQ, procurada para comentar os dados, informou que não divulga publicamente esse tipo de informação por questões contratuais.
De cachaça a energético: a história da marca
A trajetória da Baly começou distante do universo dos energéticos. Quando foi fundada por Mário Cardoso e seu sobrinho, o foco estava na comercialização de cachaças e vinhos.
Essa fase durou mais de uma década. A virada ocorreu em 2009, no Carnaval, quando a empresa apostou em uma ideia simples: vender energéticos em garrafas PET. Até então, o mercado era dominado por latinhas.
Segundo Dayane Titon Cardoso, diretora comercial e de marketing, a novidade democratizou o acesso à bebida. “A chegada das garrafas PET às prateleiras democratizou a bebida entre novos consumidores, especialmente nos grupos de amigos e famílias”, explica.
O resultado foi imediato. O energético se tornou o principal produto da marca, enquanto as bebidas alcoólicas perderam espaço. Só em 2017 a Baly voltou a produzir álcool, com uma linha de cervejas.
Atualmente, a Baly opera com duas unidades industriais em Santa Catarina: uma em Tubarão, com 30 mil metros quadrados, e outra em Treze de Maio, com 20 mil metros quadrados. Juntas, as plantas empregam cerca de mil funcionários diretos.
Inovação e proximidade com o consumidor
O crescimento acelerado da marca se intensificou a partir de 2017. Com Dayane e Mário no comando, a empresa passou a focar na leitura das tendências do mercado. Uma das brechas encontradas foi a baixa oferta de energéticos com sabores diversificados.
A aposta deu certo. Com produção nacional, a Baly conseguiu oferecer preços mais acessíveis e criou uma linha com 28 sabores. “Durante a pandemia, isso ficou muito claro. Fomos lançando vários sabores diferentes, e todos com aderência do público”, conta Dayane.
Entre os sabores mais populares estão Tropical, Maçã Verde, Melancia e Morango com Pêssego. Um exemplo do diálogo com o mercado foi a criação do sabor Maçã Verde. A ausência dele nas prateleiras havia sido percebida por bartenders, e a empresa reagiu rapidamente — o sabor virou um sucesso.
Outro ponto forte é a presença da empresa nos pontos de venda. “Estamos gastando bastante sola de sapato para saber o máximo de necessidade que o cliente tem”, afirma Dayane. “O ponto de venda dá muitas informações, da necessidade às ausências.”
Resultados no segmento zero açúcar e novos produtos
A atuação da Baly também se destaca no segmento de bebidas zero açúcar. Segundo levantamento da NielsenIQ, encomendado pela empresa, a marca teve 35% de share de volume nos últimos 12 meses móveis no canal moderno.
Esse número subiu para 39% no primeiro trimestre de 2025, reforçando a liderança da Baly também nesse nicho.
Outra inovação foi o Baly Kids, bebida infantil com vitaminas e minerais, voltada para crianças. O produto já vendeu mais de 6 milhões de latas. “As crianças desejam pertencer aos momentos de lazer dos adultos. Por isso, ter seu próprio Baly já cria uma conexão com a marca desde cedo”, explica a diretora.
Lançamentos e metas futuras
Em 2024, a produção da empresa atingiu um novo recorde: 205 milhões de litros de energéticos. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025, a Baly fabricou 90 milhões de litros. A empresa afirma que tem mantido uma média de crescimento de 50% ao ano.
Entre os lançamentos mais recentes está a linha “Celebre”, com sabores não alcoólicos inspirados em drinques: Champanhe, Caipirinha e Floripa Tropical Spritz. O sabor Champanhe, segundo a empresa, superou em 600% a média histórica de pedidos.
A marca também entrou no mercado de isotônicos com a linha Baly Hidrate, que traz sabores como tangerina, limão e melancia, vendidos em garrafas PET de 500 ml.
Uma marca que entendeu o mercado
A Baly conseguiu crescer ouvindo o consumidor, inovando e apostando em sabores brasileiros. O resultado é uma presença forte no varejo, um portfólio diversificado e a consolidação como uma das maiores do setor.
A marca catarinense segue firme com sua estratégia e mostra que, mesmo em um mercado dominado por multinacionais, é possível criar espaço e fazer história com foco, inovação e proximidade com o público.
Com informações de Exame.
Top demais
Pode me condiderar cliente!
Já vi muitos produtos seus nos supermercados, mas eu nunca me interessei. Gostei de saber quem são vocês.
Um véi chshxaatttoooo!