Em uma aliança histórica, China e EUA se unem para proteger o planeta de ameaças espaciais. Saiba como estão se preparando para proteger a terra de asteroides
Em comunicado, a China anunciou a sua disposição em unir forças com os Estados Unidos e demais países para proteger a Terra de asteroides. O anúncio aconteceu no mesmo dia em que o asteroide 2024 RW1 entrou na atmosfera terrestre, queimando a cerca de 25 quilômetros acima das Filipinas, no dia 5 de setembro. Esse evento destacou a urgência e a relevância de se preparar para essas eventualidades, com China e EUA trabalhando juntos para proteger o planeta.
Asteroides são uma ameaça real?
Embora a maioria dos asteroides que entram na atmosfera se desintegre antes de causar danos, a possibilidade de um impacto significativo não pode ser ignorada. Um evento raro, mas devastador, pode resultar em consequências catastróficas.
Exemplos históricos reforçam essa preocupação: há cerca de 65 milhões de anos, acredita-se que um asteroide tenha impactado o Golfo do México, contribuindo para a extinção dos dinossauros. Um caso mais recente foi o incidente de Tunguska, em 1908, na Sibéria, quando um objeto astronômico causou a destruição de 80 milhões de árvores em uma área de 2.000 quilômetros quadrados.
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Com os avanços tecnológicos, as capacidades humanas para monitorar e prever a aproximação de asteroides evoluíram significativamente. Antes, a humanidade estava à mercê desses corpos celestes, sem meios para prever sua chegada ou defender-se de um possível impacto.
Hoje, graças a telescópios avançados e a melhoria nas telecomunicações, é possível monitorar o espaço em busca de ameaças. Essa vigilância contínua permite detectar asteroides em tempo hábil, proporcionando uma oportunidade para ações preventivas.
Iniciativas globais para proteger a terra
Os Estados Unidos, através da NASA, já estão envolvidos em iniciativas de defesa planetária. Em setembro de 2022, a missão DART (Double Asteroid Redirection Test) foi lançada com o objetivo de desviar o curso do asteroide Dimorphos, colidindo uma espaçonave com ele.
A Agência Espacial Europeia também está envolvida, com a missão Hera, que começará em outubro de 2024, focada em estudar os impactos da missão DART no sistema binário de asteroides Didymos.
A China, por sua vez, planeja adotar uma abordagem semelhante, chamada de “escolta mais impacto mais escolta”, um conceito que combina o impacto para desviar asteroides e o monitoramento contínuo, alinhando-se ao que a NASA e a Agência Espacial Europeia têm feito.
A China já faz parte da International Asteroid Warning Network, desde 2018, e estava monitorando o asteroide 2024 RW1 durante seu trajeto acima das Filipinas.
A criação de redes internacionais como a Asteroid Warning Network destaca a importância da colaboração global para proteger o planeta. Essa rede envolve a cooperação entre diversos observatórios, cientistas e agências espaciais ao redor do mundo, rastreando objetos próximos à Terra e prevendo possíveis impactos.
Agora, com tecnologias cada vez mais avançadas, a China afirma que está pronta para trabalhar ao lado de seus parceiros internacionais na defesa da Terra contra asteroides. A colaboração entre países e o desenvolvimento de tecnologias eficazes para detectar e desviar esses corpos celestes são passos cruciais para garantir a segurança do planeta em longo prazo.