Apostando na diversificação do mercado e tentando se reerguer desde o ano de 2019, os estaleiros pretendem gerar diversas vagas de emprego a fim de complementar seu projeto de geração de energia eólica offshore
De acordo com o site Agência Brasil, os projetos de construção de usinas eólicas offshore para a geração de energia elétrica são vistos pela indústria de navios como oportunidade para que estaleiros diversifiquem a carteira de clientes e gerem mais empregos.
Esse tema foi um dos destaques do Panorama Naval no Rio de Janeiro 2022, documento lançado na quarta-feira, 16, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O setor de estaleiros vem passando por uma retomada considerada desde o ano de 2019, de acordo com a Firjan, com a geração de 6 mil vagas de emprego. Apesar do saldo ser positivo, o patamar atual de empregos ainda representa apenas um quarto do que havia em 2014.
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Novos projetos de geração de energia eólica podem alavancar setor naval
Os projetos com pedidos de licenciamento ambiental para usinas eólicas no mar vem surgindo no horizonte como uma possibilidade de aquecer o setor, que já tem experiência em projetos offshore da indústria de óleo e gás, um de seus principais clientes.
O documento publicado pela Firjan inclui artigo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), estimando que, em um horizonte de cinco anos, os parques eólicos serão um setor aquecido e com demanda para os estaleiros, que poderiam até mesmo integrar as estruturas ao que já existe no oceano para a exploração de petróleo.
“Plataformas flutuantes da indústria de óleo e gás podem ser adaptadas sem grandes complexidades, aproveitando-se suas estruturas e fixando-as ao fundo do mar, obtendo-se então uma ótima estabilidade para a turbina instalada no topside da plataforma. Além disso, as estruturas podem ser montadas em terra para depois serem rebocadas para o alto-mar, tornando a operação mais eficiente e segura”, destacou o sindicato dos estaleiros.
Outros projetos de energia
A gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Karine Fragoso, diz que áreas já concedidas para a exploração de óleo e gás poderiam abrigar também projetos de geração de energia eólica offshore.
“Esses projetos de eólicas offshore podem trazer para os estaleiros brasileiros oportunidades de construção, seja de partes e peças, seja de uma estrutura maior”, afirmou.
“É preciso entender melhor como é que se dá o encadeamento produtivo desse tipo de mercado, o que a gente já tem hoje instalado aqui no Rio de Janeiro e no Brasil que pode suportar esse tipo de construção e o que a gente precisa atrair.”