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Caso eleito, Lula diz que dólar não vai servir de base para definir preços da gasolina no Brasil, tal como é praticado hoje pela Petrobras

Escrito por Junior Aguiar
Publicado em 03/02/2022 às 19:34
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Esferas de armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da Refinaria Duque de Caxias – REDUC. Fonte: EBC

O ex-presidente Lula, que também deve concorrer às eleições presidenciáveis de 2022, se manifestou no Twitter sobre mudar os preços da gasolina, praticados pela Petrobras.

Lula usou sua conta oficial na rede social para dizer que vai os preços da gasolina não serão dolarizados, tal como é praticado hoje pela Petrobras. Na postagem, disse que num eventual governo, “não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa”, postou o ex-presidente.

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O petista ainda não oficializou sua pré-candidatura à presidência da República, mas o discurso sobre intervir na política de preços da gasolina é mais uma prova de que a estará presente na disputa ao comando do Palácio do Planalto no fim do ano.

Inclusive, os preços dos combustíveis em geral tem sido tema constante de discussões no campo politico do Brasil este ano. As corriqueiras altas nos postos, sobretudo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha tem feito a inflação disparar, causando diminuição de condições de compras das famílias brasileiras.

Nessa pegada, Lula complementou sua postagem sobre os preços da gasolina e que o dólar não será parâmetro para que a Petrobras pratique seus preços.

“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina”, afirmou o petista.

Impactos dos preços da gasolina e demais combustíveis no Palácio do Planalto

O Governo Federal tem pressa para encontrar uma solução que diminua os impactos negativos que a alta dos preços dos combustíveis tem atraído para a imagem da gestão de Jair Bolsonaro. O ano é de eleição e o ritmo já é de pré-candidatura.

Mas a Petrobras tem afirmado que apenas pratica os preços internacionais. Uma vez que o petróleo está em alta, o preço da gasolina e dos demais derivados também crescem.

A Petrobras alega ainda que interferência política nos preços dos combustíveis pode acarretar numa desestruturação da empresa. E isso já ocorreu em governos anteriores.

Esta semana, o diretor-executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves, foi chamado por Jair Bolsonaro para um discurso durante a cerimônia que marcou o início dos testes operacionais do Polo GasLub no antigo Comperj.

Na ocasião, Chaves atacou fortemente o PT e exaltou o atual Governo Federal. “Eu não vou deixar de dar meu testemunho da má gestão e da corrupção que foi instalada nessa empresa durante a era da gestão do PT. Aqui no nosso uniforme tem escrito ‘proteção contra fogo e choque elétrico’, tinha que escrito aqui em baixo ‘proteção contra corrupção’ que foi praticada nessa época”, disse apontado para seu uniforme.

Política de preços da Petrobras X políticas públicas

Também nesta quinta-feira quando Lula se manifestou nas redes sociais sobre a política de preços da gasolina através do dólar, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna – que participava de um evento virtual do banco Credit Suisse – afirmou que a empresa tem tentado deixar claro que não pode segurar os preços dos combustíveis.

“(A Petrobras) trabalha em cima da legalidade, tem de praticar preços de mercados”, declarou Joaquim Silva e Luna. Ainda segundo o presidente da estatal, a empresa tem de seguir a lei das estatais, das sociedades anônimas e, também, o seu estatuto.

Os esforços e tentativas de esclarecer o Congresso Nacional e à sociedade em geral tem sido grandes. Tudo para dizer que não é possível congelar os preços dos combustíveis.

“Sabemos do prejuízo que é tentar segurar preços de forma artificial. Primeiro vamos perder muitos investimentos, dificultar importação”, declarou o presidente da Petrobras.

Silva e Luna declarou que a empresa tem sim responsabilidade social, porém acrescentou que “não pode fazer políticas públicas”. De acordo com o presidente, a contribuição da Petrobras é entregar resultados financeiros para seus acionistas, sendo o maior deles a União, e também recolhendo tributos aos cofres públicos.

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Junior Aguiar

Jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco | Produtor de conteúdo web, analista, estrategista e entusiasta em comunicação.

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