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Brasil se torna o segundo maior fabricante mundial de ar-condicionado, alcançando volumes impressionantes impulsionados por intensas ondas de calor!

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 19/03/2025 às 21:37
foto/reprodução: Divulgação

Aumento da demanda e fatores econômicos impulsionaram a produção, resultando em um crescimento significativo no setor de eletroeletrônicos em 2024

Com um crescimento significativo, o Brasil alcançou a segunda posição entre os maiores fabricantes de ar-condicionado do mundo, atrás apenas da China. Essa mudança surpreendente é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo condições climáticas e um crescimento econômico robusto. O aumento das temperaturas, aliado à crescente conscientização sobre a importância do conforto térmico e da qualidade de vida, fez com que a demanda por sistemas de climatização se tornasse uma prioridade nas residências e nos ambientes de trabalho.

Crescimento da indústria de eletroeletrônicos em 2024

Em 2024, a indústria de eletroeletrônicos no Brasil cresceu 29% em relação ao ano anterior, e foram comercializadas 117,7 milhões de unidades de diversos produtos, como geladeiras, televisores, ventiladores e filtros.

O destaque nesse cenário foi o ar-condicionado, que obteve um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades produzidas, representando um aumento de 38% entre 2023 e 2024.

Esse crescimento não apenas reflete a demanda, mas também a capacidade das indústrias brasileiras de se adaptarem e inovarem em um mercado competitivo.

Fatores econômicos e climáticos impulsionam o setor

Jorge Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne 36 empresas do setor, destacou que dois fatores principais contribuíram para esse crescimento expressivo.

O primeiro é econômico, incluindo um aumento na geração de empregos e um controle maior da inflação no primeiro semestre do ano passado.

A redução da taxa de juros por parte do governo também facilitou a aquisição de produtos, que costumam ser comprados de forma parcelada, permitindo que mais pessoas pudessem investir em eletroeletrônicos.

O segundo fator é climático, com as temperaturas elevadas levando a população a buscar mais conforto e bem-estar em suas residências.

O fenômeno das mudanças climáticas, que tem tornado os verões mais quentes e prolongados, também contribuiu para essa demanda crescente.

Resultados positivos na linha marrom e linha branca

O segmento de linha marrom, que abrange principalmente televisores, também apresentou resultados notáveis.

Em 2024, a produção atingiu 13,5 milhões de unidades, um aumento de 22% em comparação a 2023, tornando-se a maior produção dos últimos 10 anos e a segunda maior da história.

A linha branca, que inclui geladeiras, fogões, refrigeradores e máquinas de lavar, apresentou crescimento de 17% em 2024, com 15,6 milhões de unidades produzidas, demonstrando um retorno aos índices do período pré-pandemia.

Essa recuperação é um sinal positivo para a economia brasileira, que busca se recuperar dos impactos da pandemia de COVID-19.

Demanda por ar-condicionado e o futuro da indústria

Durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros, Nascimento apresentou esses resultados impressionantes e enfatizou a importância de manter um ambiente econômico favorável para o setor.

Ele destacou que um bom desempenho econômico, com ajustes fiscais e controle da inflação, é crucial para a continuidade do crescimento. “Se mantivermos as mesmas condições do primeiro semestre do ano passado, temos a expectativa de repetir os números de 2024, com uma versão mais otimista de crescimento de 10%”, afirmou.

Além disso, a necessidade de inovação tecnológica e eficiência energética tem se tornado um foco importante para os fabricantes de ar-condicionado, alinhando-se às tendências globais de sustentabilidade.

Celebração do crescimento da indústria de bens duráveis

O vice-presidente Geraldo Alckmin também se pronunciou, ressaltando que o crescimento de 29% na indústria de bens duráveis é um feito excepcional em um cenário global desafiador.

Ele citou o aumento do emprego e da renda, além das políticas industriais do governo, como fatores fundamentais para esse resultado positivo.

O governo brasileiro tem promovido incentivos fiscais e programas de financiamento para estimular o setor, o que tem contribuído para a expansão da produção e a geração de empregos.

A Eletros representa cerca de 200 mil trabalhadores e contribui com 3% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional, mostrando a relevância dessa indústria no contexto econômico brasileiro.

A combinação de fatores climáticos e econômicos não apenas impulsionou a produção de ar-condicionado, mas também trouxe boas notícias para toda a cadeia produtiva de eletroeletrônicos, celebrando um momento de otimismo e crescimento no setor.

À medida que o Brasil continua a se posicionar como um líder na fabricação de produtos eletroeletrônicos, a expectativa é de que a inovação e a sustentabilidade se tornem pilares fundamentais para o futuro da indústria.

Além disso, com o avanço da tecnologia, espera-se que novos produtos, como ar-condicionados mais eficientes e ecológicos, ganhem destaque no mercado.

Isso não apenas atenderá à demanda crescente, mas também ajudará a minimizar o impacto ambiental, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade.

O futuro da indústria de eletroeletrônicos no Brasil parece promissor, com a expectativa de continuidade no crescimento e inovação ao longo dos próximos anos.

FONTE: AGENCIABRASIL

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Claudio
Claudio
20/03/2025 17:39

Desgoverno não garante nem ovo, vai prometer o que?!

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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