Aumento da demanda e fatores econômicos impulsionaram a produção, resultando em um crescimento significativo no setor de eletroeletrônicos em 2024
Com um crescimento significativo, o Brasil alcançou a segunda posição entre os maiores fabricantes de ar-condicionado do mundo, atrás apenas da China. Essa mudança surpreendente é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo condições climáticas e um crescimento econômico robusto. O aumento das temperaturas, aliado à crescente conscientização sobre a importância do conforto térmico e da qualidade de vida, fez com que a demanda por sistemas de climatização se tornasse uma prioridade nas residências e nos ambientes de trabalho.
Crescimento da indústria de eletroeletrônicos em 2024
Em 2024, a indústria de eletroeletrônicos no Brasil cresceu 29% em relação ao ano anterior, e foram comercializadas 117,7 milhões de unidades de diversos produtos, como geladeiras, televisores, ventiladores e filtros.
O destaque nesse cenário foi o ar-condicionado, que obteve um recorde histórico de 5,9 milhões de unidades produzidas, representando um aumento de 38% entre 2023 e 2024.
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Esse crescimento não apenas reflete a demanda, mas também a capacidade das indústrias brasileiras de se adaptarem e inovarem em um mercado competitivo.
Fatores econômicos e climáticos impulsionam o setor
Jorge Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne 36 empresas do setor, destacou que dois fatores principais contribuíram para esse crescimento expressivo.
O primeiro é econômico, incluindo um aumento na geração de empregos e um controle maior da inflação no primeiro semestre do ano passado.
A redução da taxa de juros por parte do governo também facilitou a aquisição de produtos, que costumam ser comprados de forma parcelada, permitindo que mais pessoas pudessem investir em eletroeletrônicos.
O segundo fator é climático, com as temperaturas elevadas levando a população a buscar mais conforto e bem-estar em suas residências.
O fenômeno das mudanças climáticas, que tem tornado os verões mais quentes e prolongados, também contribuiu para essa demanda crescente.
Resultados positivos na linha marrom e linha branca
O segmento de linha marrom, que abrange principalmente televisores, também apresentou resultados notáveis.
Em 2024, a produção atingiu 13,5 milhões de unidades, um aumento de 22% em comparação a 2023, tornando-se a maior produção dos últimos 10 anos e a segunda maior da história.
A linha branca, que inclui geladeiras, fogões, refrigeradores e máquinas de lavar, apresentou crescimento de 17% em 2024, com 15,6 milhões de unidades produzidas, demonstrando um retorno aos índices do período pré-pandemia.
Essa recuperação é um sinal positivo para a economia brasileira, que busca se recuperar dos impactos da pandemia de COVID-19.
Demanda por ar-condicionado e o futuro da indústria
Durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros, Nascimento apresentou esses resultados impressionantes e enfatizou a importância de manter um ambiente econômico favorável para o setor.
Ele destacou que um bom desempenho econômico, com ajustes fiscais e controle da inflação, é crucial para a continuidade do crescimento. “Se mantivermos as mesmas condições do primeiro semestre do ano passado, temos a expectativa de repetir os números de 2024, com uma versão mais otimista de crescimento de 10%”, afirmou.
Além disso, a necessidade de inovação tecnológica e eficiência energética tem se tornado um foco importante para os fabricantes de ar-condicionado, alinhando-se às tendências globais de sustentabilidade.
Celebração do crescimento da indústria de bens duráveis
O vice-presidente Geraldo Alckmin também se pronunciou, ressaltando que o crescimento de 29% na indústria de bens duráveis é um feito excepcional em um cenário global desafiador.
Ele citou o aumento do emprego e da renda, além das políticas industriais do governo, como fatores fundamentais para esse resultado positivo.
O governo brasileiro tem promovido incentivos fiscais e programas de financiamento para estimular o setor, o que tem contribuído para a expansão da produção e a geração de empregos.
A Eletros representa cerca de 200 mil trabalhadores e contribui com 3% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional, mostrando a relevância dessa indústria no contexto econômico brasileiro.
A combinação de fatores climáticos e econômicos não apenas impulsionou a produção de ar-condicionado, mas também trouxe boas notícias para toda a cadeia produtiva de eletroeletrônicos, celebrando um momento de otimismo e crescimento no setor.
À medida que o Brasil continua a se posicionar como um líder na fabricação de produtos eletroeletrônicos, a expectativa é de que a inovação e a sustentabilidade se tornem pilares fundamentais para o futuro da indústria.
Além disso, com o avanço da tecnologia, espera-se que novos produtos, como ar-condicionados mais eficientes e ecológicos, ganhem destaque no mercado.
Isso não apenas atenderá à demanda crescente, mas também ajudará a minimizar o impacto ambiental, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade.
O futuro da indústria de eletroeletrônicos no Brasil parece promissor, com a expectativa de continuidade no crescimento e inovação ao longo dos próximos anos.
FONTE: AGENCIABRASIL
Desgoverno não garante nem ovo, vai prometer o que?!