A atividade ilegal de mineração de ouro aumentou drasticamente nos últimos cinco anos na reserva indígena Yanomami do Brasil, no coração da floresta da Amazônia
A ânsia pela mineração de ouro atraiu garimpeiros selvagens nas últimas décadas, que destruíram florestas, envenenaram rios e trouxeram doenças fatais para a tribo na Amazônia.
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Hoje, os Yanomami e as autoridades locais estimam que haja mais de 20.000 garimpeiros ilegais em suas terras. Eles dizem que os números aumentaram desde a eleição de 2018 do presidente, que prometeu desenvolver a Amazônia economicamente e explorar suas riquezas minerais.
Uma onda de mineração ilegal de ouro destruiu vastas áreas da floresta amazônica no Brasil
Embora a mineração de ouro seja de pequena escala, é devastadora para o meio ambiente. Árvores e habitats locais são destruídos e o mercúrio usado para separar o ouro dos grãos vaza para os rios, envenenando a água e entrando na cadeia alimentar local por meio dos peixes.
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Esta última onda de corrida do ouro na Amazônia, coincidindo com o ataque da pandemia COVID-19, ameaça causar estragos nas vidas dos índios. Relatórios sobre a situação ainda em evolução indicam que o COVID-19 já infectou 14.000 indígenas e resultou em cerca de 300 mortes em terras indígenas. (os números podem ser consideravelmente maiores, visto que esses números têm mais de um mês).
De janeiro a junho deste ano, a mineração ilegal destruiu 2.230 hectares (5.510 acres) de floresta dentro de unidades de conservação (UCs) segundo o INPE
O desmatamento atingiu 1.016 hectares (2.510 acres) em terras indígenas no mesmo período. Somente em junho, 406 hectares (1.003 acres) foram desmatados dentro de territórios indígenas.
Em maio, o Greenpeace ajuizou ação civil pública junto ao Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) solicitando à União Federal, IBAMA, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão nacional do parque) e FUNAI (indígenas do Brasil) agência de assuntos legais) para lutar contra a mineração ilegal em áreas protegidas.
O MPF-PA impetrou ação exigindo que “os órgãos responsáveis sejam obrigados a voltar a combater a mineração ilegal”, mas as ações tiveram pouco efeito, dizem analistas, porque a mineração ilegal não só é tolerada pelos órgãos governamentais, mas também é tolerada e até incentivada, por funcionários em posições de comando.