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Brasil agora é o país com o maior imposto do mundo após reforma tributária polêmica que divide economistas, políticos e assusta a população

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/01/2025 às 11:50
Brasil agora é o país com o maior imposto do mundo após reforma tributária
Foto gerada pro IA

Brasil é o país com o maior imposto do mundo? Entenda os impactos da reforma tributária que fazem com que o país ultrapasse a Hungria e tenha 28% de IVA.

Brasil é o país com o maior imposto do mundo? A regulamentação da reforma tributária, sancionada na última quarta-feira (16), prevê a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com alíquota estimada em cerca de 28% no Brasil. Essa projeção foi apresentada por Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma, e posiciona o país como um dos que possuem as maiores cargas tributárias médias sobre consumo no mundo. O objetivo do IVA é simplificar a estrutura tributária nacional, unificando tributos como o ICMS e o ISS. No entanto, especialistas alertam que essa alta alíquota pode impactar o preço final de bens e serviços, gerando debates sobre sua viabilidade e competitividade econômica.

Reforma Tributária também recebe trava de alíquota

Com a taxa, o país poderia ultrapassar a carga de alíquota aplicada na Hungria (27%), assim tomando a “pole position” no pódio dos maiores impostos do mundo. Contudo, durante sua primeira passagem pela Câmara dos Deputados, o texto de regulamentação ganhou um novo mecanismo que deve impedir o cenário onde o Brasil é o país com o maior imposto do mundo.

Trata-se da trava de alíquota, um dispositivo que serve para fazer exatamente o que o nome sugere: impedir que o imposto da reforma tributária geral ultrapasse um nível determinado. No caso, o patamar é de 26,5%.

O contribuinte médio, ao se deparar com esse número, geralmente se espanta com o peso previsto dos impostos pós-reforma. Contudo, a proposta da reforma tributária e da trava, é de assegurar que a carga tributária atual não aumente ou diminua.

O Brasil é o país com o maior imposto do mundo e, durante a tramitação do projeto de regulamentação da reforma tributária, uma série de exceções e regimes especiais foram aplicados sobre a cobrança do IVA. Segundo Appy, a inclusão de exceções durante a tramitação do Senado foi o que mais pesou para que a carga média passasse de 26,5% para os 28% estimados.

Entenda o texto sancionado para a reforma tributária

Na época do trâmite, o relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), buscou abraçar, parcial ou integralmente, cerca de 600 das mudanças propostas pelos legisladores.

O secretário afirma que as alterações que mais impactaram a alíquota foram rejeitadas quando o texto voltou para a Câmara dos Deputados. Contudo, reconhece que o imposto final deve ser um pouco maior que o estimado durante a primeira passagem do projeto pelas mãos dos deputados federais.

Vale mencionar que o Brasil é o país com o maior imposto do mundo. Desta forma, o presidente Lula sancionou, com 17 vetos, o projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária. A proposta determina regras sobre os novos impostos criados pela reforma, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que é federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que tem competência estadual e municipal.

Gradualmente, a CBS substituirá o PIS, Cofins e IPI, enquanto o IBS será cobrado no lugar do ICMS e ISS. O projeto também define detalhes sobre o Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”, que incide sobre itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Entenda os impactos da Reforma Tributária

O Brasil é o país com o maior imposto do mundo e, para as empresas, a adaptação às novas regras será como entrar em um jogo de xadrez. Segundo especialistas, o planejamento tributário passará a ser um dos maiores diferenciais competitivos. Desta forma, há uma enorme corrida por eficiência, e o empresário que dominar os dados, entender os resíduos tributários e se antecipar aos ajustes de preços, sairá vencedor.

Os consumidores também não sairão ilesos. A promessa de preços mais justos na cadeia produtiva pode esbarrar em repasses de custos no curto prazo. A questão do aumento de capital de giro, por exemplo, é um desafio subestimado. As empresas precisarão de liquidez para se adaptar, e isso pode ter reflexos no preço final dos produtos.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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