O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou novos financiamentos para projetos de armazenagem nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um pacote de financiamentos que soma R$ 216,6 milhões para projetos de armazenagem em três estados brasileiros: Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Os recursos vão beneficiar cooperativas e empresas do setor agroindustrial, com foco na modernização e construção de estruturas para grãos e açúcar.
A medida reforça a política pública do governo de incentivar o desenvolvimento rural e ampliar a capacidade de estocagem no país.
- Estado adere ao concreto e duplicação em rodovia chega a 46% das obras prontas; material dura o dobro do tradicional asfalto
- Estudo mostra que asfalto brasileiro é um dos piores do mundo
- Fim da escassez de mão de obra no agro: China vai criar ‘humano robô’ capaz de trabalhar como agricultor
- Governo propõe isenção de conta de luz para 16 milhões de brasileiros de baixa renda
Investimento em quatro frentes
Os financiamentos são oriundos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), vinculado ao Plano Safra 2024/25, e do Finem, linha de apoio do próprio BNDES.
Os principais beneficiários são: Copacol, Coamo, Energética Santa Helena e Vale do Paracatu. Juntas, essas quatro organizações receberão o montante aprovado para executar obras de expansão, modernização e construção de novas unidades de armazenamento.
Copacol recebe maior volume de recursos
A Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), no Oeste do Paraná, será a maior beneficiária. O valor liberado é de R$ 83,8 milhões, dos quais R$ 52,84 milhões são do PCA e R$ 31 milhões do Finem. A verba representa 91,4% do investimento total da cooperativa.
Em Cascavel, a unidade Melissa terá sua capacidade de armazenagem de grãos mais que dobrada, passando de 23.500 para 58.000 toneladas.
Serão construídos três novos silos, cada um com capacidade de 11.500 toneladas. A unidade também ganhará novas linhas de carga e descarga, com vazão de 200 toneladas por hora.
Em Jesuítas, serão beneficiadas duas frentes. Na Fábrica de Rações, a capacidade passará de 163.000 para 209.000 toneladas, com quatro novos silos metálicos.
Já na Unidade de Armazenamento de Grãos, também em Jesuítas, a capacidade irá de 45.000 para 68.000 toneladas, com dois novos silos.
As obras devem gerar empregos indiretos: 62 na unidade Melissa, 170 na Fábrica de Rações e 65 na unidade de grãos em Jesuítas.
Coamo investe no Centro-Oeste do Paraná
A Coamo Agroindustrial Cooperativa também recebeu apoio do BNDES. O valor total é de R$ 52,84 milhões, integralmente oriundo do PCA.
Os recursos serão utilizados para modernizar e ampliar unidades de armazenagem em Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul e Engenheiro Beltrão, no Centro-Oeste do Paraná.
A capacidade total das três unidades será ampliada de 123,6 mil para 183,6 mil toneladas de grãos. Além disso, o projeto visa melhorar o fluxo de recebimento e armazenagem da produção, mantendo a qualidade dos grãos enquanto o produtor aguarda melhores oportunidades de venda.
Durante as obras, a previsão é da criação de 75 empregos temporários nas unidades atendidas.
Santa Helena amplia operações em MS
A Energética Santa Helena S.A, no Leste do Mato Grosso do Sul, também foi contemplada. O financiamento total é de R$ 40 milhões, sendo R$ 25 milhões do PCA e R$ 15 milhões do Finem. Os recursos representam 90,6% do total do investimento da empresa.
Em Nova Andradina, serão construídos um armazém com capacidade para 50 mil toneladas de açúcar e uma fábrica capaz de produzir 850 toneladas do produto por dia. O novo complexo será instalado junto à usina de etanol da companhia.
Com essa estrutura, a empresa poderá alternar entre a produção de açúcar e etanol, o que ajuda a diversificar a receita e reduzir os riscos do negócio.
Estão previstos 100 empregos diretos durante a implantação, com 50 vagas permanentes após a conclusão. No total, o projeto deverá gerar 150 empregos indiretos na obra e 70 após a entrega.
Vale do Paracatu foca no açúcar em Minas
Em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, a Vale do Paracatu Bioenergia S/A receberá R$ 40 milhões do BNDES.
O valor será dividido entre a construção de um armazém com capacidade para estocar até 60 mil toneladas de açúcar (R$ 34,9 milhões) e uma fábrica com capacidade de produção de 155 mil toneladas por ano (R$ 5,1 milhões). O financiamento cobre 25,7% do total do projeto.
Durante a execução, estima-se a geração de 300 empregos diretos. Após a conclusão, a empresa contará com mais 70 postos de trabalho permanentes.