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Barueri receberá usina termelétrica movida a lixo capaz de abastecer mais de 200 mil famílias

3 de outubro de 2021 às 10:34
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Barueri - usina termelétrica - termelétrica - lixo
Projeto que transforma gás metano do lixo em energia elétrica custou R$ 100 milhões em SP| Foto: A gazeta

A usina termelétrica movida a lixo vai consumir cerca de 300 mil toneladas de resíduos por ano e alimentar mais de 320 mil pessoas  

A Orizon Valorização de Resíduos venceu o leilão de energia nova A-5, realizado pelo Ministério de Minas e Energia, para geração de energia elétrica a partir de resíduos sólidos urbanos e Barueri receberá a primeira usina termelétrica movida a lixo da região. É uma enorme iniciativa da companhia para combater a crise energética no país com uma matriz limpa, renovável e de alta eficiência.

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Termelétrica movida a lixo usará o modelo Waste to energy” como padrão de funcionamento

A primeira Unidade de Recuperação Energética da América Latina, no modelo “Waste to energy” (WTE) será implantada em Barueri (SP), pela controlada URE-BA. A empresa será capaz de gerar energia para o consumo de 320 mil pessoas, utilizando 300 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano. Serão 20 MWe de potência instalada, gerando 140,1 GWh/ano para a venda. O WTE é reconhecido como alternativa de tratamento de resíduos em grandes centros urbanos, onde não existem mais grandes áreas disponíveis para a instalação de aterros sanitários.

Este será o primeiro empreendimento a adotar uma solução que irá contribuir para a construção do “Ciclo Positivo do Resíduo”, transformando passivos ambientais em fonte de geração de energia renovável. Será a primeira unidade do país a cumprir as premissas da nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos, complementando todo um processo de reciclagem.

O custo de geração ficará em R$ 549 por MWh (megawatt-hora), deságio de 14% em relação ao teto previsto na concorrência. O valor é equivalente ao da última térmica a gás natural a entrar em operação no país, a GNA 1, no norte-fluminense, que recebe R$ 552 por MWh gerado.

Em meio à crise energética MME realiza seu primeiro leilão com possibilidade de participação de projetos de geração movidos a resíduos sólidos urbanos

“Representa uma contribuição extremamente relevante, sobretudo neste cenário de crise energética com uma matriz limpa, renovável e de alta eficiência, já que se encontra próxima aos grandes centros urbanos”, disse em nota o diretor-presidente da empresa, Milton Pilão.

A geração de energia a partir do lixo tem hoje participação marginal na matriz energética brasileira, mas o setor espera grande crescimento a partir da aprovação do novo marco do saneamento básico, que prevê concessões também para a gestão do lixo nas cidades.

Segundo a Abetre (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes), o Brasil gerou 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2019, volume com potencial para produzir energia suficiente para abastecer todo o estado de Pernambuco. “O resultado vai ao encontro do nosso objetivo de modernizar o parque brasileiro e substituir usinas mais caras por empreendimentos mais baratos, disse o presidente da CCEE (Câmara Comercializadora de Energia Elétrica), Rui Altieri.

O governo realiza mais dois leilões de energia este ano. O primeiro, já em outubro, vai contratar térmicas para operação por um prazo de cinco anos, como medida emergencial para recuperar os reservatórios das hidrelétricas.

Sobre a empresa

A estratégia central da Orizon é extrair cada vez mais valor das milhões de toneladas de lixo que chegam nos seus chamados ‘ecoparques’ — seja transformando-as em biogás e gerando energia a partir dele, aumentando o percentual de reciclagem e reuso dos materiais ou até vendendo créditos de carbono.

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