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Asfalto? Que nada! Estado brasileiro segue exemplo dos EUA e vai renovar 340 km de rodovia com concreto, que dura o dobro do asfalto convencional usado hoje no Brasil e é mais barato

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/11/2024 às 23:20
Rodovias de concreto revolucionam o Paraná com maior durabilidade e menor custo de manutenção em comparação ao asfalto.
Rodovias de concreto revolucionam o Paraná com maior durabilidade e menor custo de manutenção em comparação ao asfalto.
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Estado está revolucionando suas estradas ao trocar o asfalto pelo concreto, inspirando-se nas rodovias dos EUA e Alemanha. Com 340 km já em obras, a nova tecnologia promete durabilidade e economia a longo prazo. Mas será que o país está pronto para seguir esse exemplo?

O Paraná está promovendo uma revolução em suas rodovias, e essa inovação pode mudar o futuro das estradas brasileiras.

O estado decidiu substituir o asfalto pelo concreto em trechos estratégicos, inspirando-se nas duráveis rodovias dos Estados Unidos e da Alemanha.

A decisão, que abrange 340 km de rodovias, visa transformar a malha viária paranaense com um pavimento que promete durar o dobro do asfalto e reduzir custos de manutenção.

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Inspiração internacional e promessa de maior durabilidade

O concreto, embora mais caro no momento da construção, tem se mostrado mais econômico no longo prazo.

O pavimento rígido pode durar até 20 anos sem necessidade de manutenção significativa, enquanto o asfalto requer intervenções constantes dentro de uma década.

Inspirado pelas rodovias dos Estados Unidos e da Alemanha, o Paraná decidiu seguir essa abordagem de infraestrutura, especialmente para suportar o intenso tráfego de caminhões e veículos pesados.

Segundo especialistas, a redução de custos de manutenção e o menor tempo de obras geram uma economia significativa para os cofres públicos, além de reduzir transtornos aos motoristas.

Cidades e trechos beneficiados

O projeto inclui a renovação de 340 km em treze trechos no Paraná.

Entre eles, estão trechos de alta relevância, como a PRC-280, que conecta General Carneiro a Pato Branco, e a PR-180, entre Goioerê e Quarto Centenário.

Outras obras importantes incluem a duplicação da Rodovia dos Minérios e o Contorno Oeste de Cascavel, além de restaurações na PR-151, que liga Ponta Grossa a Palmeira.

Ao optar pelo concreto, o estado visa maior durabilidade e segurança para esses corredores de transporte.

Nada de asfalto! Estado brasileiro segue exemplo dos EUA e vai renovar 340 km de rodovia com concreto, que dura o dobro do asfalto convencional usado hoje no Brasil e é mais barato. (Foto: Ari Dias/AEN)
Nada de asfalto! Estado brasileiro segue exemplo dos EUA e vai renovar 340 km de rodovia com concreto, que dura o dobro do asfalto convencional usado hoje no Brasil e é mais barato. (Foto: Ari Dias/AEN)

Tecnologia avançada para monitoramento

Para garantir a qualidade do pavimento, o Paraná utilizou o Traffic Speed Deflectometer Device (TSDd), uma tecnologia de monitoramento que permite avaliar a resistência do concreto.

Em parceria com a Votorantim e a empresa de engenharia Roadrunner, esse dispositivo, equipado com lasers, percorreu 60 km da PRC-280, analisando a estrutura em três horas.

O teste comprovou que o concreto aplicado atende aos requisitos para suportar tráfego pesado.

Segundo os especialistas, essa inovação agiliza o monitoramento e permite correções rápidas, se necessárias.

Whitetopping: técnica inovadora para pavimentação rápida

Entre as técnicas de pavimentação adotadas está o whitetopping, que consiste na aplicação de uma camada de concreto sobre a base asfáltica já existente.

Esse método acelera o processo de construção e reduz os custos, além de garantir maior durabilidade ao pavimento.

Um exemplo bem-sucedido do uso de whitetopping ocorreu na PRC-280, entre Palmas e General Carneiro, onde cerca de 60 km de rodovia foram reformados em apenas um ano.

A técnica também minimiza o tempo de interdições, impactando menos os motoristas.

Vantagens econômicas e operacionais do concreto

As estradas de concreto são vantajosas em diversos aspectos, desde a durabilidade até o custo de manutenção, que é consideravelmente menor ao longo do tempo.

Janice Kazmierczak Soares, diretora técnica do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), destacou que a manutenção do pavimento rígido ocorre de forma menos frequente e é mais simples.

Além disso, em dias quentes, o concreto aquece menos que o asfalto, proporcionando maior conforto aos motoristas e reduzindo os riscos de aquaplanagem devido à superfície texturizada que oferece maior aderência.

Economia de longo prazo e impacto nos cofres públicos

Embora o custo inicial do concreto seja mais elevado que o do asfalto, a economia gerada ao longo dos anos compensa o investimento.

Estudos de viabilidade mostram que o concreto é vantajoso economicamente, especialmente em regiões de tráfego intenso.

Em certos trechos, como na PRC-280, o concreto se provou mais econômico já durante a execução das obras.

Para o Paraná, a manutenção reduzida é crucial, pois representa uma economia significativa em contratos de reparo, liberando recursos para outras áreas do orçamento público.

Nada de asfalto! Paraná segue exemplo dos EUA e vai renovar 340 km de rodovia com concreto, que dura o dobro do asfalto convencional usado hoje no Brasil e é mais barato. (Foto: Ari Dias/AEN)
Nada de asfalto! Paraná segue exemplo dos EUA e vai renovar 340 km de rodovia com concreto, que dura o dobro do asfalto convencional usado hoje no Brasil e é mais barato. (Foto: Ari Dias/AEN)

Histórico do uso de concreto no Brasil

A história das estradas de concreto no Brasil começou há mais de um século, mas foi durante a construção de Brasília e com a fundação da Petrobras que o asfalto ganhou espaço nas rodovias nacionais.

Segundo Dejalma Frasson Júnior, gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a preferência pelo asfalto se consolidou ao longo dos anos, embora o concreto fosse tradicional em várias partes do mundo.

Recentemente, com a aproximação de preços e o avanço na tecnologia de produção de cimento, o pavimento rígido voltou a ser uma opção viável para estados que desejam maior durabilidade.

Benefícios para estados com economia agrícola e industrial

No caso do Paraná, um estado com forte presença agrícola e industrial, o concreto tem vantagens adicionais.

A infraestrutura mais durável é capaz de suportar o tráfego constante de caminhões e ônibus, elementos essenciais para a economia local.

Estados com atividades econômicas semelhantes podem se beneficiar ao adotar o concreto, melhorando a logística de transporte e reduzindo gastos públicos em infraestrutura.

Lista de obras em andamento no Paraná

Entre as principais obras com concreto em andamento no Paraná, destacam-se:

  • Três lotes de revitalização da PRC-280 (General Carneiro a Pato Branco)
  • Ligação entre Goioerê e Quarto Centenário
  • Duplicação do Contorno Oeste de Cascavel
  • Duplicação entre Guarapuava e Turvo (três lotes)
  • Duplicação entre Matinhos e Pontal do Paraná
  • Ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais
  • Revitalização da PR-151, entre Ponta Grossa e Palmeira
  • Corredor Metropolitano da Capital – Novo Contorno Sul de Curitiba

Será o concreto o futuro das rodovias brasileiras?

A substituição do asfalto pelo concreto nas rodovias paranaenses representa um passo importante rumo a uma infraestrutura mais durável e eficiente no Brasil.

Se o modelo adotado pelo Paraná se mostrar economicamente viável e seguro, é possível que outros estados considerem implementar o pavimento rígido em suas malhas viárias.

A aposta no concreto tem potencial para reduzir custos públicos e melhorar as condições das estradas, beneficiando diretamente a população e a economia local.

Você acha que o resto do Brasil está pronto para abandonar o asfalto e adotar o concreto nas rodovias?

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Hamilton da Silva sobreira
Hamilton da Silva sobreira
09/11/2024 07:53

bom dia eu sou consultor técnico de b r f federal eu trabalho com asfalto desde 87 sempre fui a favor do asfalto de concreto mas durável olha o asfalto da serra de Petrópolis né

Carlos
Carlos
Em resposta a  Hamilton da Silva sobreira
10/11/2024 14:31

Asfalto de concreto? Consultor de rodovias federais?…🤔

N. Valadão
N. Valadão
09/11/2024 08:17

Tudo isso é blá…blá….
Vamos a aula correta…
A decisão sobre a escolha da pavimentação de rodovias, entre betuminoso e concreto de cimento, ou qualquer outro, depende de estudos técnicos econômicos profundos pois são envolvidos valores de grande vulto entre construção+manutenção e evidentemente as cargas atuantes em um período escolhido. Esses estudos envolve engenheiros capacitados no assunto e que saibam efetuar um estudo entre Beneficio x Custo, os quais já são raros no Brasil. A maior e principal variável são as cargas atuantes esperadas para um determinado período. Se for esperado passar apenas bicicletas e carros de passeio fica claro a durabilidade. Agora pensem em um País onde não há controle sobre o peso das cargas por eixo dos veiculos. As cargas são determinadas por adivinhação para dimensionar as camadas do pavimento dos projetos.
As cargas excessivas dos caminhões já deveriam, a muito tempo, estar sendo transportadas por ferrovia.
Os países estrangeiros decidem por pavimento em concreto pois há dinheiro para postergar a reconstrução/restauração. Fazemos pavimentos para 10anos, é para política, eles fazem para 20 ou 40anos.
Ou seja, a decisão é técnica e econômica e não por vaidade…

Johnny
Johnny
Em resposta a  N. Valadão
09/11/2024 16:49

Bom nos USA lá o cimento é por exemplo 2×1 aí no Brasil kkk vai ser 8×1
2 de cimento 2 da empresa 2 quem fizer licitação 2 vcs sabem né

Antônio Roberto de Freitas
Antônio Roberto de Freitas
Em resposta a  Johnny
10/11/2024 08:15

Em Minas gerais não BR 381 já existe um trecho com mais de 20km com pista duplicada. Tudo feito com concreto, um serviço de ótima qualidade e muito diravem.

Leandro
Leandro
Em resposta a  N. Valadão
10/11/2024 07:54

Nossa malha ferroviária até hoje é medíocre e ainda tem outro agravante, a bitola dos trilhos em certos percursos são diferentes, fazendo com que criem centros para transposição de carga para outra composição para seguir caminho até o destino. É a mais pura vergonha.

Gilberto Gagliardi
Gilberto Gagliardi
09/11/2024 08:19

Qualidade do material e maquinaria e mão de obra especializada serão essenciais. Com ficará o conforto de tráfego, barulho e micro lombada?

Edison
Edison
09/11/2024 09:10

Demorou…….Chega de colarinho BRANCO….

Georges
Georges
09/11/2024 09:12

A diferença é que lá a pista é um tapete, aqui um lixo ondulado e mal acabado.

João Bernardino ribeiro
João Bernardino ribeiro
Em resposta a  Georges
09/11/2024 09:45

João Bernardino ribeiro

João Bernardino ribeiro
João Bernardino ribeiro
Em resposta a  João Bernardino ribeiro
09/11/2024 09:50

Bom dia desde quando é feito uma base com uma fundação 100% compactada não existe rodovias melhores pra se transitar carga e veículos leve eu ,já participei de vários km de Rodovias duplicadas com com concreto rígido não existe coisa melhor. E dura mesmo uns 20 anos ou mais.

João Bernardino ribeiro
João Bernardino ribeiro
Em resposta a  João Bernardino ribeiro
09/11/2024 09:53

Não tem bla bla não é comprovado podem verificar podem verificar na serra de Rondonópolis a Cuiabá foi duplicada pela Sanches tripolone estão todas intactas é excelente.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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