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Funcionários ameaçam greve após venda da refinaria da Petrobras na Bahia pela metade de seu valor, segundo o Ineep

9 de fevereiro de 2021 às 12:16
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Petrobras - Bahia - Refinaria
Greve Petrobras

A Rlam da Bahia é uma das oito refinarias que a Petrobras colocou à venda, que somam juntas cerca de metade da capacidade de produção de combustíveis do Brasil

Mubadala Capital venceu disputa pela Refinaria Landulpho Alves (Rlam), da Petrobras, na Bahia, com uma oferta de 1,65 bilhão de dólares, informou a petroleira estatal em fato relevante nesta segunda-feira, na primeira conclusão para a venda de uma refinaria anunciada pela companhia.

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Refinaria da Petrobras na Bahia esta sendo entregue pela metade do valor afirma Ineep

Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). A Rlam da Petrobras está sendo entregue pela metade do seu valor que, ao câmbio atual, seria entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. Para chegar a este valor, o Ineep utilizou o método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), que se baseia no valor presente dos fluxos de caixa, projetado para o futuro. Do resultado, são descontadas a taxa que reflete o risco do negócio, as despesas de capital (investimento em capital fixo) e necessidades adicionais de giro.

“Os dados revelam que a Rlam tem um potencial importante de geração de caixa futura que, a depender das premissas utilizadas, pode estar sendo subvalorizada nesse momento de venda”, afirma Rodrigo Leão, coordenador técnico do Ineep.

Junto com a Rlam estão sendo entregues 669 quilômetros de oleodutos, que ligam a refinaria ao Complexo Petroquímico de Camaçari e ao Terminal de Madre de Deus, que também está sendo vendido no pacote que inclui ainda outros três terminais da Bahia (Candeias, Jequié e Itabuna).

Petroleiros revoltados com a decisão da Petrobras

A categoria petroleira recebeu o anúncio da conclusão da venda da Rlam “com um misto de revolta e tristeza”. Mas os petroleiros não vão ficar de braços cruzados. Em assembleia, eles já haviam decidido pela realização de uma greve, caso houvesse progresso nas negociações para a venda da Rlam. De acordo com a direção do Sindipetro Bahia, o movimento paredista está sendo organizado e pode acontecer a qualquer momento.

A assinatura do contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos competentes, mas “as consequências da venda da Rlam já podem ser antecipadas e não serão boas para os consumidores e para o país”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista. “A venda vai impactar a economia baiana e dos municípios localizados no entorno da Rlam, além de diminuir os níveis de investimento, emprego e direitos dos trabalhadores”.

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