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Após 30 anos fechada, mina de antimônio nos EUA volta a operar para enfrentar domínio da China nos minerais críticos

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 12/01/2025 às 14:26
Após 30 anos fechada, mina de antimônio nos EUA volta a operar para enfrentar domínio da China nos minerais críticos
A mina de antimônio vai ajudar os EUA a reduzir a dependência da China em minerais essenciais para tecnologia, como baterias e semicondutores. Isso fortalece a indústria americana e garante mais controle sobre recursos estratégicos.

A reabertura da mina de antimônio em Idaho promete suprir 35% da demanda dos EUA, gerar 550 empregos e desafiar o controle da China sobre minerais essenciais para tecnologias avançadas, como baterias, semicondutores e energias renováveis.

Os Estados Unidos estão reabrindo uma mina de antimônio em Idaho que ficou fechada por mais de 30 anos. Este movimento estratégico não é apenas sobre economia ou recursos naturais; é uma resposta direta ao controle esmagador da China sobre minerais críticos e sua importância no cenário tecnológico e militar global. Mas o que torna o antimônio tão especial e por que essa decisão é tão significativa?

O que é o antimônio e por que ele é tão importante?

O antimônio é um metal raro com propriedades que o tornam essencial em várias indústrias. Ele é utilizado na fabricação de semicondutores, baterias e até munições. Mas seu verdadeiro valor vai além disso: ele é fundamental para tecnologias avançadas como energias renováveis e eletrônicos de alta performance.

A China, atualmente, domina o mercado mundial de antimônio, produzindo cerca de 48% da oferta global. Isso dá ao país um poder imenso em setores estratégicos. Com o recente corte nas exportações de minerais críticos pela China, os EUA perceberam a urgência de garantir sua própria fonte.

A mina de antimônio em Idaho: um projeto estratégico

A China domina o mercado global de antimônio, produzindo quase metade de toda a oferta mundial, e usa isso como uma vantagem estratégica. Ao limitar a exportação desses minerais críticos, ela influencia indústrias importantes, como tecnologia e energia, pressionando países que dependem dessas matérias-primas.
A China domina o mercado global de antimônio, produzindo quase metade de toda a oferta mundial, e usa isso como uma vantagem estratégica. Ao limitar a exportação desses minerais críticos, ela influencia indústrias importantes, como tecnologia e energia, pressionando países que dependem dessas matérias-primas.

A mina de Idaho tem uma longa história. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi essencial para suprir antimônio e ouro para os esforços de guerra. Desde seu fechamento em 1996, o país optou por importar esses minerais, ignorando seus próprios recursos naturais.

Agora, a empresa Perpetua, com apoio do bilionário John Paulson, está trazendo essa mina de volta à ativa. A reabertura está prevista para gerar mais de 550 empregos locais e um investimento de US$ 1 bilhão. Além disso, estima-se que a mina será capaz de suprir 35% das necessidades anuais de antimônio dos EUA, fortalecendo significativamente a economia local e nacional.

O embate entre EUA e China pelo controle de minerais críticos

Os minerais se tornaram a nova fronteira da rivalidade entre as duas maiores potências econômicas do mundo. Quando os EUA aplicaram sanções contra empresas chinesas em 2024, a China respondeu restringindo a exportação de elementos cruciais, incluindo antimônio, gálio e germânio.

Essa “guerra dos minerais” é muito mais do que uma disputa comercial. É uma luta pelo controle de setores-chave como semicondutores, automóveis elétricos e energias renováveis. Reabrir a mina de Idaho é uma forma dos EUA mostrarem que estão dispostos a diminuir sua dependência da China e se fortalecerem internamente.

Preocupações ambientais e desafios locais

Apesar dos benefícios econômicos, a reabertura da mina também trouxe polêmicas. Tribos indígenas como os Nez Perce expressaram preocupações sobre os possíveis impactos no meio ambiente, especialmente na população de salmões da região.

O Serviço Florestal dos EUA divulgou um relatório de 154 páginas detalhando as medidas para mitigar os impactos ambientais. Ainda assim, grupos ambientalistas argumentam que os riscos podem ser maiores do que os benefícios.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: rafafabris11@gmail.com

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