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Uma nova tecnologia desenvolvida nos EUA promete revolucionar a agricultura ao aumentar a produtividade em 138% enquanto utiliza 40% menos água.
Pesquisadores da Universidade do Texas desenvolveram um solo inteligente que promete revolucionar a agricultura. Esse novo tipo de solo pode capturar água diretamente do ar para manter as plantas hidratadas e controlar a liberação de fertilizantes, garantindo um fornecimento constante de nutrientes.
A tecnologia, baseada em um hidrogel inovador, foi descrita em um estudo publicado recentemente na ACS Materials Letters.
O que é o solo inteligente?
O solo inteligente utiliza um material hidrogel projetado para absorver vapor d’água da atmosfera à noite e liberá-lo ao longo do dia, mantendo as plantas hidratadas.
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Além disso, o hidrogel permite uma liberação controlada de fertilizantes, otimizando o uso de nutrientes e reduzindo a necessidade de irrigação e fertilização frequentes.
Em experiências, o solo mostrou um aumento de até 138% no comprimento do caule das plantas em comparação ao solo convencional.
“Essa nova tecnologia pode reduzir a carga sobre os agricultores ao diminuir a necessidade de irrigação e fertilização frequentes”, afirmou Jungjoon Park, estudante de pós-graduação do Departamento de Engenharia Mecânica Walker, que liderou a pesquisa.
Ele acrescenta que a tecnologia é versátil o suficiente para ser utilizada em diversas condições climáticas, desde regiões áridas até áreas temperadas.
Universidade do Texas em Austin
Impacto no uso da água
Atualmente, a agricultura representa 70% do consumo global de água doce, chegando a 95% em alguns países em desenvolvimento.
Com o aumento da população mundial, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) destaca a importância de tecnologias que economizem água e promovam produção sustentável de alimentos. Nesse contexto, o solo inteligente se mostra uma solução promissora.
Os experimentos indicaram uma economia de aproximadamente 40% no uso de água em comparação aos métodos tradicionais, ao mesmo tempo em que promovem um crescimento robusto das plantas. Esses resultados apontam para um futuro em que a produção agrícola pode ser ampliada sem sobrecarregar os recursos hídricos.
Universidade do Texas em Austin
Benefícios para uma agricultura sustentável
Redução de desperdícios: A combinação do hidrogel com nutrientes controla o fornecimento de fertilizantes, diminuindo o desperdício e aumentando a eficiência na absorção pelas plantas. Isso também ajuda a mitigar a poluição ambiental causada pelo uso excessivo de fertilizantes em métodos convencionais.
Maior produtividade: As plantas cultivadas no solo inteligente demonstraram um crescimento significativamente maior, com colheitas mais saudáveis e abundantes. Além disso, o substrato pode ser aplicado em uma ampla variedade de culturas e condições climáticas, tornando-se uma solução acessível para agricultores em diferentes regiões do mundo.
Próximos passos
Embora os resultados sejam promissores, há desafios para a adoção em larga escala. Testes de campo mais longos e abrangentes são necessários para validar a eficácia do solo inteligente em diferentes tipos de solo e climas.
Além disso, garantir que o processo de produção do hidrogel seja ambientalmente sustentável e economicamente viável é essencial.
Outro ponto importante é o custo. Para que a tecnologia alcance agricultores em regiões de baixa renda, será necessário desenvolver parcerias com governos, ONGs e investidores privados.
O projeto também busca ampliar o uso de diferentes tipos de fertilizantes e realizar estudos de campo prolongados para refinar a tecnologia. Guihua Yu, professor do Departamento de Engenharia Mecânica Walker, reforça que o objetivo é criar soluções que equilibrem inovação científica e sustentabilidade, contribuindo para a segurança alimentar global.
Essa descoberta é mais um passo significativo para a agricultura moderna, permitindo maior eficiência e sustentabilidade no uso de recursos naturais e ajudando a atender às crescentes demandas alimentares de uma população em expansão.
