Petrobras encerra atividades em 8 sondas terrestres na Bahia; a decisão pode acarretar a demissão de mais de 600 trabalhadores.
Bahia, 28 de janeiro de 2020 – Petrobras decide encerrar suas atividades em 8 sondas que segundo o SINDIPETRO BAHIA, a decisão da estatal pode acarretar em mais de 600 demissões, podendo ultrapassar 600 considerando terceirizados nas atividades de transporte, alimentação e hotelaria. Coronavírus faz Petrobras e Vale perderem em seis horas R$ 30 bi em valor de mercado
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As oito sondas de produção terrestre (SPTs), pertencem a empresa Perbras, que presta serviço à UO-BA.
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Os municípios que terão suas economias e orçamentos mais afetados por conta da redução da arrecadação do ISS e dos royalties são: Alagoinhas, Catu, Entre Rios, Araças e Esplanada.
Além destas, outras regiões estão sofrendo demissões por parte da Petrobras, que deu inicio ao seu projeto de desmonte da estatal na Bahia.
De acordo com o SINDIPETRO BAHIA, de outubro do ano passado até agora foram demitidos cerca de 400 empregados terceirizados que prestavam serviço na FAFEN, 150 que atuavam na Sonda de perfuração 109, além de aproximadamente mil trabalhadores que deverão ser demitidos quando o edifício Torre Pituba (sede administrativa da Petrobrás) for totalmente desativado, o que deve acontecer até o mês de junho.
“as desativações e fechamentos de unidades e sondas de petróleo estão sendo feitas a partir de uma decisão política, sem amparo técnico nem econômico, tomada pelo governo federal e executada pela direção da estatal”. Afirmou o diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
“Os poços estão dando bons resultados e o seu custo de produção é cada vez menor. Esses equipamentos poderiam continuar em operação atendendo as necessidades da própria estatal e contribuindo com o desenvolvimento local, além do fortalecimento da economia baiana”. Conclui Radiovaldo
Radiovaldo afirma que essas 400 demissões entram na conta do governo federal que controla a Petrobras e optou por uma gestão que enfraquece a empresa. “Não há empatia da direção da estatal e do atual governo com o povo brasileiro. No lugar de fomentar a economia e gerar empregos, estão engrossando a fila de desempregados”.
Segundo o sindicalista a luta para evitar a saída da Petrobras da Bahia não é só dos petroleiros concursados ou terceirizados, mas de toda a sociedade e do segmento político do estado, pois todos serão prejudicados.