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Umas das maiores rodovias (BR) brasileira será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km, R$ 7 bi em investimentos e pode gerar até 100 MIL empregos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 07/12/2024 às 17:47
Duplicação da BR-101 investe R$ 7 bi, promete gerar 102 mil empregos e modernizar o ES, mas pedágios preocupam motoristas.
Duplicação da BR-101 investe R$ 7 bi, promete gerar 102 mil empregos e modernizar o ES, mas pedágios preocupam motoristas.

Com R$ 7 bilhões investidos, a BR-101 passará pela maior transformação de sua história. Serão 221 km duplicados, mais segurança e milhares de empregos. Porém, pedágios mais caros já levantam preocupações. O progresso terá um preço alto para os motoristas? Descubra todos os detalhes dessa obra histórica que promete mudar a infraestrutura do Espírito Santo.

Prepare-se para uma das maiores transformações já vistas em uma rodovia brasileira.

Com um investimento bilionário e a promessa de desenvolvimento econômico, a duplicação da BR-101 no Espírito Santo vem carregada de expectativas.

Porém, ao lado do progresso, surge uma preocupação crescente: o impacto financeiro que essa modernização trará aos motoristas.

O projeto, que promete ampliar a infraestrutura rodoviária e gerar milhares de empregos, também provocará um aumento considerável nos valores dos pedágios, levantando um intenso debate sobre acessibilidade e justiça econômica. Será que os benefícios compensarão os custos?

A obra bilionária e seus impactos

O projeto de duplicação da BR-101 prevê a modernização de 221 quilômetros da rodovia, com um investimento total de R$ 7,07 bilhões.

A obra será realizada pela Eco101, concessionária responsável pela rodovia, que terá seu contrato de concessão estendido por mais 10 anos.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o projeto tem como principal objetivo melhorar a segurança e a eficiência da rodovia, que é uma das mais movimentadas e importantes do país.

Nos primeiros três anos de obras, a previsão é de que 96 km sejam duplicados.

Além disso, o plano inclui a construção de dois novos contornos rodoviários em Ibiraçu e Fundão, no Espírito Santo, com um total de mais de 15 km de novas pistas.

Esses contornos devem aliviar o tráfego, diminuir o tempo de deslocamento e melhorar a segurança tanto para motoristas quanto para pedestres.

No entanto, o contorno rodoviário de Linhares, inicialmente previsto, foi excluído do projeto devido à falta de licenciamento ambiental.

O ministro Walton Alencar Rodrigues, do TCU, ressaltou que há possibilidade de inclusão futura do contorno de Linhares, o que pode prolongar o contrato da Eco101 para até 40 anos.

Aumento de pedágios: quem paga a conta?

Uma das principais controvérsias em torno da duplicação da BR-101 está no aumento significativo das tarifas de pedágio.

A partir do sexto mês de obras, o pedágio em pistas simples subirá de R$ 0,05525 para R$ 0,071 por quilômetro rodado.

Com a conclusão da duplicação e a reclassificação para pistas duplas, a tarifa poderá chegar a R$ 0,156 por quilômetro rodado até 2034.

Isso significa que, para cada 100 km percorridos em pistas duplicadas, o motorista poderá pagar até R$ 16,55.

Esse aumento preocupa especialmente caminhoneiros e trabalhadores que dependem da rodovia diariamente para transporte de carga ou deslocamentos de rotina.

Segundo especialistas em infraestrutura, o modelo adotado pode criar uma dependência excessiva do setor privado para a manutenção de rodovias, ao mesmo tempo em que onera motoristas de baixa renda.

Críticos também apontam que o aumento das tarifas pode tornar o acesso à rodovia inacessível para alguns grupos, especialmente os caminhoneiros.

Por outro lado, a Eco101 argumenta que o ajuste nas tarifas é necessário para viabilizar os investimentos e garantir a qualidade da infraestrutura.

Empregos e desenvolvimento econômico com a rodovia

Apesar das críticas, a duplicação da BR-101 traz promessas de impacto positivo no mercado de trabalho e na economia local.

O projeto prevê a criação de 102.464 empregos, divididos da seguinte forma:

  • 34 mil empregos diretos;
  • 16 mil indiretos;
  • 52 mil postos de trabalho gerados por impactos econômicos indiretos.

Segundo o TCU, esses empregos contribuirão para o desenvolvimento das cidades próximas à rodovia, estimulando setores como comércio e serviços.

Além disso, a modernização da rodovia promete reduzir os índices de acidentes, aumentar a segurança e agilizar o transporte de mercadorias, aspectos que podem beneficiar tanto a economia regional quanto nacional.

Para a Eco101, o retorno financeiro virá não apenas das tarifas, mas também da maior eficiência operacional da rodovia.

A concessionária destaca que as melhorias ajudarão a reduzir custos com manutenção e acidentes, além de otimizar o tempo de deslocamento dos usuários.

Controvérsias e críticas ao modelo adotado

Embora a modernização da BR-101 seja celebrada por muitos, o projeto não está isento de críticas.

Especialistas questionam a extensão do contrato de concessão da Eco101, que passou de 25 anos para até 40 anos, caso o contorno de Linhares seja incluído futuramente.

Críticos argumentam que essa extensão prioriza os interesses da concessionária em detrimento dos motoristas, que arcarão com tarifas mais altas até a década de 2040.

Além disso, há preocupação sobre o modelo de concessão, que concentra o controle de rodovias essenciais nas mãos do setor privado.

Apesar disso, a Eco101 defende que a prorrogação do contrato é necessária para garantir que as obras sejam concluídas dentro do prazo e que os benefícios previstos sejam entregues à população.

O futuro da BR-101

Com um investimento bilionário e promessas de modernização, a BR-101 está prestes a entrar em uma nova era de infraestrutura rodoviária.

A duplicação e as melhorias na rodovia podem transformar a mobilidade no Espírito Santo, trazendo benefícios econômicos e sociais significativos.

No entanto, os custos associados a essas mudanças levantam dúvidas sobre quem realmente será beneficiado.

Enquanto o projeto avança, motoristas e especialistas continuam debatendo se o preço do progresso será acessível para todos.

Será que os motoristas estarão dispostos a pagar mais caro por uma estrada mais segura e moderna? Ou os pedágios elevados limitarão o acesso de parte da população à BR-101?

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Sérgio
Sérgio
08/12/2024 04:40

Dinheiro de imposto jogado no lixo. Enquanto estivermos falando de rodovias ao invés de ferrovias, só fica uma certeza, continuam gastando muito e mal!!!
Enquanto isto na China trens de alta velocidade, cruzam o país todo.A preços módicos a 350km/h.

Pedro Gonçalves
Pedro Gonçalves
08/12/2024 08:04

Mais uma obra que vai ficar pela metade, transposição do são Francisco que o diga.

Flaubert Menezes
Flaubert Menezes
Em resposta a  Pedro Gonçalves
08/12/2024 09:03

Você tem certeza do que está falando ou és somente um repositório das próprias asneiras sem conhecimento de causa?

Israel Ondas dos Santos
Israel Ondas dos Santos
Em resposta a  Pedro Gonçalves
08/12/2024 12:14

Já foi concluída em várias frentes, poré a maldade e a desumanidade travessura de amor e democracia fechou a água!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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