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Transpetro, subsidiária da Petrobras, planeja investir R$ 12,5 bilhões na construção de 25 navios e impulsionar a indústria naval brasileira

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 23/08/2023 às 06:43
A subsidiária da Petrobras se prepara para lançar as licitações para a construção dos navios em breve. O investimento da Transpetro não apenas impulsionará a economia, mas reforçará a posição do Brasil como um protagonista na indústria naval internacional.
Fonte: Agência Petrobras

A subsidiária da Petrobras se prepara para lançar as licitações para a construção dos navios em breve. O investimento da Transpetro não apenas impulsionará a economia, mas reforçará a posição do Brasil como um protagonista na indústria naval internacional.

Em um movimento ambicioso para reviver a indústria naval nacional, a Transpetro, subsidiária da Petrobras voltada para transportes, revelou planos de investir expressivos R$ 12,5 bilhões na encomenda de 25 novos navios. Essa iniciativa estratégica surge como parte integrante do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), recentemente lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e visa impulsionar a indústria de construção naval no Brasil.

Estratégia da Transpetro dentro do PAC busca fortalecer a indústria naval no país

O presidente da Transpetro, Sergio Bacci, anunciou que esses 25 navios serão divididos em três categorias distintas, cada uma destinada a uma função específica.

A encomenda abrangerá embarcações gaseiras, navios projetados para o transporte de derivados claros e também aqueles destinados ao transporte de derivados escuros.

Com um prazo de construção estipulado em oito anos, a iniciativa se mostra tanto ambiciosa quanto necessária para fortalecer a infraestrutura naval do país.

A previsão inicial de investimento, que atinge a marca dos R$ 12,5 bilhões, ainda é considerada preliminar por Bacci, uma vez que o montante final dependerá dos resultados das licitações que estão por vir.

Segundo o presidente da Transpetro, essas licitações estão programadas para serem lançadas já em janeiro, abrangendo três lotes diferentes.

Essa abordagem visa não apenas agilizar o processo, mas também envolver diversos atores da indústria na construção desses navios estrategicamente vitais.

A lembrança dos problemas anteriores da indústria naval brasileira está presente na mente dos envolvidos.

O presidente Bacci ressaltou a importância de não repetir os erros do passado, especialmente considerando o escândalo de corrupção exposto pela Operação Lava Jato.

A busca por transparência e eficiência é um pilar central nesse empreendimento, como indicado por seu pedido à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para monitorar rigorosamente o processo.

Construção de novos navios visa impulsionar a economia, gerar empregos e diversificar a frota da subsidiária da Petrobras

Em relação aos custos, Bacci reconheceu que os preços praticados no Brasil não podem competir diretamente com os valores chineses.

No entanto, ele argumenta que um certo sobrepreço é justificável dada a capacidade desses investimentos em gerar empregos e estimular a economia local.

O presidente destacou: “Vou pagar mais caro? Vou. Não tem jeito, tudo é mais caro no Brasil do que na China. Mas não vou pagar o dobro.”

Além de fortalecer a Petrobras ao reduzir sua exposição a fretes internacionais para o transporte de petróleo derivados, a expansão da frota de navios também promete ser uma fonte de diversificação para a Transpetro.

Com uma frota atual de 26 navios, a empresa planeja dobrar esse número até o final do prazo de construção das novas embarcações.

Além disso, a empresa está explorando novas parcerias, mirando potenciais clientes no Suriname e na Guiana, onde recentes descobertas de reservas de petróleo e gás têm despertado interesse significativo.

A indústria naval brasileira, após enfrentar desafios e turbulências nos últimos anos, agora vislumbra um horizonte mais promissor com o anúncio dessa encomenda substancial.

À medida que a Transpetro se prepara para lançar as licitações em breve, a atenção se volta para o renascimento dessa indústria vital, potencialmente transformando-a em uma força global na construção naval e no transporte marítimo de derivados de petróleo.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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