A Siemens Energy fechou um acordo para a produção de hidrogênio verde na Bahia. O empreendimento começará sua primeira etapa em 2025 e terá capacidade de produção de 20 GW.
A Siemens Energy e a Quinto Energy assinaram nesta semana, um memorando de entendimentos (MOU) para o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio verde na Bahia com geração em larga escala. O estudo de viabilidade estima a produção de 1 milhão de toneladas de H2V anuais. Este é o maior projeto já anunciado no mundo. As companhias estão atuando juntas para que a primeira etapa aconteça em 2025.
Projetos podem gerar 20 GW de capacidade instalada
O projeto de produção de hidrogênio verde prevê a instalação de uma usina de eletrolisadores no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, maior complexo industrial integrado do hemisfério sul. O empreendimento da Siemens Energy e a Quinto Energy contará, ainda, com uma Central de Operações de Tecnologia, também em Camaçari.
O modelo de negócio planeja exportar o combustível produzido para a Europa. Para isso, o hidrogênio será transformado em amônia no estado líquido. Nesse sentido, está prevista uma unidade de armazenamento no Porto de Aratu, em Candeias, também na Bahia, de onde devem ser exportadas 5,3 milhões de toneladas por ano de amônia verde. Já há até uma parceria formalizada com a administradora do porto, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), para realizar o estudo de viabilidade.
Todo o empreendimento está sendo desenvolvido pela Quinto Energy, utilizando como base toda a tecnologia e expertise de softwares da Siemens Energy. Os e-fuels serão gerados por meio da eletricidade produzida por cinco complexos híbridos, como parques eólicos e solares), da Quinto Energy no Norte e Sudoeste da Bahia.
Juntos, estes megaprojetos contam com 20 GW de capacidade instalada, podendo gerar 65 TWh de eletricidade por ano, o equivalente a 11,7% da eletricidade consumida por ano em toda a Alemanha.
Quinto Energy e Siemens Energy se pronunciam sobre a nova parceria
Segundo o CEO da Quinto Energy, Rafael Cavalcanti, o projeto de hidrogênio verde possui todos os elementos precisos para atender ao desafio da transição energética. Segundo o executivo, primeiro porque a empresa possui uma produção em larga escala. Também possui a segurança no processo de exportação e, por fim, a garantia do baixo custo da geração do combustível.
As tratativas mais avançadas para a exportação do H2V estão com a Alemanha, país que está se posicionando à frente quando o assunto é economia do hidrogênio verde. O combustível, gerado a partir de fontes de energia limpa, é a chave para a transição energética, que ajudará a salvar o mundo do aquecimento global.
O diretor de novos negócios da Siemens Energy, Andreas Eisfelder, afirma que essa parceria da Quinto com a Siemens é estratégica para a relação de negócios energéticos entre o Brasil e a Alemanha. O projeto ajudará no fortalecimento do Brasil como potência mundial na produção de Hidrogênio verde e impulsionará a Alemanha na sua busca pela transição energética. O executivo ressalta que a Siemens Energy possui um projeto maduro, com chance de executá-lo em um futuro muito próximo.
Brasil receberá maior fábrica de Hidrogênio Verde do mundo
A Unigel, uma das maiores indústrias químicas da América Latina e líder em setores como amônia e fertilizantes, anunciou o investimento de US$ 120 milhões, o equivalente a R$ 660 milhões, na construção da primeira fábrica brasileira de hidrogênio verde.
O intuito é que a unidade de hidrogênio verde no país seja a maior do mundo. Desta forma, a empresa investirá na produção de amônia e hidrogênio verde, que ganham destaque na corrida mundial no processo de descarbonização.
