Greve dos petroleiros na Bahia será por tempo indeterminado, em defesa dos empregos e dos direitos além de insegurança nas unidades do Sistema Petrobras
Os petroleiros da Bahia decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da zero hora e 1 minuto desta quinta-feira (18/02). O ato defende empregos e direitos dos trabalhadores, e também um protesto contra o assédio moral e a insegurança nas unidades do Sistema Petrobras. Procurando emprego? 600 vagas de emprego em Macaé para atividades offshore na Rip Kaefer, hoje 16 de fevereiro
Leia também
- Uma das maiores ferrovias de carga do mundo, a MRS abre processo seletivo com 160 vagas no RJ, SP e MG
- Recrutamento e seleção para vagas offshore e onshore em Macaé, Rio das Ostras, Itaboraí e ES, hoje 16 de fevereiro
- Empresa especialista em Montagens e Manutenção Industrial em São Paulo contrata encanador, mecânico, instrumentista e mais
- Senai abre 120 vagas para cursos gratuitos na área da construção civil
O seminário de qualificação de greve, foi realizado no último sábado (13/02). O evento reuniu a categoria petroleira, dirigentes do Sindipetro Bahia, do Sindipetro Minas Gerais e de outros sindipetros, além da Federação Única dos Petroleiros.
Na reunião, acompanhada pela assessoria jurídica do Sindipetro, foi decidida a estratégia da greve que será colocada em prática a partir da meia noite desta quarta-feira
- 5.111 km e 38 bilhões de metros cúbicos: China e Rússia inauguram um dos maiores gasodutos do planeta!
- Petrobras lança edital para plataformas FPSO’s para atender uma das maiores regiões petrolíferas do Brasil: Sergipe Águas Profundas SEAP-I e SEAP-II
- Desabamento mortal no terminal da Transpetro: Descubra o erro crítico que tirou a vida de dois trabalhadores e deixou um ferido em Angra dos Reis
- Oportunidades Vibrantes no Mercado de Gás Natural para 2025: Visões da Naturgy
Segundo os dirigentes do sindicato, a entidade irá cumprir rigorosamente o que está previsto na Lei de greve e que já encaminhou à Petrobras o documento de notificação do movimento paredista. Essa notificação também está sendo encaminhada ao Ministério Público do Trabalho e ao Tribunal Regional do Trabalho, na Bahia.
Um comunicado à sociedade baiana sobre a legitimidade, legalidade e importância da greve também foi publicado no jornal Correio da Bahia e no site Bahia Notícias.
Greve dos petroleiros alegam pressão e assédio moral por parte da Petrobras
A saída da Petrobras da Bahia vem provocando sérias consequências para o estado e os municípios produtores de petróleo, que têm nos impostos pagos pela estatal uma das suas principais fontes de receitas. Outro grande prejuízo vem se dando devido à opção da Petrobras pela redução do refino em seus parques e pela importação de produtos em detrimento dos que possuímos em solo nacional, tudo ancorado ao dólar alto e à elevação de preços dos combustíveis e outros derivados de petróleo.
Os petroleiros também vêm sendo afetados com essa decisão de venda das unidades da estatal. Na Bahia, o cenário é de terror, com a transformação do assédio moral em ferramenta de gestão, o que gerou adoecimentos e até morte. Soma-se a isso a redução acelerada dos quadros dos funcionários para menos de um terço do que havia poucos anos atrás e a continuidade dessas reduções com programas de demissão e transferências forçadas.
Já foram desmobilizados e vendidos diversos campos terrestres de petróleo e gás. Houve também a desocupação da Torre Pituba, hibernação e posterior arrendamento da FAFEN e, agora, a venda da Refinaria Landulpho Alves.
Além de lutar pela manutenção dos empregos, sejam dos próprios ou dos terceirizados – a maioria deles deve ser demitida com a venda da Rlam -,, pelo fim dos assédios aos trabalhadores e garantia de um ambiente laboral saudável, os petroleiros alertam que a entrega da Refinaria Landulpho Alves para a Mubadala, concretizará um monopólio privado regional onde, o fundo árabe, irá impor, cada vez mais, altas nos preços dos derivados de petróleo, gasolina, diesel e gás de cozinha.
A venda da Landulpho Alves (RLAM), para o Fundo Mubadala por US$ 1,65 bilhão, também está sendo contestada por economistas e especialistas no assunto. O
Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), usando o método de fluxo de caixa descontado, apontou que a refinaria valeria entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.