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Pura sucata? Especialistas dizem que equipamentos da Marinha, Exército Brasileiro e FAB estão à beira do abismo e país não está pronto para a Guerra

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/01/2025 às 12:44
O Brasil enfrenta uma grave crise militar. Marinha, Exército e FAB sofrem com sucateamento, ameaçando a defesa nacional em caso de guerra.
O Brasil enfrenta uma grave crise militar. Marinha, Exército e FAB sofrem com sucateamento, ameaçando a defesa nacional em caso de guerra.

O sucateamento das Forças Armadas brasileiras expõe falhas estruturais graves. Marinha sem frota suficiente, Exército com blindados obsoletos e FAB com poucos aviões deixam o Brasil vulnerável em um cenário de guerra. Será que o país consegue defender sua soberania territorial?

Em um país de dimensões continentais, onde a vastidão territorial deveria ser sinônimo de poder e segurança, a realidade das Forças Armadas brasileiras pinta um quadro alarmante.

Por trás das aparências de uma nação pacífica, esconde-se uma verdade inquietante: o Brasil estaria despreparado para enfrentar um conflito armado de grandes proporções.

Décadas de decisões controversas, cortes orçamentários e projetos mal executados teriam levado nossas forças militares a um estado crítico.

De acordo com a Revista Sociedade Militar, analistas apontam que o sucateamento das Forças Armadas brasileiras se torna mais evidente a cada ano.

Com um território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o Brasil não possuiria forças armadas suficientes para defender seu próprio território em caso de guerra.

Marinha: um gigante enferrujado

A Marinha do Brasil, responsável por proteger uma das maiores costas do mundo, enfrenta desafios significativos.

Recentemente, anunciou a aposentadoria de 40% de sua frota, desativando quase metade de suas embarcações.

Entre os ativos remanescentes, destacam-se o porta-helicópteros Atlântico, o navio de desembarque Bahia e os submarinos modernos em fase de integração.

No entanto, especialistas consideram esses recursos insuficientes para a defesa naval adequada.

Erros estratégicos também contribuíram para a atual situação.

A aquisição do porta-aviões São Paulo, que se tornou sucata sem cumprir sua função, e os investimentos nos obsoletos caças A-4 Skyhawk, fora de produção desde os anos 1970, são exemplos de recursos mal empregados.

Conforme especialistas, em um cenário de conflito atual, grande parte dos 80 mil militares da Marinha atuaria em terra, apoiando o Exército, devido à falta de meios navais operacionais.

Força Aérea: moderna, mas insuficiente

A Força Aérea Brasileira (FAB) é considerada a mais organizada e tecnologicamente avançada das forças armadas do país.

A aquisição dos caças F-39 Gripen, equipados com mísseis Meteor de longo alcance, além de aeronaves como o KC-390 e os E-99, representa um avanço significativo.

No entanto, a quantidade limitada dessas aeronaves é motivo de preocupação.

Analistas sugerem que o Brasil necessitaria de pelo menos 200 caças e uma frota maior de aviões de transporte como o KC-390 para assegurar uma defesa aérea robusta.

Atualmente, a FAB não atinge esses números, o que sobrecarrega as operações.

Os Gripen, por exemplo, acumulam funções de interceptação, ataque ao solo e patrulha marítima, comprometendo sua eficiência.

Outro ponto crítico é a ausência de sistemas de defesa aérea de médio e longo alcance.

As aquisições recentes se limitaram a canhões Gepard e sistemas RBS-70 e Igla, todos de curto alcance, incapazes de neutralizar ameaças em grandes altitudes.

É como tentar proteger uma casa com cercas baixas enquanto o ladrão entra pelo telhado.

Exército: o sucateamento da força blindada

O Exército Brasileiro enfrenta sérios problemas estruturais, especialmente em sua força blindada. Os principais tanques de guerra, os Leopard 1A5, estão desatualizados há anos.

A obtenção de peças para manutenção tornou-se uma saga, já que o modelo deixou de ser fabricado há décadas.

Além disso, o uso de biodiesel nos motores, uma tentativa de reduzir custos, resultou em quebras frequentes, agravando a situação.

A alternativa seria confiar em veículos blindados leves, como os Cascavel e Guarani, que não possuem capacidade para enfrentar tanques modernos em combate.

A escassez de helicópteros de ataque também deixa os blindados mais vulneráveis.

Essas aeronaves, equipadas com canhões, mísseis antitanque e foguetes, são cruciais para uma estratégia de defesa, mas são insuficientes no Brasil.

A logística é outro problema grave. A redução na aquisição de aviões KC-390 pela FAB dificulta o transporte rápido de tropas e equipamentos pelo país, uma tarefa fundamental em um território de dimensões continentais.

Polêmicas e falta de planejamento

O estado atual das Forças Armadas brasileiras não é fruto do acaso. A gestão militar tem sido marcada por escolhas duvidosas e uma dependência crônica de orçamentos insuficientes.

Projetos caros e de prestígio foram priorizados, mas acabaram se mostrando pouco práticos.

O caso do porta-aviões São Paulo é emblemático: adquirido como símbolo de poder, nunca foi plenamente funcional e terminou como sucata.

Da mesma forma, os A-4 Skyhawk, comprados para a Aviação Naval, são obsoletos e ineficazes em um cenário de guerra moderna.

Além disso, o envolvimento político das Forças Armadas nos últimos anos trouxe mais críticas.

Durante o governo Bolsonaro, a influência militar cresceu consideravelmente, mas não resultou em melhorias para as tropas ou equipamentos.

O orçamento permaneceu limitado, e muitos questionam se a presença militar no governo foi utilizada mais para fins políticos do que para fortalecer a defesa nacional.

Diante desse cenário, é evidente que, em caso de conflito, o Brasil dependeria mais de sorte do que de estratégia para se defender. E isso, no contexto atual, é simplesmente inaceitável.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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