A unidade de produção, armazenamento e descarga da MODEC se destaca por baixas emissões e ficará instalado no Campo de Bacalhau
A fornecedora japonesa de soluções flutuantes, MODEC, comemora a aprovação em princípio (AiP) concedida à sua embarcação flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO) pela sociedade de classificação DNV para o Campo de Bacalhau. Esta notação Abate permite que o FPSO recém-construído se torne uma referência global em baixa emissão, sendo a primeira embarcação desse tipo a ostentar tal certificação.
Destinada a operar nas águas ultraprofundas do pré-sal brasileiro, no Campo de Bacalhau, esta unidade representa um marco significativo em termos de sustentabilidade e eficiência energética, de acordo com o site Offshore Energy.
Projeto Bacalhau: um investimento bilionário
O FPSO Bacalhau, que será implantado no campo de Bacalhau, recebeu luz verde após a decisão final de investimento (FID) da Equinor, da Noruega, em junho de 2021, envolvendo um investimento de US$ 8 bilhões. A MODEC foi encarregada de entregar essa unidade, marcando a primeira aplicação do casco M350, uma nova geração de cascos para FPSOs desenvolvida pela empresa japonesa.
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Os módulos do FPSO deixaram o estaleiro tailandês da Aibel em 23 de janeiro de 2024 e seguiram para Cingapura, onde serão instalados a bordo da unidade. Após uma avaliação abrangente da mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com as diretrizes da DNV, o FPSO Bacalhau se tornou o primeiro FPSO novo a receber a notação AiP para Abate. Esta notação exige um rigoroso gerenciamento dos sistemas de emissão e a implementação de medidas substanciais de redução para evitar a queima não emergencial e otimizar a eficiência na geração de energia e calor.
Sustentabilidade e baixa emissão
A embarcação, com 364 metros de comprimento, 64 metros de largura e 33 metros de profundidade, possui um calado projetado de 22,65 metros e uma área de convés de 17.400 metros quadrados. Essas dimensões são equivalentes a três campos de futebol padrão, posicionando o FPSO Bacalhau na vanguarda da indústria com as menores emissões de carbono por barril de petróleo produzido.
Eric Powell, vice-presidente e diretor de operações da MODEC Singapore, destacou: “Receber a notação DNV Abate é uma afirmação do nosso comprometimento com o desenvolvimento de um futuro sustentável. Fazemos a nossa parte na mitigação das mudanças climáticas minimizando gases de efeito estufa e outras emissões em nossas operações comerciais e cadeia de suprimentos, e desenvolvendo soluções de energia limpa para atingir metas globais.”
Capacidade e operação
Com uma capacidade de produção de 220.000 barris por dia, o FPSO Bacalhau será implantado no campo de Bacalhau, situado nas licenças BM-S-8 e Norte de Carcará, na região do pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Brasil. A previsão é que o primeiro óleo seja extraído em 2025. As reservas recuperáveis, incluindo a área de Bacalhau Norte, são estimadas em mais de dois bilhões de barris de óleo equivalente (boe). A Equinor opera o campo em parceria com a ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-Sal Petróleo SA (PPSA).
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