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Presidente da CNI critica decisão do Banco Central sobre juros e alerta para impacto na Selic

31 de janeiro de 2024 às 21:40
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taxa básica de juros, ritmo de redução da taxa básica
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Ricardo Alban defende desonerações tributárias e maior agressividade no ritmo de queda da taxa Selic para reduzir custo financeiro e pressão inflacionária.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, reiterou a importância de uma postura mais ousada do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à redução da taxa básica de juros (Selic). Segundo Alban, a decisão de manter o ritmo de redução da Selic em apenas 0,50 ponto percentual é excessivamente conservadora e injustificável, considerando o atual panorama econômico do país.

Além disso, destacou que, mantido o cenário de inflação sob controle, é fundamental que haja uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic já na próxima reunião do Copom. O presidente da CNI defende a necessidade de medidas mais enérgicas para impulsionar a economia, ressaltando a importância de uma decisão em consonância com as necessidades do setor industrial.

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Agressividade do Copom em relação à Selic

É imprescindível e altamente desejável uma atuação mais agressiva do Copom para que seja possível uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas e consumidores. Sem essa mudança urgente de postura, continuaremos penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos emprego e renda’, alerta Alban.

Avaliação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revela um comportamento favorável da inflação. O IPCA encerrou 2023 em 4,6%, abaixo do limite superior da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Além disso, é crucial considerar a desaceleração em relação a 2022, quando o IPCA foi de 5,8% ou 8,9% se forem consideradas as desonerações tributárias naquele ano. Em janeiro de 2024, a prévia da inflação teve variação de 0,31%, menor do que o esperado.

Além da constante desaceleração da inflação corrente, as expectativas são positivas. Conforme diretrizes do Relatório Focus do Banco Central, as previsões sinalizam uma inflação de 3,8% no final de 2024. Há um mês, as expectativas para 2024 estavam em 3,9%. Além de estarem em queda, as perspectivas indicam novamente para o cumprimento da meta, porém com uma perspectiva ainda mais otimista, já que, além do respeito ao teto, deve haver aproximação do centro da meta, de 3%.

Impacto do câmbio no controle da inflação

O câmbio é outro elemento que fornece suporte ao cenário de inflação sob controle. Em janeiro de 2023, a taxa de câmbio ultrapassou os R$ 5,40 por dólar. Nos meses recentes, no entanto, estabilizou-se perto dos R$ 4,90 por dólar, aliviando a pressão inflacionária proveniente dos produtos importados.

Com dados recentes de inflação favoráveis nos Estados Unidos, favorecendo o início do ciclo de cortes da taxa básica de juros americana ainda no primeiro trimestre, é possível reduzir mais rapidamente a Selic sem que, via redução do diferencial de juros em relação aos Estados Unidos, ocorra pressão sobre o câmbio, e, consequentemente, sobre a inflação no Brasil.

Além da inflação controlada, outra razão que justifica a necessidade de um corte mais intenso da Selic são os efeitos negativos que as taxa de juros reais elevadas estão provocando na economia brasileira. Mesmo com as quatro reduções da Selic realizadas desde agosto de 2023, a taxa de juros real – que desconsidera os efeitos da inflação – ainda está em 7,65% ao ano, ou seja, 3,15 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra, aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica.

Custo da taxa de juros real é muito alto para a atividade econômica do país

O nível exorbitante da taxa de juros real tem custado muito caro para a atividade econômica do país. O PIB já ficou estagnado no terceiro trimestre de 2023 e as expectativas não são positivas para o último trimestre do mesmo ano. A produção da indústria de transformação acumulou queda de 0,9% entre janeiro e novembro de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.

O varejo alterna meses de queda com meses de crescimento modesto: as vendas caíram 0,3% em outubro e subiram apenas 0,1% em novembro de 2023. O setor de serviços, por sua vez, acumulou recuo de 2,2% entre agosto e outubro de 2023, ainda que tenha avançado 0,4% em novembro.

Fonte: Portal da Indústria

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