Motoristas paulistas enfrentam novidades com 18 novos pedágios e concessões rodoviárias que prometem modernização e segurança, mas também geram críticas e preocupações. A implantação do sistema de pedágio automático (free flow) e obras como duplicações de rodovias dividem opiniões.
Se você é motorista em São Paulo, prepare-se para uma mudança que promete mexer com o seu trajeto e o seu bolso.
Um novo projeto de concessão rodoviária está prestes a transformar a Rota Sorocabana em um dos mais impactantes empreendimentos viários do estado.
Mas o que isso significa para quem utiliza as estradas diariamente? Serão 18 novos pedágios e investimentos bilionários.
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No entanto, a promessa de melhorias é acompanhada de preocupações sobre os custos e impactos ambientais.
Concessão da Rota Sorocabana: o que está em jogo
A Rota Sorocabana, que inclui 460 quilômetros de rodovias, é o foco do projeto de concessão publicado recentemente pelo governo de São Paulo.
Conforme o edital, o leilão para essa concessão está marcado para o dia 30 de outubro de 2025, e as propostas podem ser apresentadas até o dia 25 do mesmo mês.
O objetivo principal é transferir a administração de rodovias atualmente geridas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para a iniciativa privada.
Entre elas, está a SP-79, estrada que conecta a região de Sorocaba à BR-116, passando por áreas de grande relevância ambiental, como a Serra do Mar.
De acordo com o governo, os 30 anos de concessão preveem um investimento de R$ 8,7 bilhões, que serão destinados à duplicação de vias, construção de marginais e outras obras que visam melhorar a infraestrutura viária em 17 cidades.
A concessão também incorpora trechos administrados pela CCR Viaoeste, cujo contrato termina em 2025.
Investimentos e melhorias planejadas
Entre os destaques do projeto, está a duplicação da Rodovia Bunjiro Nakao no trecho entre Vargem Grande Paulista e Ibiúna, que foi objeto de uma licitação recente no valor de R$ 152,5 milhões.
Esse investimento deve beneficiar também a região de Piedade, com melhorias significativas.
Outra estrada contemplada é a Rodovia João Leme dos Santos, que terá novos trechos duplicados em Salto de Pirapora.
A SP-79, por sua vez, receberá intervenções importantes entre Salto e Juquiá, com o objetivo de aumentar a segurança, especialmente no trecho de serra entre Tapiraí e Juquiá, conhecido por curvas fechadas e dificuldades para veículos articulados.
O projeto também inclui melhorias como a construção de rampas de escape, acostamentos e faixas adicionais em subidas.
Contudo, como boa parte dessas obras ocorrerá em áreas ambientalmente protegidas, o licenciamento dependerá de aprovação rigorosa, já que o bioma da Mata Atlântica está protegido por leis federais e reconhecido como Reserva da Biosfera pela UNESCO.
O impacto dos novos pedágios
Com a implementação dos 18 novos pedágios, o sistema de cobrança automática — conhecido como free flow ou fluxo livre — será uma novidade.
Esse modelo, que dispensa praças tradicionais, utilizará pórticos para calcular as tarifas com base na distância percorrida.
Os valores previstos variam entre R$ 0,86 e R$ 12,20 por trecho, com cobrança nos dois sentidos.
De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), a tecnologia oferece mais agilidade e segurança ao motorista, além de reduzir o impacto no trânsito.
Nova concessão para a Raposo Tavares
Outro projeto em andamento é a concessão do lote Nova Raposo, que incluirá obras significativas na Rodovia Raposo Tavares entre a capital paulista e Cotia.
Atualmente sob administração do DER, o trecho ganhará seis novos pórticos de pedágio automático e demandará cerca de R$ 7,1 bilhões em investimentos.
As obras previstas incluem a construção de marginais e viadutos, mas enfrentam críticas de ambientalistas e moradores locais.
Entre as preocupações estão desapropriações, intervenções em parques e áreas verdes e possíveis impactos sociais.
Mesmo com alterações no projeto original, o governo garantiu que as obras mais relevantes serão mantidas.
Controvérsias e desafios
Apesar das promessas de melhorias, o projeto enfrenta resistências. Ambientalistas alertam para os impactos negativos nas áreas protegidas da Serra do Mar e nos trechos urbanos da Raposo Tavares.
Além disso, o aumento no custo de transporte preocupa motoristas e caminhoneiros que dependem das estradas diariamente.
Segundo especialistas, a transição para um modelo de concessão privado traz benefícios, como maior eficiência na gestão viária.
Contudo, eles ressaltam que é fundamental assegurar que os investimentos previstos sejam cumpridos e que as tarifas permaneçam justas para os usuários.
Como isso afeta você?
Com tantas novidades e transformações no horizonte, motoristas precisam se preparar para novos custos e mudanças na forma como utilizam as rodovias.
O sistema de pedágio automático promete facilitar o dia a dia, mas também levanta questões sobre sua efetividade e impacto financeiro.
E você, o que pensa sobre essa onda de concessões e os novos pedágios em São Paulo? Deixe sua opinião nos comentários: as melhorias valem o custo?
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