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PPSA realiza maior leilão da história com oferta de 78,5 milhões de barris de petróleo da União

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 16/05/2025 às 15:53
PPSA realiza maior leilão da história com oferta de 78,5 milhões de barris de petróleo da União
Imagem gerada por inteligência artificial

Com previsão de carregamento entre 2025 e 2027, 5º leilão será transmitido pela TV B3 e inclui volumes dos campos de Mero, Búzios, Itapu, Sépia e Bacalhau.

A PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.) confirmou nesta sexta-feira, 16, a publicação do edital final do 5º Leilão de Petróleo da União, que irá ofertar ao mercado 78,5 milhões de barris de petróleo extraídos do pré-sal. A comercialização ocorrerá no próximo dia 26 de junho, na sede da B3, em São Paulo, com transmissão ao vivo pela TV B3.

Este será o maior leilão já realizado pela PPSA, responsável pela gestão dos contratos de partilha de produção e pela comercialização do petróleo e gás natural pertencente à União.

Revisão do volume de petróleo e destaque para o campo de Mero

Inicialmente, o pré-edital previa a oferta de 75,5 milhões de barris, mas o volume foi reajustado para 78,5 milhões após atualização nas projeções de produção do campo de Mero — um dos mais produtivos do pré-sal. A empresa afirma que a qualidade do óleo e a previsibilidade logística estão atraindo atenção de players globais.

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“As atualizações foram apresentadas durante a OTC Houston, e o mercado demonstrou forte interesse, especialmente pela qualidade do petróleo e segurança jurídica do modelo de comercialização adotado”, declarou em nota Samir Awad, diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA.

Divisão em oito lotes e participação restrita

O leilão da PPSA será dividido em oito lotes, com destaque para os campos de Mero e Búzios, dois dos principais polos produtores do pré-sal. As cargas terão carregamento programado entre setembro de 2025 e fevereiro de 2027, garantindo planejamento de longo prazo para os compradores. Confira a divisão dos lotes:

  • Quatro lotes do campo de Mero: três com 14 milhões de barris cada e um com 17,5 milhões de barris
  • Um lote de Búzios: 3,5 milhões de barris
  • Um lote de Itapu: 6,5 milhões de barris
  • Um lote de Sépia: 5 milhões de barris
  • Um lote de Bacalhau: 4 milhões de barris

Podem participar empresas brasileiras de exploração e produção (E&P) ou de refino, além de empresas estrangeiras que façam parte de grupos econômicos com atuação comprovada nesses setores. A formação de consórcios é permitida, com até três integrantes por proposta. No entanto, empresas estrangeiras não podem participar sozinhas.

Etapas finais antes do leilão

O pré-edital do leilão ficou aberto para consulta pública entre os dias 2 e 14 de abril, período no qual foram recebidas 32 manifestações. A PPSA informou que todas as respostas estão disponíveis no site institucional.

O próximo passo será a divulgação do limite mínimo de preço (reserva de valor), que ocorrerá no dia 24 de junho, dois dias antes da realização do leilão.

Petróleo da União ganha espaço no mercado internacional

Com este certame, a PPSA reforça seu papel como comercializadora dos volumes de petróleo que pertencem à União, especialmente nos contratos sob o regime de partilha de produção. O crescimento da produção nos campos de Mero, Búzios e Sépia, somado à confiabilidade da estatal, tem atraído compradores internacionais interessados em óleo leve de baixo teor de carbono, uma das características do pré-sal brasileiro.

Segundo a PPSA, a modelagem comercial inclui garantias de carregamento e cronograma definido, o que aumenta a atratividade dos lotes ofertados.

Interesse crescente por óleo brasileiro

Em fóruns internacionais e eventos do setor de energia, como a OTC Houston, o petróleo brasileiro tem sido valorizado por sua alta qualidade e menor intensidade de carbono. Isso se alinha à tendência global de busca por combustíveis mais limpos, sem abrir mão de segurança energética e confiabilidade no fornecimento.

O diretor Samir Awad ressaltou que a PPSA se posiciona hoje como fornecedora estável e previsível, com modelo transparente e aderente às práticas do mercado internacional.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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