A petroleira australiana Karoon está atenta a oportunidades no mercado brasileiro com interesse em adquirir ativos de petróleo nas bacias de Campos e Santos, além de aquisições no Golfo do México, afirmou o CEO global da empresa, Julian Fowles, em entrevista à Reuters.
Apesar de a criação de uma taxa temporária sobre a exportação de petróleo pelo governo brasileiro ter assustado investidores e reduzido a atratividade do país como destino de investimentos, a petroleira Karoon acredita que ainda há negócios a serem avaliados.
O CEO da empresa ressaltou que a estabilidade é algo que a empresa valoriza muito, e que a taxa sobre exportação de petróleo é temporária. No entanto, Fowles afirma que investir no Brasil custa à empresa dinheiro adicional e que o movimento pode afastar investimentos do país. Ainda assim, a petroleira australiana continua interessada em procurar oportunidades de fusões e aquisições no Brasil.
Crescimento orgânico da Karoon no Brasil
Enquanto avalia possibilidades de aquisições, a Karoon tem obtido bons resultados a partir dos investimentos feitos em ativos comprados da Petrobras no Brasil e espera estabilizar sua produção nos campos de Baúna e Patola, na Bacia de Santos, entre 33 mil e 35 mil barris de petróleo por dia, assim que for retomada a produção, que foi paralisada no final de março devido a um vazamento de gás.
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Os trabalhos de inspeção e manutenção estão programados para serem concluídos em meados de abril para permitir o reinício da produção. Além disso, a companhia perfurou recentemente dois poços em um ativo chamado Neon e está avaliando a qualidade do reservatório antes de decidir sobre o desenvolvimento do projeto. A Karoon acredita que há trabalho a ser feito nos ativos comprados da Petrobras no Brasil, e a perfuração de novos poços faz parte dessa estratégia.
Perspectivas para o mercado de petróleo no Brasil
Apesar das incertezas e dos impactos da taxa sobre a exportação de petróleo na atratividade do mercado brasileiro, especialistas afirmam que há perspectivas positivas para a produção de petróleo no país. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil deve se tornar um dos líderes mundiais na produção de petróleo, alcançando a terceira posição em 2024, atrás apenas dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.
Além disso, a tendência é de aumento da produção de petróleo nos próximos anos, principalmente com a retomada dos leilões de áreas para exploração de petróleo e gás. O governo brasileiro tem se empenhado em reduzir o monopólio da Petrobras no setor e atrair novos investimentos para a produção de petróleo.
A Karoon, petroleira australiana, está avaliando oportunidades de aquisições no Brasil, mesmo diante da perda de competitividade e do receio causado pela criação da taxa temporária sobre exportação de petróleo. A empresa está interessada em adquirir ativos de petróleo nas bacias de Campos e Santos, além de projetos no Golfo do México.
Enquanto isso, a Karoon tem obtido bons resultados a partir dos investimentos feitos nos ativos comprados da Petrobras no Brasil e espera estabilizar sua produção nos campos de Baúna e Patola, além de avaliar a qualidade do reservatório em um novo ativo chamado Neon. O mercado de petróleo no Brasil apresenta perspectivas positivas, com aumento da produção nos próximos anos e a retomada dos leilões de áreas para exploração de petróleo e gás.