A Petrobras adotará uma tecnologia desenvolvida pela NASA para monitorar sinais de petróleo na Margem Equatorial, aumentando a precisão e eficiência das pesquisas de exploração
A Petrobras foi oficialmente aceita no programa de primeiros usuários da missão NISAR, um projeto inovador da NASA e da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO). O objetivo da missão é monitorar as mudanças na superfície da Terra por meio de satélite.
A estatal brasileira usará essa tecnologia para acompanhar a Margem Equatorial Brasileira, uma região estratégica para a exploração de petróleo, localizada entre os estados do Amapá, Pará e Maranhão.
Tecnologia Inovadora para Monitoramento Ambiental
A missão NISAR será lançada em 2025 e traz um sistema inédito de coleta de imagens SAR (Radar de Abertura Sintética), que será utilizado no projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ).
- Ciência surpreende com esponja de algodão e osso de lula que remove 99,9% dos microplásticos e aponta para um futuro mais limpo e sustentável
- Alerta! Cientistas afirmam que esse produto de limpeza pode danificar seus painéis solares
- Para combater a escassez de água, empresa cria telhas inteligentes que captam, filtram e armazenam água da chuva
- Descoberta incrível em MARTE: Dunas de areia em forma de feijão-frade podem revelar sinais de vida no Planeta Vermelho!
A tecnologia oferece a capacidade de capturar imagens de alta resolução da superfície da Terra, independentemente das condições climáticas ou de luminosidade, algo essencial para a área de atuação da Petrobras.
O satélite NISAR opera com dois radares: um de banda-L, fornecido pela NASA, e outro de banda-S, fornecido pela ISRO.
Esses radares emitem sinais de micro-ondas que podem penetrar nuvens e funcionar à noite, possibilitando a coleta de dados em qualquer condição.
O NISAR será capaz de escanear quase toda a superfície do planeta duas vezes a cada 12 dias, fornecendo dados detalhados sobre fenômenos naturais, como mudanças no solo, derretimento de geleiras, deslocamentos causados por terremotos e deslizamentos de terra.
Parceria Estratégica com a Petrobras
Em relação ao seu uso pela Petrobras, a tecnologia irá beneficiar a companhia no monitoramento da região costeira da Margem Equatorial.
Essa área tem grande relevância para a exploração de petróleo, e o ObMEQ visa melhorar a gestão ambiental e geoquímica dessa região. Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, explicou a cooperação com a missão NISAR, destacando os interesses científicos convergentes entre os dois projetos.
A parceria permitirá o compartilhamento de informações entre a equipe brasileira e os especialistas da missão, otimizando o plano de observação e beneficiando a Petrobras no processo de exploração e monitoramento ambiental.
O NISAR trará um avanço significativo ao monitorar até mesmo os sinais de petróleo nas águas, além de ajudar na gestão de recursos naturais e no combate ao desmatamento e às mudanças climáticas.
A missão permitirá medir deslocamentos milimétricos da superfície terrestre, criando mapas em 3D que identificam mudanças graduais ao longo do tempo.
O satélite também será capaz de realizar uma análise detalhada da superfície terrestre, com foco na detecção de mudanças que afetam tanto o meio ambiente quanto os recursos naturais.
O lançamento do NISAR ocorrerá no centro espacial Satish Dhawan, na Índia, marcando a primeira colaboração técnica entre a NASA e a ISRO em uma missão de observação da Terra.